Bem Vindo ao Blog Cida Medeiros! Blog's Cida Medeiros: julho 2012

Sonhos por Carminha Levy

Carminha Levy é especialista na arte de interpretar os Sonhos e diz: "O sonho é o nosso Terapeuta Internalizado".

E complementa:


"O sonho é a nossa maior intimidade, decifrá-lo equivale a ter um orientador, mestre, guia e terapeuta internalizado. Ninguém nos conhece tanto quanto o nosso "Eu sonhador".

Desde a Antiga Grécia, aquele que procurava cura dirigia-se a Epidauro e aguardava no Templo de Esculápio o sonho curador.

Neste, o Deus aparecia com uma "Criança Divina" ou um "Velho Sábio" ou ainda na forma teriomorfa de serpente ou cão e a cura era alcançada."

Carminha Levy conta que ao sonhar o inconsciente libera imagens que são informações uteis que através do instrumental para decodificação deste "Eu sonhador" – nosso terapeuta internalizado – conseguimos elaborar a experiencia e revelar aquilo que se oculta trazendo um maior esclarecimento e auto-conhecimento.

Através do "Laboratório de Sonhos", chegamos a interagir com os símbolos universais (arquetípicos) e sinais pessoais, entendendo assim não só o "por que" sonhamos como "para que" sonhamos.

Carminha Levy é mestre xamã, psicodramatista, pedagoga, arte terapeuta transpessoal, psicóloga com especialização em Jung com longa experiência em trabalhos com arquétipos e mitos. É fundadora e presidente da Paz Géia, primeira escola de Neo-Xamanismo do Brasil, foi didata de Xamanismo da Unipaz no Brasil e em Portugal.

Ahow! Assim, falei, Cida Medeiros.

&
Presidente da Paz Géia – Instituto de Pesquisas Xamânicas
R. Prof. João Brito, 120 – Itaim Bibi

Respeito e Amor



O Amor maduro é uma condição de quem aprendeu a olhar para dentro de si mesmo, venceu a sombra do medo e da desconfiança, acolheu sua criança interna, e capaz de perceber suas necessidades afetivas e consegue comunicar o que acontece dentro de si na relação de forma saudável.

Isto é...consegue inspirar o melhor de sí mesmo e doar-se ao outro, é capaz de reconhecer sem medo o bem que a pessoa lhe faz, é justo em retribuir o bem que recebe de forma natural e consciente. Sabe reconhecer o valor do que recebe de bom e sabe expressar aquilo que não ficou muito bem ou claro em certa atitude ou comportamento.

O amor maduro não manipula...não sente prazer em ferir o outro, nem tão pouco se sente bem em ver a pessoa amada numa situação negativa. É capaz de ouvir para compreender.

Não age de forma vingativa, apenas para para provar seu poder, ou mesmo para pisar no outro.

Sabe comunicar o que se passa.

Cria espaço de convivência, onde é possível expressar o amor com consideração.

Como você pode dizer que ama se exclui o outro completamente?

Não ouve?

Sabe, mais finge que não sabe.

Vê mais finge que não vê?

Ignora o outro, afirmando sua superioridade apenas por mostrar que tem poder?

Abusa do que tem de bom, para subjugar o outro a seu domínio?

Extrai o melhor do outro e desvaloriza o máximo possível apenas para ficar por cima?

Adora fazer papel de vitima.

Tem pessoas que acreditam piamente que nada tem haver com o desequilíbrio que provoca no outro.

A arrogância é tão grande, que se julga melhor, o certo e o outro o errado. O sábio e o outro o ignorante.

Não é capaz de responsabilizar-se por nada...

Toda a culpa é do outro...

Tem gente com esse nível de perversidade e que se acha o máximo de exemplo.

Desvaloriza o outro para poder sentir-se superior.

Isso não é amor.

Faz de conta que nada esta acontecendo e transforma o outro numa nuvem transparente, isso é no minimo uma atitude arrogante e desprovida de qualquer sentimento de amor e respeito.

Para ser feliz em qualquer relacionamento é preciso que a pessoa perceba sua influencia e assuma sua parte de responsabilidade na construção do relacionamento.

O amor em ação é uma possibilidade que se desenvolve em comum acordo.

 Amor molda o relacionamento de companheirismo e cumplicidade.

Quem ama não exclui jamais o outro. Compartilha decisões em conjunto. Importa-se com o outro.

Inclui o outro em seu bem estar e quer ver a pessoa amada feliz assim como se contenta com as vitorias em conjunto.

Para que isso possa ser possível é primordial ver o outro com respeito. É fundamental o auto-respeito.

Se não existe respeito a estrada do amor é impossível de ser trilhada.

Segundo Erich Fromm, em seu livro a "Arte de Amar", na pagina 28, ele fala com muita clareza sobre o respeito na Arte de Amar, segue o trecho:


"Respeito não é medo e temor; denota, de acordo com a raiz da palavra (respicere = olhar para), a capacidade de ver uma pessoa tal como é, ter conhecimento de sua individualidade singular. Respeito significa a preocupação de que a outra pessoa cresça e se desenvolva como é, Respeito, assim, implica ausência de exploração. Quero que a pessoa amada cresça e se desenvolva por si mesma, por seus próprios modos, e não para o fim de servir-me, Se amo a outra pessoa, sinto-me um com ela, ou ele, mas com ela tal como é, não como eu necessito que seja para objeto de meu uso. É claro que o respeito só é possível se eu mesmo alcancei a independência; se puder levantar-me e caminhar sem precisar de muletas, sem ter de dominar e explorar qualquer outro. O respeito só existe na base da liberdade: “ramour est
l'enfant de la liberte”, como diz velha canção francesa; o amor é filho da liberdade, nunca da dominação.

Respeitar uma pessoa não é possível sem conhecê-la; cuidado e responsabilidade seriam cegos se não fossem guiados pelo conhecimento. O conhecimento seria vazio se não fosse motivado pela preocupação.

Assim, Erich Fromm, nos dá uma grande lição sobre o Amor.

Quando não existe respeito, sentimos uma dor muito profunda dentro de nós. É especialmente doloroso gostar de alguém que não se importa com você. Que não tem o minimo de consideração ou que incapaz de comunicar seus sentimentos.

A falta de diálogo é a falência de qualquer relacionamento.

Amor maduro é sinônimo de união.

Forças internas são liberadas tornando a relação, fonte de alegria, prazer e amor. Forças que acontecem numa via de mão dupla, é o encontro. Tão singular e único que torna a vida especial e com sentido.

Onde o dar e receber é uma pratica consciente.

É o cuidado que protege e orienta ao bem.

É o alerta que conduz ao crescimento.

É o apoio nos momentos défices da caminhada.

É o estar junto, mesmo separados.

É mesmo um bem querer!

Assim a Integridade e a individualidade é preservada.

Quando o amor é saudável, duas pessoas que se unem encontram forças para superar os obstáculos da vida, se conhecem, sabem o que pensam, e ajudam-se mutualmente.

Esclarecem os maus entendidos.

O Egoismo é a falência do amor em qualquer relacionamento, mesmo os relacionamentos de amizade.

Quando não existe cumplicidade a competição pode tomar o palco e tornar-se uma condição extremamente negativa e destrutiva.

O Amor é entrega.

Sem amor a vida torna-se um árido terreno sem vida...

Cida Medeiros



O Amor como Estilo de Vida - Garry Chapman


Queridos leitores,

Sugiro esse livro como uma boa opção de leitura, o autor é conselheiro matrimonial e familiar é autor de "As cinco linguagens do Amor, traduzido para 35 idiomas é apresentador de um programa de rádio no EUA e mora na Carolina do Norte. Bem como, ao ler o livro, percebo que ele também é mediador, uma ramo do conhecimento relativamente novo e que vem sendo introduzido aos poucos no Brasil.

Nesse livro o autor ressalta a importância de sustentarmos uma postura amorosa em todos os nossos relacionamentos como uma atitude diante da vida.

O amor como uma forma de Ser, mais sobretudo o Amor em Ação.

Ele diz: - "Quando descobrirmos o poder de amar o próximo e passarmos a agir em função disso, conseguimos superar emoções negativas e aprendemos a lidar com os problemas que existem em qualquer relação, reconhecendo o valor do outro e alcançando a satisfação e a alegria em todas as áreas da vida."

O amor tem que estar acompanhado de atos concretos.

É a maior fonte de realização do Ser Humano.

O autor sugere Sete possibilidades para se desenvolver o Amor em todas as suas relações. Não só de uma pessoa específica, mas uma amor direcionado a todos que estão no seu circulo de relações.

Gentileza, Descobrir a alegria de ajudar o próximo.
Paciência, Aceitar as imperfeições dos outros
Perdoar, Capacidade de Perdoar e livrar-se do domínio da raiva.
Cortesia, Tratar os outros como amigos
Humildade, ceder a vez para que alguém possa avançar
Generosidade, Doar-se aos outros
Honestidade, Revelar quem você realmente é.

O autor vai desenvolvendo cada um desses itens com exemplos e ensinamentos que achei muito interessante, pela clareza e por não ser piegas.

Eu sinto, verdadeiramente que as atitudes amorosas vão ancorando o "Ser", desenvolvendo o corpo de luz e enraizando a pessoa na Vida. Ao abrir o cardíaco vamos também desenvolvendo parte do cérebro, chamado de Pré-frontal que é a nossa capacidade de "Civilização". Ajuda a pessoa a desenvolver uma consciência de novos valores e a despertar em si, as forças da alma. E com isso, a persona, não fica tão perdida, e a pessoa não se sente tão desenraizada do processo da vida. E essa reflexão que eu tenho, junto à vocês.

Uma boa Semana!
Cida Medeiros

Projeto Cartas para a Paz

Estou lendo agora o livro que ganhei de presente da Nelma da Silva Sá, coordenadora geral do III Festival Mundial da Paz, história linda esse encontro, onde os caminhos da Paz, fizeram nascer uma amizade que vem crescendo a cada passo da caminhada, nesse linda construção conjunta do III Festival rumo a Manifestação do sonho da Paz. Pessoas especiais são uma benção em nosso caminho!

Cartas para Paz é um lindo projeto, que tem a iniciativa da Fundação Arte de Educar, a Nelma sempre conta das ações para as crianças, especialmente a Creche Casulo e o trabalho para as crianças da comunidade, as refeições e todo o cuidado para essas crianças, entre no Site e faça uma contribuição, vale a pena. "Doe Educação".

Cartas para a Paz é uma manifestação concreta de uma ação que amplia a consciência da Paz, entre no site e conheça melhor, clique aqui.

Eu  convido você a partilhar e espalhar essa mensagem ao planeta, para que possamos tornar realidade esse sonho da Paz.

Cartas para Paz são pensamentos, sentimento e ações para uma Cultura da Paz.

Com o prefácio de Roberto Crema, reitor da Universidade Holística de Brasilia o livro/projeto é agraciado!

Aproveitando para convidá-lo a conhecer o trabalho de Roberto Crema, agora dia 03.08.12 palestra aberta e dia 04.08.12 Seminário: "Trilhas de Renovação: O desafio da autoria" clique aqui para mais informações. Lembrando que a renda será revertida ao III Festival Mundial da Paz que acontece agora em Setembro.

Voltando as Cartas da Paz, são 33 mensageiros e tecelões da Paz e o projeto pretendo chegar a 1000 cartas.

Vamos?

Mil Cartas

Espalhe essa ideia! Junte-se a nós, construa conosco esse sonho da Paz!!!

Veja mais:

O que é
O projeto
O Livro

Shalom!

Cida Medeiros

O Rio da Vida




A vida é um fluir incessante de sentimentos.
Hora emoções complexas e de difícil entendimento nós toma.
Aprisiona.
Dilacera.
E ficamos amargados e flutuando em incertezas.

É sentir-se num pantano.
Emocões antigas.
Paradas.
Estagnadas.

Evocam lembranças,
Imagens.
Memórias.
Velharias internas.

Sentimos como forças que nós dominam.
Podemos mergulhar em depressões.
E a vida perder o sentido.

Tudo isso é muito humano.
O rio que corre dentro de você,
faz caminhos,
desconhecidos,
e cheio de mistérios.

É o rio da vida.
As vezes, conseguimos sair sozinhos.
Quase sempre precisamos de ajuda.

Mas a vida continua.
O rio da vida, flui em nós.
Segue o curso.

A vida é isso aí.
É o fluxo.
É o mistério.

E o Ser Humano, tem dessas coisas.
Simplismente.
Sem julgamentos.


Cida Medeiros

Preconceito


Pensamentos Perigosos


Os preconceitos causam danos sociais imensos e, no entanto, são amplamente disseminados. está mais que na hora de descobrirmos em que se baseia o poder desse triste padrão de pensamento - e como combatê-lo.



por Arnd Florack e Martin Scarabis
Diversidade. A famosa representação das nacionalidades inclui o versículo bíblico de são Lucas "Fazei aos outros o que quereis que vos façam". De Norman Rockwell



Há um teste simples, concebido pelos psicólogos sociais Andreas Klink e Ulrich Wagner. Na calçada, uma jovem pergunta qual o caminho até a rodoviária. A maioria dos passantes lhe dá a informação; somente uns poucos mal-educados ou apressados seguem adiante, ignorando-a. Um pouco mais tarde, ela retorna ao local para fazer a mesma pergunta. Com uma diferença: a jovem agora veste roupas orientais e um véu lhe recobre a cabeça. Os professores querem verificar se ela será tratada de forma diferente.

Infelizmente, o resultado dessa pesquisa de campo dos professores das universidades Jena e Marburg, na Alemanha, comprova com todas as letras: o número de pessoas que agora ignoram a suposta estrangeira mais que duplica. Em outros experimentos, os dois psicólogos solicitaram a pessoas com nomes estrangeiros que respondessem a anúncios imobiliários e de emprego, e observaram nos concidadãos o mesmo comportamento de repulsa. A causa, evidente, é uma só: preconceito.

A psicologia atual caracteriza o preconceito como a presença, profundamente arraigada na memória, de associações negativas vinculadas a pessoas de culturas estrangeiras. Estudos realizados em muitos países evidenciam que todo ser humano nutre semelhantes reservas e age em consonância com elas. Nesse contexto, a violência praticada contra estrangeiros, que não exclui sequer assassinatos, é apenas a ponta do iceberg. Como mostra o teste de Klink e Wagner, o comportamento discriminatório se manifesta sobretudo em situações cotidianas. Os estereótipos, entretanto, não dificultam a vida apenas dos grupos estigmatizados.

Com razão, os psicólogos sociais americanos Robert A. Baron e Donn Byrne observam que pessoas com atitudes preconceituosas vivem em ambiente social carregado de conflitos e medos desnecessários. Sentem constante temor, por exemplo, de ser atacadas ou molestadas por estrangeiros supostamente hostis. Ou seja, essa postura redunda em considerável queda da qualidade de vida - argumento suficiente para atuar no combate a hábitos socialmente nocivos do cérebro. Mas como fazer isso? Começando a debater o tema? Reeducando os portadores de preconceitos, ou seja, todos nós? Infelizmente, não é tão fácil assim. Se abordado de forma equivocada, o combate aos estereótipos pode, na melhor das hipóteses, ser inócuo. Na pior, levar a uma rejeição ainda maior. Quem deseja de fato acabar com os preconceitos deve compreender que papel eles desempenham em nosso pensamento.

John Dovidio e colegas da Universidade Colgate, nos Estados Unidos, estudam a interação de grupos sociais. Em um de seus experimentos constataram que os preconceitos atuam no plano inconsciente. A associação entre grupos de pessoas e características negativas é estabelecida numa esfera sobre a qual não temos controle.

Como descobrimos juntamente com Herbert Bless, esse fenômeno não se restringe à questão de brancos e negros nos Estados Unidos. Em experiências semelhantes, estudantes alemães também revelaram associações negativas vinculadas a grupos estrangeiros - nesse caso, voltando sua desconfiança contra turcos e poloneses.

Todos os estudos relevantes indicam que o poder dos preconceitos se assenta primordialmente no modo como nossa memória funciona. Tão logo deparamos com um representante de um grupo étnico estranho, a memória põe de imediato à nossa disposição valorações e convicções estereotípicas. A elas podemos recorrer com reduzido esforço cognitivo, e sua influência se faz sentir em nosso juízo e comportamento. Não obstante, processos inconscientes não servem como explicação ou, menos ainda, como desculpa para o comportamento hostil em relação a estrangeiros. Afinal, para que uma postura automatizada se transforme em opinião expressa ou até mesmo em ação direcionada, é necessário que os preconceitos passem pelo crivo da consciência. É o que se verifica com freqüência quando questionamos universitários sobre sua opinião em relação ao tema. Em geral, eles manifestam postura neutra ou positiva no tocante a grupos estrangeiros. A razão é evidente: eles têm controle consciente sobre uma eventual opinião negativa.

Na maioria das vezes, podemos decidir a que informação dar peso maior, se às associações evocadas de forma automática ou aos fatos reais - como, por exemplo, quando um estrangeiro nos devolve a carteira que tínhamos perdido. Mas há uma limitação: se somos pressionados pelo tempo curto, estamos cansados ou por alguma outra razão nosso julgamento não resulta de reflexão, em geral os preconceitos se impõem. Ao que tudo indica, a categorização automática atua como uma espécie de mecanismo poupador de energia com o auxílio do qual nosso cérebro processa informações com maior eficiência.

É o que demonstra um experimento de Galen von Bodenhausen, da Universidade Noroeste, de Chicago. O psicólogo, que investiga as bases cognitivas dos estereótipos, pediu a estudantes que avaliassem casos fictícios de colegas que teriam supostamente cometido um ato ilícito, isto é, colado na prova final, traficado drogas ou agredido alguém fisicamente. Os participantes deveriam indicar a probabilidade de cada colega ter cometido um desses atos. As infrações em questão foram escolhidas com base no estereótipo vinculado a certos grupos étnicos. A venda de drogas associava-se à imagem do negro americano; a trapaça no exame, ao tipo esportivo, de baixo desempenho acadêmico; e a agressividade, aos latinos.

Singular nesse experimento foi o fato de que os estudantes foram chamados a participar em horários específicos: às 9 da manhã, às 3 da tarde e às 8 da noite. Paralelamente, Von Bodenhausen depreendeu, por meio de um questionário, o ritmo diário de cada participante, identificando tanto os madrugadores quanto os de péssimo humor matinal. O resultado foi claro. Estudantes com dificuldade para acordar deixaram-se levar por seus preconceitos sobretudo de manhã. Nesse horário, mostraram o maior grau de certeza de que os inculpados haviam de fato cometido o ato ilícito. Mais tarde, ao longo do dia, revelaram juízo mais claro, baseando-se predominantemente nos fatos descritos. O oposto se verificou em relação aos madrugadores, que, em especial no período da noite, tatearam rumo à armadilha das próprias idéias preconcebidas.

A isso se soma o fato irônico de que, com o tempo, o preconceito reprimido pressiona cada vez mais por expressão. Você já tentou conter uma observação desagradável em relação a seu parceiro ou parceira? E não aconteceu de, no fim, o comentário escapar assim mesmo, talvez no momento menos apropriado? Esses acidentes cognitivos acontecem em breves momentos de desmotivação ou quando estamos menos alertas. A esse respeito, Neil Macrae, do Dartmouth College, em Hanover, Estados Unidos, conduziu uma pesquisa juntamente com Alan Milne, da Universidade de Aberdeen, e com Von Bodenhausen.

Macrae e colegas investigaram a influência exercida por estereótipos sobre o pensamento e, em particular, de que maneira inibimos pensamentos impróprios. Em seu experimento, os participantes foram convocados a julgar uma pessoa. A fim de motivá-los a reprimir seus preconceitos, os voluntários foram acomodados diante de uma câmera de vídeo e podiam contemplar a própria imagem numa tela de televisão. De fato, esse truque induziu ao menos alguns deles a encobrir seus preconceitos, até o momento em que a câmera foi desligada. Então, sob a alegação de que um defeito técnico havia ocorrido, a experiência foi repetida. Justamente pessoas que antes haviam conseguido controlar seus preconceitos passaram a dar vazão entusiasmada a estereótipos. O contragolpe da repetição as pegou desprevenidas.

Mas de onde vem essa nossa estranha predileção por padrões de pensamento inexatos e, amiúde, até mesmo danosos? Uma das vantagens, nós já vimos aqui: os estereótipos nos poupam do esforço da reflexão, por simplificar o processamento da informação. Em certas situações, servem também de escudo para a preservação da auto-estima, como já demonstraram Steven Fein, do Williams College, em Massachusetts, e Steven Spencer, da Universidade de Waterloo, no Canadá. E estudos sociopsicológicos do passado já revelaram indícios de que pessoas com postura positiva em relação a si mesmas externam menos preconceitos a grupos estrangeiros.

Convém, no entanto, evitar conclusões precipitadas. Os meios de comunicação têm por prática demasiado freqüente partir do pressuposto de que frustrações pessoais conduziriam à discriminação de minorias: "Quanto maior o desemprego, tanto maior a hostilidade aos estrangeiros". Essa tese, no entanto, é refutada por estudos conduzidos por Jennifer Crocker, da Universidade de Michigan, bastante dedicada ao estudo de estigmas sociais. Segundo a psicóloga, a elevação da auto-estima pela via do preconceito funciona, paradoxalmente, apenas para as pessoas que já possuem auto-imagem positiva. As que se têm em baixa conta pouco lançam mão desse recurso. Para elas, desemprego ou insucesso costumam redundar em depressões ou auto-agressões.

Por outro lado, é inconteste o fato de que a integração a um grupo pode fortalecer a auto-estima. Como deixam claro numerosos estudos, nós nos definimos acima de tudo com base nessas unidades sociais, destacadas positivamente de outras. Isso por vezes leva o indivíduo a dar preferência a pessoas de seu próprio meio e a desvalorizar as demais. O significado fundamental desse mecanismo revela-se até na linguagem verbal. Palavras que caracterizam o próprio grupo ("nós", por exemplo) revestem-se comprovadamente de carga positiva maior que aquelas vinculadas a outro grupo (como "vocês"). No passado, pensava-se que apenas o conflito por bens materiais desencadeasse esse antagonismo entre grupos - ou seja, a tão propalada pilhagem da previdência social ou a disputa por postos de trabalho, percebida como intensa. Pesquisas comprovam que isso de fato ocorre, uma vez que estrangeiros sempre levam a pior nessa situação.

Mas o que se revelou com o tempo foi que tamanha pressão externa não é sequer necessária. Participantes de um estudo divididos por psicólogos em grupos aleatórios revelaram imediata preferência pelos componentes do próprio grupo, embora de início não compartilhassem nenhuma experiência comum. O mero estabelecimento de um grupo basta para lançar as bases do preconceito.

Desde que começaram a estudar a interação entre grupos, os psicólogos sociais repetem a mesma pergunta: o que leva seres humanos a praticar crueldades incompreensíveis contra semelhantes - como a opressão brutal imposta às minorias, as "faxinas étnicas", as torturas e os estupros sistemáticos? Isso está de alguma forma relacionado aos preconceitos e à auto-estima dos perpetradores? Os pesquisadores americanos Sheldon Solomon, Jeff Greenberg e Tom Pyszczynski propõem uma explicação com sua Terror Management Theory (teoria do gereciamento do terror). O cerne dessa teoria é o medo que os humanos têm da própria morte - aquilo que é chamado de terror. A fim de se proteger disso, o homem esboça, no âmbito de sua cultura, um sistema de regras de comportamento e de escalas de valores. Viver em conformidade com essas regras lhe dá segurança e o faz sentir-se valoroso. Além disso, muitas culturas prometem aos obedientes uma existência após a morte.

Assim, se estranhos põem em questão a veracidade desse sistema de valores, como propõem os três pesquisadores, isso mexerá com o medo arcaico da própria finitude. Para estabilizar seu mundo, o homem, agora inseguro, reagirá com preconceitos e comportamento discriminatório.
Ainda que soe algo mística à primeira vista, essa teoria tem sido confirmada por numerosas pesquisas. Um ramo delas concentrou-se em examinar de que forma a auto-estima reduz o medo. Num experimento realizado pelo grupo de Greenberg, os participantes foram convocados a assistir a um filme sobre autópsias. Testes psicológicos revelaram que o filme lhes despertou medo. Havia, porém, uma possibilidade de neutralizar tal efeito, com o fortalecimento prévio da auto-estima, usando feedback positivo direcionado para cada personalidade.

Outro ramo da pesquisa voltou-se para as conseqüências do medo existencial. Quando nos sentimos inseguros, vemos com outros olhos pessoas em posições políticas ou religiosas diferentes da nossa? A resposta é sim. Ao se chamar a atenção de cristãos, por exemplo, para sua mortalidade, sua reação foi desvalorizar os judeus em relação aos demais cristãos - algo que, sem o componente da insegurança, não haviam feito. Os pesquisadores também chegaram a interrogar voluntários na calçada em frente a uma funerária e a provocar medo em torcedores holandeses às vésperas de um jogo contra a seleção alemã, para, depois, solicitar seu palpite quanto ao resultado.

Mas o que dizer do estupro, da tortura e do assassinato? Crimes dessa natureza, afirmam Solomon, Greenberg e Pyszczynski com toda a clareza, não se explicam apenas pela teoria do gerenciamento do terror. A maioria das culturas demanda que estranhos sejam tratados de forma humana e justa, razão pela qual criminosos de guerra desrespeitam, na verdade, seus próprios valores. Nesse caso fica evidente a ação de outro mecanismo: a chamada exclusão moral. A pessoa percebe os membros do grupo estrangeiro como seres desprovidos de humanidade, aos quais já não se aplica o preceito do tratamento humanitário. Tal mentalidade se reflete em concepções como a do ser "subumano" ou da "pureza étnica".
Se examinados à luz de critérios objetivos, os preconceitos logo se reduzem àquilo que de fato são: conclusões atabalhoadas e simplificadoras. Ainda assim, somos ao menos capazes de refreá-los mediante o controle e a análise crítica de nossos posicionamentos. Sabemos, porém, que isso com freqüência resulta numa luta árdua, que não exclui a possibilidade de reveses ou contragolpes.

O melhor é acabar com padrões de pensamento como esse de uma vez por todas, mas isso é mais fácil falar que fazer. Psicólogos sociais, entretanto, identificaram uma série de mecanismos responsáveis pelo preconceito:

para justificar nosso preconceito, recorremos a uma amostra distorcida;
contemplamos o grupo a que pertencemos como diferenciado; os demais, como massa homogênea;
o que contraria o estereótipo é visto como exceção;
buscamos informações que corroborem nosso juízo e desconsideramos aquelas que o questionam;
uma mesma ação é interpretada de maneiras diferentes, dependendo de quem a pratica;
portadores e vítimas de preconceitos comportam-se de modo a confirmar os estereótipos.

Examinemos esses pontos um a um. Em primeiro lugar, o fato de que os seres humanos são péssimos estatísticos. Um exemplo simples. Num pequeno país, vivem dois grupos de pessoas. Um deles, de mil habitantes, compõe a maioria da população, ao passo que o outro é constituído de apenas cem pessoas. Supondo que cem membros da maioria e dez da minoria sejam condenados por delitos, você decerto dirá que a criminalidade é idêntica nos dois grupos afinal, o número de criminosos perfaz 10% em ambos os casos. No dia-a-dia, porém, não dispomos de cifras tão elucidativas. Em vez disso, percebemos esses acontecimentos isoladamente, seja pelo jornal, seja pelo que ouvimos dizer - e aí falha nossa lógica: como demonstram inúmeros estudos, mesmo em casos bastante simples, geralmente não somos capazes de, a partir de dados isolados, inferir a freqüência real e atribuímos à minoria uma taxa de criminalidade maior. Caso ela de fato infrinja a lei com maior assiduidade, esse dado costuma ser superestimado.

Psicólogos sociais denominam essa distorção perceptiva de correlação ilusória. Tanto as minorias como os delitos atraem sobremaneira nossa atenção. Armazenamos melhor na memória fatos assim, o que significa evocá-los com maior facilidade - terreno ideal para que o preconceito viceje.

Esse efeito é ainda reforçado por nossa tendência acentuada a, em se tratando de outros grupos, tirar conclusões gerais baseadas em observações isoladas. A crença é de que "nós somos diferentes um do outro, mas eles são todos iguais". É possível que isso se deva ao fato de conhecermos melhor o grupo a que pertencemos e suas diferenças, enquanto o grupo estranho nos parece um bloco monolítico. Paradoxal é que não generalizemos num único caso: quando a experiência que temos vai de encontro a nossos preconceitos. Vivências positivas são logo interpretadas como exceções - o negro que integra nosso círculo de amizades é "negro de alma branca", a mulher que estacionou o carro muito bem teve "sorte" e o professor dedicado é "excêntrico". Esse mecanismo funciona tanto melhor quanto mais os outros nos surpreendem. E, por fim, essa dialética da exceção acaba por preservar todos nossos preconceitos. O ser humano precisa de tanto tempo para rever sua opinião preconcebida porque almeja sobretudo confirmá-la. Ele busca informações que corroborem sua opinião e suprime as experiências que a refutam - ou então as avalia de modo a preservar o estereótipo.

Preconceitos têm a tendência traiçoeira de se confirmar. Isso pode ocorrer sob a forma da "profecia que se cumpre a si mesma", quando nossa postura influencia imperceptivelmente o próprio comportamento - e o daquele com quem interagimos. Além disso, os estigmatizados contribuem também para o juízo negativo que fazemos deles, e justamente porque temem ser reduzidos a um estereótipo. Essa relação foi demonstrada por um grande número de experimentos conduzidos por Claude Steele, psicólogo da Universidade Stanford.

Ao que parece, nosso aparato cognitivo faz de tudo para preservar os preconceitos. Temos, portanto, de nos arranjar com eles, fadados a nos vigiar constantemente? A conclusão soa pessimista demais. Mais eficaz seria não permitir sequer o surgimento de estereótipos. Os psicólogos sociais Baron e Byrne vão direto ao ponto quando dizem que crianças não nascem preconceituosas: o preconceito é, portanto, aprendido. É por essa razão que ambos os pesquisadores incentivam pais, pedagogos e professores a deixar de transmitir opiniões estereotipadas. Mas há um problema aí: cada um de nós considera suas opiniões corretas e livres de preconceito. Algo semelhante, portanto, funcionará somente se pais e demais envolvidos forem sensibilizados para as próprias opiniões preconcebidas.

Muitos psicólogos defendem o ponto de vista de que o contato com os discriminados diminui os preconceitos pouco a pouco. Com o intuito de investigar essa idéia, os psicólogos sociais de Marburg, Wagner e sua equipe, se valeram de estatísticas de criminalidade e de dados provenientes de amplos levantamentos. Verificou-se que precisamente os moradores de regiões com alta porcentagem de estrangeiros são as que menos nutrem opiniões estereotipadas. Violência contra estrangeiros ou slogans xenófobos, por outro lado, aparecem sobretudo onde a possibilidade de intercâmbio é quase inexistente. Esses dados, contudo, não constituem prova definitiva de que o contato realmente contribui para a eliminação dos preconceitos. Talvez fosse possível concluir, antes disso, que lugares com grande variedade cultural tendem a atrair pessoas simpáticas às culturas estrangeiras.

Provas mais contundentes são oferecidas por estudos realizados em salas de aula. Nelas, pode-se ensinar as crianças de forma direcionada, em conjunto com minorias ou separadamente delas. Todavia, como se verificou nos Estados Unidos e em outros países, esse contato nem sempre obtém o êxito desejado. Por vezes, ele apenas intensifica o conflito, piorando a situação dos grupos estigmatizados. Somente sob certas condições a luta contra os preconceitos é bem-sucedida - às vezes com resultados surpreendentes. Por um lado, é indispensável que as autoridades, a direção da escola e sua política apóiem esse modelo educacional. É necessário, por exemplo, que recursos sejam disponibilizados em quantidade suficiente ou, pelo menos, que se dê total respaldo aos pedagogos envolvidos em projetos dessa natureza.

Além disso, a interação entre grupos de alunos precisa ser bastante intensa: intercâmbios superficiais não bastam. Ajuda muito, por exemplo, se membros dos diferentes círculos já tiverem relação de amizade. Na aula em si, trata-se de propor aos alunos um objetivo comum ou tarefas a serem realizadas em grupos mistos. Do contrário, os alunos de uma classe tenderão a se compor outra vez de acordo com sua origem. Por fim, desempenha papel decisivo o modo como os grupos se vêem no início de um projeto pedagógico como esse. É imperativo não vigorar entre eles nenhuma diferença de status - condição, aliás, que raras vezes se verifica. Se algum domínio é exercido por um grupo de alunos, isso resultará em conflitos que apenas fortalecerão medos e reservas preexistentes. Havendo hostilidade prévia entre os grupos, é quase certo que o projeto fracassará.

No entanto, na presença dos pressupostos necessários, o que se verifica entre as classes ou os grupos de trabalho mistos é um fenômeno que lança no esquecimento todas as diferenças e visões preconcebidas: a chamada recategorização. Os estudantes passam a se ver não mais como "nativos" e estrangeiros, mas apenas como membros de uma mesma equipe. E, fora da sala de aula, esse mecanismo funciona da mesma maneira. Assim é que um torcedor de determinado time de futebol pode torcer também por um jogador de outro time quando esse jogador está atuando na seleção nacional. Da mesma forma, os habitantes de um bairro com características multiculturais se identificam com todos os demais grupos étnicos moradores da "sua" rua.

Mas e o próprio indivíduo, o que pode fazer? A ele cabe exercitar sua autocrítica com tenacidade e lutar por juízos objetivos. Importante é como se comporta nosso ambiente social, pois apenas quando os meios de comunicação e a experiência cotidiana nos esfregam na cara que nossas idéias preconcebidas não se aplicam, e nós mesmos enfim o percebemos, tornamo-nos capazes de modificá-las. Somente assim é possível combater a discriminação.


Avinu Malkeynu (Nuestro Padre, Nuestro Rey)




"Luego fui llevado por Enoc a la región conocida como Saiph en el gran campo estelar de Orionis; de allí fui conducido a la presencia del campo de Luz conocido como Mintaka. Y dentro de este campo de Luz fui recibido por un ser de gran Luz, un ser de gran majestad llamado Metatrón, el Creador de la Luz en el universo externo. Y mi espíritu estaba tan abrumado con la presencia de la Luz superior que no hubiera podido mantener mi cuerpo de Luz sin el cuerpo de Metatrón.
Metatrón me llevó entonces ante la presencia del Padre Divino. Y pude llegar a estar ante Su presencia a través de la puerta de omega Orión que sirve como una Gran Entrada a las regiones de emisión de energía pura".
(El Libro del Conocimiento: Las Claves de Enoc, por el Dr. J.J. Hurtak)

Imagenes de: Rafael Tellez-Giron y Ted Larson.
Video de: ESA/Hubble, Rob Gendler y Akira Fujii

Doze Orações

SEMENTES DE PAZ - 12 ORAÇÕES PELA PAZ MUNDIAL

As sementes de paz representam as doze orações pela paz, feitas em Assis,
Itália, no Dia da Oração pela Paz Mundial, durante o Ano Internacional da
Paz das Nações Unidas, 1986. As orações foram levadas aos Estados Unidos e
deixadas aos cuidados das crianças da Life Experience School. A distribuição
das Sementes de Paz é um projeto para servir o mundo. As orações pertencem à
Humanidade...

ORAÇÃO HINDU PELA PAZ -

  Deus, leva-nos do irreal para o real. Ó Deus, leva-nos da escuridão para a
luz. Ó Deus, leva-nos da morte para a imortalidade. Shanti, Shanti, Shanti a
todos. Ó Senhor Deus Todo Poderoso, que haja paz nas regiões celestiais. Que
haja paz sobre a terra. Que as águas sejam apacentadoras. Que as ervas sejam
nutritivas, e que as árvores e plantas tragam paz a todos. Que todos os
seres benéficos tragam-nos a paz. Que a Lei dos Vedas propague a paz por
todo o mundo. Que todas as coisas sejam fonte de paz para nós. E que a Vossa
paz possa trazer a paz a todos, e a mim também.

ORAÇÃO BUDISTA PELA PAZ  -
  Que todos os seres, de todos os lugares, afligidos por sofrimentos do
corpo e da mente sejam logo libertados de suas enfermidades. Que os
temerosos deixem de ter medo e os agrilhoados sejam libertos. Que o
impotente encontre forças, e que os povos desejem a amizade uns dos outros.
Que aqueles que se encontram no ermo sem caminhos e amedrontados - as
crianças, os velhos e os desprotegidos - sejam guiados por entes celestiais
benéficos, e que rapidamente atinjam a condição de Buda.

ORAÇÃO JAINISTA PELA PAZ -
  A Paz e o Amor Universal são a essência do Evangelho pregado por todos os
Seres Iluminados. O Senhor disse que a equanimidade é o Dharma. Perdôo a
todas as criaturas e que todas as criaturas me perdoem. Por todos tenho
amizade e por nenhuma criatura inimizade. Saiba que a violência é a causa
raiz de todas as misérias do mundo. A violência é de fato o nó que
aprisiona. "Não ofenda nenhum ser vivo". Este é o caminho eterno, perene e
inalterável da vida espiritual. Por mais poderosa que seja uma arma, ela
sempre pode ser sogrepujada por outra; mas nenhuma arma pode ser superior à
não-violência e ao amor.

ORAÇÃO MAOMETANA PELA PAZ -
  Em nome de Allah, o benéfico, o misericordioso. Graças ao Senhor do
Universo que nos criou e distribuiu em tribos e nações, que possamos nos
conhecer, sem desprezarmo-nos uns aos outros. Se o inimigo se inclina para
paz, inclina-te tu também para a paz, e confia em Deus, Cheios de Graça são
aqueles que andam sobre a Terra em humildade, e quando dirigimo-nos a eles
dizemos "PAZ".

ORAÇÃO SIKH PELA PAZ -
  "Deus nos julga segundo nossas ações, não de acordo com o traje que nos
cobre: a verdade está acima de tudo, mas ainda mais alto está o viver em
verdade. Saibam que atingimos a Deus quando amamos, e a única vitória que
perdura é aquela que não deixa nenhum derrotado."

ORAÇÃO DAHAI PELA PAZ -
  Seja generoso na prosperidade e grato na adversidade. Seja justo ao julgar
e comedido ao falar. Seja uma luz para aqueles que caminham na escuridão, e
um lar para o forasteiro. Seja os olhos para o cego e um guia para os
errantes. Seja um sopro de vida para o corpo da humanidade, orvalho para o
solo do coração dos homens, e seja a fruta da árvore da humildade.

ORAÇÃO SHINTOÍSTA PELA PAZ -

  Embora as pessoas que vivem do outro lado do oceano que nos rodeia, eu
creio, sejam todas nossos irmãos e irmãs, porque há sempre tribulação neste
mundo? Porque os ventos e as ondas se levantam no oceano que nos circunda?
Desejo de todo coração que o vento logo leve embora todas as nuvens que
pairam sobre os picos das montanhas.

ORAÇÃO DOS NATIVOS AFRICANOS PELA PAZ -

  Deus Todo Poderoso, Grande Polegar que ata todos os nós, Trovão que Ruge e
parte as grandes árvores; Senhor que tudo vê até as pegadas do antílope nas
rochas, aqui na Terra, Vós sois aquele que não hesita em responder a nosso
chamado. Vós sois a pedra angular da Paz.

ORAÇÃO DOS NATIVOS AMERICANOS PELA PAZ -

  Óh! Grande Espírito de nossos Ancestrais, elevo meu cachimbo a Ti. Aos
teus mensageiros, os quatro ventos, e à Mãe Terra que alimenta seus filhos.
Dê-nos a sabedoria para ensinar nossos filhos a amarem, respeitarem e serem
gentis uns com os outros, para que possam crescer com idéias de paz. Que
possamos aprender a partilhar as coisas boas que nos ofereces aqui na Terra.
"SHIMA.. SHIMA.. SHIMA.. SHIMA"

ORAÇÃO PERSA PELA PAZ -
  Oramos a Deus pra erradicar toda a miséria do mundo: que a compreensão
triunfe sobre a ignorância, que a generosidade triunfe sobre a indiferença,
que a confiança triunfe sobre o desprezo, e que a verdade triunfe sobre a
falsidade.

ORAÇÃO JUDAICA PELA PAZ  -

  Vamos subir a montanha do Senhor, para que possamos trilhar os caminhos do
Mais Alto. Vamos forjar arados de nossas espadas, e ganchos de poda com
nossas lanças. Uma nação não levantará a espada contra outra nação - nem
aprenderão a guerra novamente. E ninguém mais sentirá medo, pois isto falou
o Senhor das Hostes. " Kodoish Kodoish Kodoish"

ORAÇÃO CRISTÃ PELA PAZ -

  Benditos são os que fazem a paz, pois eles serão chamados Filhos de Deus.
  Pois eu lhes digo: Ouçam e amem os seus inimigos, façam o bem aos que te
odeiam, abençoem aqueles que te maldizem, orem pelos que te humilham... Aos
que te batem no rosto, ofereçam a outra face, e aos que te tiram as vestes,
ofereçam também a capa. Dá aos que pedem, e aos que tomam teus bens, não os
peça de volta. E façam aos outros aquilo que quiserem que os outros te
façam. "

As sementes de Paz são distribuídas pelas crianças da Live Experience Shool
sob orientação do The Peace Abbey, Two North Main Street, Sherborn,
Massachusetts 01770 - Tel 1 508 650-3659  e fax 508 655-5031 [Tradução: Tônia
Von Acker - Associação Palas Athena]


Sobre o Saber



"O primeiro inimigo do saber é o medo.
Somente quem supera o medo pode ver claramente o real.
Como vencer o medo?
É dizer sim ao mundo como ele é."
Bert Hellinger

O Movimento do Espírito

A Constelação Familiar é a ciência do amor do espírito, como diz Bert Hellinger, em Hellinger Sciencia.

Onde a metodologia de trabalho envolve uma compreensão das Ordens do Amor. Uma ciência universal que busca a compreensão do que une e o que separa as pessoas, no que diz respeito a convivência e o vinculo de amor.

O que dá força e o que tira a força em relação ao nosso bem estar e a conquista de nossos objetivos.

Gandhi, A Convivência Pacifica

Estou lendo agora o livro: Autobiografia "Minha Vida e Minhas Experiências com a Verdade" de Mohandas K. Gandhi. um livro que foi generosamente oferecido em um Seminário Gratuito na Palas Athenas.

Quem quiser adquirir o livro, recomendo a Livraria da Palas Athenas, assim incentivamos o Instituto e colaboramos com a manutenção do mesmo. Clique aqui

O Seminário visa disseminar valores de parceria, cooperação e transparência entre os gestores e servidores públicos, organizações sociais e a sociedade em geral, presentes nas novas dinâmicas de convivência.

Muitas vivencias e informações que ajudam a entender um pouco mais os novos valores rumo a Cultura de Paz.

Ministrado por Basilio Pawlowicz, George Barcat, José Romão Trigo de Aguiar, Lourdes Alves de Souza, Maria Fernanda B. Dias de Oliveira e Reinaldo Bulgarelli.

Foi uma experiencia muito rica, em todos os sentidos.

Quem tiver interesse, agora em julho haverá outro seminário desse gratuito. Vale muito a pena.

"Valores da Convivencia" dia 28 e 29 de Julho de 2012 - Gratuito

Quanto ao livro, é uma leitura muito interessante, da vida, da forma como Gandhi via o mundo, suas lutas internas para vencer a si mesmo, sua luta em viver uma vida ética, a luta pela justiça social, as questões aos direitos humanos, suas dúvidas, seus sofrimentos, a discriminação e o preconceito vivido, suas inspirações e o encontro com a sua verdade. Uma obra e tanto.

Eu particularmente vou citar uma fala que achei muito rica:

"Aquele que busca a verdade deve, antes de tudo, ser tão humilde quanto o pó. O mundo pisa sobre o pó, mas quem persegue a verdade deve ser tão humilde que mesmo o pó poderia pisá-lo.

Esse é um diálogo entre Vasishtha e Vishvamitra que Gandhi cita em seu livro.

Vale a pena.
Fica a dica.
Cida Medeiros

Gratuidade

Gostaria de partilhar uma coisa aprendida em uma reunião do CIT - Colégio Internacional de Terapeutas - Unipaz,  à respeito da Gratuidade.

Quer dizer...o que suponho que tenha alcançado de entendimento...

Esse é um dos princípios que norteiam a prática de quem faz parte do Colégio Internacional de Terapeutas e esta no caminho de sustentar a "Presença", a presença do Ser em ação, quem trabalha em sintonia com o Self e está além do Ego...

Além da vaidade, alem do egoismo, alem da presunção, da ganância, do orgulho, da arrogância e da prepotência do Ego, inconsciente de sua ação e por isso, servindo os instintos negativos do Eu Inferior...

... e não deixa de ser uma questão Ética.

Mas essa reflexão pode ser aplicado por qualquer pessoa do Bem, que possa estar verdadeiramente empenhada no caminho do auto-conhecimento, do crescimento interior e da reforma intima.

A frase de reflexão:

"Gratuidade é não fazer do outro um devedor."

melhor dizendo:

Gratuidade é liberar o outro de qualquer dívida em relação à sua ação, o que você deu sem cobrar... e depois por alguma razão, arrependeu-se...ou que deu dizendo que era por amor...por amizade...por um ideal, por dever, por uma causa, por que estava ai sobrando, por que tinha mais que precisava, ou qualquer outra justificativa .., algo que você deu sem estabelecer um valor real de troca...quer seja financeiro, quer seja de qualquer natureza. É dar incondicionalmente. Impessoalmente. Livremente.

Gratuidade, verdadeiramente é dar e virar-se para frente e seguir em frente...sem desejar nada de volta.

Uma lição profunda de amor e entrega incondicional.

Você consegue?

Dar e não pensar mais no assunto? No quanto foi um sacrifício? Ou qualquer outra queixa e lamentação?

Por isso, é bem melhor estabelecer uma troca do que dar algo. Pois a pessoa que recebe sem dar nada de valor em troca, sente-se num nível muito inconsciente devedor de algo, da qual, não saberá como pagar. Fica preso. Cria um emaranhado.

Você está preparado para receber na Gratuidade? Sem fazer do outro seu pai adotivo, ou mãe adotiva, uma especie de reparação para sua infância mal resolvida? Como se você tivesse dois anos de idade esperando que alguém pague suas dividas? Ou assuma no seu lugar seus erros? Ou cuide de você como se você fosse um bebe usando chupetas?

Precisamos ser justo conosco e com o outro.

Se você não se sente preparado para a "Gratuidade" é mais sincero e verdadeiro estabelecer relações de trocas justas, solidárias, responsáveis e dentro da realidade.

O que tenho aprendido com a experiência de vida, que Gratuidade pode ser muito mal interpretada...cada um tem seu próprio sistema de crença. É preciso revisar isso com muito cuidado.

O Universo é troca.

Dar generosamente é um nível de consciência que alcançamos dentro de nós e deve estar a serviço de ações  voluntarias que exerçam um bem social, um bem para comunidade, para o planeta e a natureza. Que possa estar ancorados num propósito claro e sustentado pelo Divino.  Que não alimente a preguiça, o abuso e a folga dos aproveitadores...

Cuidado!!! Muito cuidado nesse hora. Ingenuidade tem um preço!!!

Quem só quer receber sem oferecer nada em troca, pode estar na verdade sendo um sugador... egoísta, achando que o mundo lhe deve algo. Precisa crescer como individuo.

Quem só quer dar, pode estar dentro de um sentimento de menos valia, de culpa, de carência e na pior das hipóteses manipulando a fim de obter algo para seu próprio beneficio.

A verdadeira entrega é estar a serviço, aceitando a realidade como ela é. A vida para se manter tem um custo?

Quem vai pagar essa conta?

Muito cuidado nesse hora!!!!

E bom refletir sobre a questão da "Gratuidade".

Cida Medeiros

Pulsar da Vida



Entrar no silêncio na sua casa interior e:

Quando calares a tua voz,
Ouvirás a voz que não tem som;
Quando cegares teus olhos
Enxergarás para além do breu;
Quando ensurdeceres teus ouvidos.
Escutarás o Grande Silêncio
Aquieta o teu coração:
Fica atento ao pulsar da Vida.

Eu estou em meio a esse momento, de sentir o Divino no silêncio que se forma entre os pensamentos. 

Vivendo a partir de dentro. 

Deixando a vida fluir para além do meu entendimento.

Entre a saudade de quem não está e a esperança do vir a ser, eu me entrego ao silêncio da minha mente interior e repouso em paz, nas asas do Divino.

Esse é o meu conforto.

Cida Medeiros

O Instante Presente


A vida é poesia.
Quem mais amou, mais viveu.
Compreende que as flores possuem seus espinhos.
Os espinhos ensinam a arte de viver a vida.
Exalam seu perfume.
Oferecem seu aroma.
Embelezam o jardim.
E convidam-nos a prestar atenção no instante presente.
Os espinhos...a lição!
Quem não aprecia o caule
Tão pouco merece desfrutar da flor.
Quem não honra a terra
Desvincula-se do sagrado.
No jardim dos ensinamentos, até uma flor pode ser um sábio mestre.
Cida Medeiros


Corporificando a Consciência

SER HUMANO É ESTAR ENCARNADO
Theda Basso e Aidda Pustilnik

“Ser humano é estar encarnado, e isto significa penetrar no reino da substância, penetrar no material, passar pelo sensorial e , às vezes, permanecer vidas e vidas nesse processo. Procurar a terapia é de alguma forma estar disposto e consentir a descer aos “ infernos” – visceral, sombrio – dessa experiência, e compreender o que acontece ali, acolhendo, completando o que ficou inacabado, redimindo a sombra, encontrando o perdão e voltando a fluir, evitando a permanência nesse lugar. Não é bom que a consciência se fixe no sensorial. O Ser aprisionado nos bloqueios do sensorial se esquece de quem é, torna-se presa de padrões habituais que, por muitas vezes, cronificam atitudes, dificultando o fluxo livre e criativo da vida.

Chilton Pearce diz que:
Habituar-se é o inimigo do crescimento. Perturbação ou distúrbio dos padrões estabelecidos supera essa tendência à inércia. No momento em que nós estabelecemos um padrão nós descansamos nele, não fosse o impulso para variação inerente ao ciclo de aprendizagem.

A dinâmica entre nosso sistema emocional e nosso cérebro mamiferiano tende à criação formação de hábitos e irá evitar novidades, pois esse sistema límbico-reptiliano não foi construído para lidar com novidades.

A dinâmica entre nosso cérebro emocional e nosso cérebro intelectual , entretanto, nos impele para novidades. Nossa constante tensão entre nossa natureza inferior e superior é parte dessa tensão entre antigas e novas estruturas neurais, entre evitar e buscar novidades, entre equilíbrio e desequilíbrio. Mesmo quando nós escolhemos a novidade, queremos descansar a cada ponto conseguido e habituarmo-nos ao novo estado.

O ponto mais alto da vida pode ser viver em um estado de puro fluir, um estado de agora sem passado e sem futuro, no qual predições e controle não entram – um estado de contínua (instante-a-instante) adaptação ao desconhecido, que está tão distante do estado reptiliano
Quanto se possa imaginar. Este é um estado em que a criança ativa , que está sempre aprendendo, vive (por nossa falta, caímos nos hábitos) e o qual devemos reaprender no desenvolvimento espiritual.”
In “Corporificando a Consciência”- Teoria e Prática da Dinâmica Energética do Psiquismo
Theda Basso e Aidda Pustilnik

A Fala

Sathya Sai Baba - Ensinamentos - A Fala


“Os ensinamentos espirituais colocaram grande ênfase em saber o uso apropriado dos órgãos dos sentidos e em aplicar esse entendimento na sua vida diária.”

“Cada órgão dos sentidos dado aos seres humanos possui um uso específico, mas a língua é dotada de duplo poder.

Esta possui o poder da fala e o poder da degustação.

Na Gita, o Senhor o adverte para ser muito cuidadoso no uso de sua língua.”

“A fala tem seu próprio e poderoso impacto na mente e em todo o processo mental. Possui um poder tremendo.

Pode desorientar sua mente. Pode partir seu coração. Pode até mesmo matá-lo.
Pode também dar a vida e o encorajamento e ajudá-lo a alcançar seu objetivo divino.
Estes são resultados opostos entre si e contraditórios, ambos produzidos pela palavra falada.”

“Vocês não devem falar muito. A energia divina que está em vocês será desperdiçada no processo.
Por se ocuparem em demasiada conversação, seu poder de memória será reduzido e a fraqueza será desenvolvida em seu corpo.

Envelhecimento precoce será o resultado final. Além disso, vocês terão também um mau nome.”

“A causa mais comum do envelhecimento precoce e da senilidade é esta falação e mais falação, e ainda mais falação.
Toda esta falação não é boa. Você deve observar silêncio.

Desde o nascimento, você não desenvolveu o hábito do silêncio interno. Deve desenvolvê-lo agora.”

Sai Baba Gita, Cap. VII, 'Restringindo a Língua na Alimentação e na Fala'
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