Bem Vindo ao Blog Cida Medeiros! Blog's Cida Medeiros: Neurociência
Mostrando postagens com marcador Neurociência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Neurociência. Mostrar todas as postagens

O Coração Fala Sutilmente




Esse vídeo é espetacular e vale a pena dedicar um tempinho para ver todas as imagens!

Todos nós, na maior parte, somos tomados por nossos pensamentos, muitos negativos, alguns dizem que estão no campo da Pensamentosfera....pois muitos são absolutamente coletivos, geracionais e inconscientes.

Seremos Imortais?




Em 6 de Outubro de 2012 , Laurent Alexandre participa da Conferência TEDx com uma discussão intitulado:
 "O declínio da morte: Rumo a uma imortalidade em um futuro próximo? .

É Possível assistir em qualquer idioma através da legenda.


TEDxParis le 6 octobre 2012 à l'Olympia
 http://tedxparis.com

O que fazer para melhorar o cérebro?



Dr. Paulo Niemeyer Filho - Neurocirurgião .
Recentemente, devolveu ao Maestro João Carlos Martins os
movimentos no braço e mão esquerda através de cirurgia no
cérebro, uma experiência inédita e magnifica!.
Nos relembra dos cuidados que devemos ter para manter uma mente sã.
 
    
Parte da entrevista da revista PODER ao neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, abaixo, quando lhe foi perguntado:


PODER: O que fazer para melhorar o cérebro ?

Resposta: Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a auto estima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a auto estima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?

PN: Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.


PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?

PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?

PN: Todo exagero.
Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância,etc.
O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra.
É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?

PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente que te faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?

PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente ,com saúde e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.

PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?

PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

Você acredita em Deus?

PN: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vamos até a família e dizemos:

"Ele está salvo".

Aí, a família olha pra você e diz:

"Graças a Deus!".

Então, a gente acredita que não fomos apenas nós, que existe algo mais, independente de religião.

Siga seu Coração

Caro Leitor,
Publico na integra esse artigo, pois é muito relevante.
Cida Medeiros



SIGA SEU CORAÇÃO - ELE É MAIS INTELIGENTE DO QUE VOCÊ PENSA

Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de "o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência."

O efeito de uma leitura. Neurociência


Um estudo revela algo importante sobre a influencia de uma leitura na ativação de determinadas áreas do cérebro. Uma informação importante, principalmente para comprovar o funcionamento das áreas cerebrais a partir de vários estímulos externos.

Cida Medeiros

"Os amantes da literatura não cansam de afirmar que um bom livro pode ser tão emocionante quanto um filme, ou mesmo quanto a vida real. E eles estão certos, segundo um estudo holandês.

De acordo com a pesquisa, a área do cérebro ativada quando uma pessoa lê e imagina
uma cena é a mesma que é ligada quando a imagem está em uma tela de cinema.

Os cientistas já sabiam que a mesma região cerebral era ativada quando sentimos uma emoção e quando vemos alguém sentindo a mesma emoção. Agora, em um artigo na revista científica "PLoS", a equipe da Universidade Groningen confirmou que o mesmo acontece quando lemos a respeito.

Para obter os resultados, o grupo contou com a ajuda de voluntários. Em um primeiro momento, eles tiveram seus cérebros monitorados enquanto viam cenas de três segundos de duração de um ator tomando uma bebida e fazendo cara feia por causa do gosto. Depois, o mesmo grupo teve que ler e imaginar cenas nada agradáveis: por exemplo, andar pela rua, trombar com um bêbado que vomita e depois perceber que o vômito caiu na própria boca do voluntário.

Em ambos os casos, a mesma área do cérebro entrou em ação, aquela que é ativada quando sentimos nojo e náuseas. Pessoas com algum problema nessa área são capazes de beber leite estragado como se fosse refrigerante.

É por isso que ver um filme ou ler um livro nos faz sentir como se estivéssemos experimentando aquilo em primeira pessoa. Para um dos autores do estudo, Christian Keysers, a notícia é excelente e deve servir de estímulo para que as pessoas leiam mais em um mundo dominado pela mídia visual."

Fonte: www.globo.com. br

Iluminação Neuronal


Meditação é muito mais que um exercício de relaxamento. Neurocientistas constatam que exercícios mentais regulares modificam nossas células cinzentas - e, portanto, também nosso modo de pensar e sentir. 

Ulrich Kraft


Vermelho, amarelo, verde. Diante das diferentes cores nas imagens de ressonância magnética funcional, Richard Davidson identifica as regiões do cérebro de seu voluntário que apresentam atividade significativa enquanto este tenta conduzir a própria mente ao estado conhecido como "compaixão incondicional". O tubo estreito do barulhento tomógrafo de ressonância magnética está, com certeza, entre os locais mais estranhos nos quais Matthieu Ricard já praticou essa forma de meditação, central na doutrina budista, nos seus mais de 30 anos de experiência.

Para o francês, o papel de cobaia no laboratório de Davidson, na Universidade de Wisconsin, em Madison, é também uma viagem ao passado - a seu passado como cientista. Em 1972, aos 26 anos, Ricard obteve seu doutorado em biologia molecular no renomado Instituto Pasteur, de Paris. Pesquisador iniciante, com futuro promissor pela frente, decidiu-se pela "ciência contemplativa". Viajou, então, para o Himalaia e passou a dedicar a vida ao budismo tibetano. Hoje, é monge do mosteiro Schechen, em Katmandu, escritor, fotógrafo e, na condição de tradutor, integrante do círculo mais próximo ao Dalai Lama. Ricard, no entanto, retornou à "ciência racional" porque Davidson queria saber que vestígios a meditação deixa no cérebro.

Sem o Dalai Lama, é provável que a insólita colaboração entre o neuropsicólogo e o monge jamais tivesse acontecido. Há cinco anos, ao lado de outros pesquisadores, Davidson visitou o chefe espiritual do budismo tibetano em Dharmsala, local de seu exílio na Índia. Lá, discutiram animadamente as descobertas neurocientíficas mais recentes e, em particular, como surgem as emoções negativas no cérebro. Raiva, irritação, ódio, inveja, ciúme - para muitos budistas praticantes, essas são palavras desconhecidas. Eles enfrentam com serenidade e satisfação até mesmo o lado ruim da vida. "A meta suprema da meditação consiste em cultivar as qualidades humanas positivas. Então, vimos isso como algo que precisaríamos investigar com o auxílio das ferramentas modernas da ciência", conta Davidson.

Ele foi pioneiro nessa área, mas nomes importantes da pesquisa cerebral seguiram seus passos. Com auxílio da medição das ondas cerebrais e dos procedimentos de diagnóstico por imagem, os cientistas buscam descobrir o que nosso órgão do pensamento faz enquanto mergulhamos em contemplação interior. E os esforços já deram frutos. Os resultados dessa pesquisa high-tech, no entanto, dificilmente surpreenderiam o Dalai Lama, uma vez que não fazem senão comprovar o que os budistas praticantes vêm dizendo há 2.500 anos: a meditação e a disciplina mental conduzem a modificações fundamentais na sede do nosso espírito.

No início da década de 90, seria muito difícil que algum pesquisador sério ousasse fazer tal afirmação publicamente. Afinal, uma das leis fundamentais das neurociências dizia que as conexões entre as células nervosas do cérebro estabelecem-se na infância e mantêm-se inalteradas até o fim da vida. Hoje se sabe que tanto a estrutura quanto o funcionamento de nossa massa cinzenta podem se modificar até a idade avançada. Quando alguém se exercita ao piano, além do fortalecimento dos circuitos neuronais envolvidos, novas conexões são criadas, aumentando a destreza dos dedos. O efeito produzido pelo treinamento é algo que devemos à chamada plasticidade cerebral. Em sua curta história, essa plasticidade já foi examinada sobretudo no contexto dos exercícios físicos e dos sinais provenientes do exterior, como os ruídos, por exemplo.
Campeões da mente
Pesquisador das emoções, porém, Davidson queria saber se atividades puramente mentais também poderiam modificar o cérebro e, em caso afirmativo, de que forma isso atuaria sobre o estado de espírito e a vida emocional de uma pessoa. Os budistas vêem sua doutrina como uma "ciência da mente", e a meditação, como meio de treinar a mente. Para Davidson, era natural buscar respostas com esses "campeões olímpicos do trabalho mental".

Seu primeiro voluntário, um abade de um mosteiro indiano, trazia na bagagem mais de 10 mil horas de meditação e, uma vez no laboratório, logo causou surpresa. Seu córtex frontal esquerdo -  porção do córtex cerebral localizada atrás da testa - revelou-se muito mais ativo que o de outras 150 pessoas sem experiência de meditação, estudadas a título de comparação. Como já havia constatado, tal padrão de excitabilidade sinaliza bom estado de espírito - um "estilo emocional positivo", nas palavras de Davidson. Decisiva é aí a relação entre a atividade nos lobos frontais esquerdo e direito.

Nas pessoas mais infelizes e pessimistas, o predomínio é do lado direito - em casos extremos, elas sofrem de depressão. Tipos otimistas, ao contrário, que atravessam a vida com um sorriso nos lábios, têm o córtex frontal esquerdo mais ativo. Experimentos mostraram que essas pessoas superam com mais rapidez emoções negativas, como as que necessariamente resultam, por exemplo, da contemplação das fotos de uma catástrofe. Fica evidente que essa região cerebral mantém sob controle os sentimentos "ruins" e, dessa forma, talvez responda também pelo equilíbrio mais feliz e pela paz de espírito que caracteriza tantos budistas.

A fim de comprovar essa suposição, Davidson continuou testando mais monges e, dentre eles, Matthieu Ricard. Com todos, o resultado foi o mesmo. "A felicidade é uma habilidade que se pode aprender, tanto quanto um esporte ou um instrumento musical", concluiu o pesquisador. "Quem pratica fica cada vez melhor."

De imediato, choveram críticas: como podia ele saber, afinal, se aqueles mestres da meditação já não possuíam cérebro "feliz" antes mesmo de pisar num mosteiro? A objeção não poderia ser descartada assim, sem mais. Por isso mesmo, seu grupo lançou-se a novos estudos. Os pesquisadores recrutaram voluntários entre funcionários de uma empresa de biotecnologia, dividindo-os em dois grupos aleatórios. Metade formou um grupo de controle, enquanto os 23 restantes receberam treinamento em meditação ministrado por Jon Kabat-Zinn, um dos mais conhecidos mestres americanos da chamada mindfulness meditation. Nesse exercício mental, trata-se de contemplar de forma imparcial e isenta de juízo os pensamentos que passam pela cabeça, como se assumíssemos o ponto de vista de outra pessoa. As aulas ocuparam de duas a três horas semanais, complementadas por uma hora diária de treino em casa.

Como se supunha, o treinamento mental deixou vestígios. De acordo com as medições efetuadas por eletroen-cefalograma (EEG), a atividade no lobo frontal daqueles que participaram do curso de meditação deslocou-se da direita para a esquerda. Isso refletiu em seu bem-estar: os voluntários relataram diminuição dos medos e um estado de espírito mais positivo.

Entre os que não meditaram, nenhum deslocamento se verificou no padrão das ondas cerebrais. Dessa vez, porém, Davidson conteve-se na avaliação de seu estudo, que não autorizaria conclusões definitivas. Mas é provável que, em segredo, tenha se alegrado com a perfeição com que os novos resultados corroboravam sua hipótese inicial: a meditação é capaz de modificar de forma duradoura a atividade cerebral. E, ao que parece, isso funciona não apenas para os mestres da reflexão espiritual, mas também para leigos.
Emoções básicas
Nesse meio tempo, Paul Ekman, uma das estrelas da cena neurocientífica, interessou-se também pela figura do monge. Na verdade, o psicólogo da Universidade da Califórnia, em São Francisco, ocupa-se das emoções básicas, ou seja, daquelas reações emocionais fundamentais que nos são inatas - o susto que nos faz tremer as pernas, por exemplo, quando um rojão explode inesperadamente perto de nós. Respondemos de forma automática a esses ruídos súbitos, graças ao startle reflex, o reflexo de susto. Dois décimos de segundo após a explosão, sempre os mesmos cinco músculos da face se contraem e, passados outros três décimos de segundo, nossa expressão facial se descontrai. Essa reação de susto é sempre idêntica em todas as pessoas, e isso porque, simplificando, assim é o "cabeamento" do cérebro. Como todos os reflexos comandados pelo tronco encefálico, também essa reação escapa ao controle da consciência, isto é, não se deixa reprimir intencionalmente. É, pelo menos, o que reza o estágio atual do nosso conhecimento.

Que, no entanto, nem todos se assustem com a mesma intensidade era uma questão que interessava Ekman havia algum tempo. O motivo é que a intensidade individual da contração muscular permite inferir o estado de espírito de uma pessoa. Quem sente emoções negativas com freqüência - em especial, medo, raiva, pesar e nojo - apresenta um startle reflex bem mais pronunciado que pessoas tranqüilas.

Por essa razão, Ekman estava autorizado a esperar uma reação de susto abaixo da média ao testar um lama budista e solicitar-lhe que buscasse ocultar ao máximo a inevitável contração muscular. Ainda assim, o resultado o deixou perplexo, uma vez que praticamente nada se moveu no rosto do monge. "Quando ele tentou reprimir o susto, a reação quase desapareceu", relatou Ekman, incrédulo. "Nenhum pesquisador jamais encontrou alguém capaz de fazer isso." Nem mesmo um som tão alto como um tiro de revólver assustou o lama. O motivo, na explicação do próprio monge: meditação. "Enquanto eu rumava para o estado aberto, a explosão me pareceu mais suave, como se eu estivesse bem longe." Bastante espantoso, do ponto de vista neurocientífico, é que o monge obviamente conseguiu, por força da vontade, modificar uma reação do cérebro que, na verdade, é automática.

Ao que parece, o órgão do pensamento dos budistas em meditação funciona de modo diferente da massa cinzenta do homem comum - mas como? Em busca de respostas, Olivia Carter e Jack Pettigrew acabaram indo parar na parte indiana do Himalaia, em direção a Zanskar, onde se encontram mosteiros budistas muito antigos. Lá, os pesquisadores da Universidade de Queensland, Austrália, investigaram um fenômeno de que a ciência vem se ocupando desde o século XVI: a chamada rivalidade binocular ou perceptiva.

Em geral, não constitui problema para o cérebro fundir numa única imagem a informação visual recebida pelos olhos. Os "instantâneos" percebidos pelos olhos direito e esquerdo encaixam-se à perfeição, porque ambos os lados contemplam a mesma cena. Mas o que acontece quando, por meio de um aparelho apropriado, cada olho vê uma imagem diferente - digamos, o esquerdo, listras azuis horizontais, e o direito, listras azuis verticais? Não podemos ver as duas coisas ao mesmo tempo, razão pela qual o cérebro resolve a disputa de forma diplomática: primeiro, decide-se por uma das imagens para, então, passados alguns poucos segundos, mudar para a outra. E sai pulando daqui para lá e de lá para cá: nossa percepção consciente alterna sem cessar as imagens percebidas por um olho e pelo outro.

Decerto, se concentrarmos toda a nossa atenção numa das imagens, ela se manterá por mais tempo diante do nosso olho interior, mas essa forma de balizamento é bastante limitada. Algumas características das imagens modulam a rivalidade binocular. Se confrontados a um só tempo com um estímulo visual fraco (finas linhas verticais, por exemplo) e outro forte (um grosso traço horizontal), voluntários vêem o último por mais tempo. Em virtude desses dois efeitos, o fenômeno suscita muita discussão neurocientífica, já que, no fundo, trata-se de como o cérebro regula a percepção visual. A modalidade do estímulo, ou seja, as imagens apresentadas aos olhos, determina para que lado penderá a disputa - ou seria isso algo controlável de forma deliberada?

O controle deliberado é a resposta certa - é o que afirma a descoberta, surpreendente até para especialistas - que o grupo de Olivia Carter trouxe de sua expedição investigativa ao Himalaia. Ao menos, essa é a conclusão que se aplica ao objeto específico de estudo da pesquisadora: 76 monges budistas com intensa prática de  meditação, com idade entre 5 e 54 anos.
"Na meditação, pessoas experimentadas são capazes de alterar de forma mensurável as flutuações normais do estado de consciência a que a rivalidade binocular induz." Assim resumem os cientistas os resultados obtidos, publicados em junho na revista Current Biology.

Carter solicitou a seus voluntários que praticassem a chamada meditação focada em um só ponto. Eles concentraram-se por inteiro num único objeto ou pensamento. Durante essa prática, ou pouco depois dela, os monges, dotados de óculos especiais, foram obrigados a contemplar ao mesmo tempo dois padrões diferentes - um para cada olho. Com o auxílio do mergulho meditativo, mais da metade conseguiu prolongar nitidamente cada fase das comutações típicas da rivalidade binocular. Alguns foram capazes até mesmo de reter uma imagem por mais de cinco minutos - façanha impensável para os voluntários sem experiência meditativa empregados para comparação, que, em média, limitaram-se a reter cada imagem por 2,6 segundos. O feito, no entanto, revelou-se dependente da técnica de meditação utilizada. Quando, em vez da meditação focada em um só ponto, os monges empregaram outro método - voltado antes a um mergulho interior mais genérico que a um objeto concreto -, a alternância constante das imagens manteve-se a habitual. Decisivo, pois, para a estabilização da percepção visual é não apenas a meditação em si, mas o modo como ela é praticada.

Concentração é tudo
Além da rivalidade binocular, outro fenômeno interessava aos pesquisadores australianos: a "cegueira induzida por movimento". Também ela escapa ao controle consciente - ou, pelo menos, assim se pensava. Nesse tipo de experimento, o voluntário contempla uma grande quantidade de pontos que disparam por uma tela. Entre eles, porém, vêem-se alguns pontos fixos, em geral de outra cor. A requerida concentração nos exemplares em ágil movimento faz com que os imóveis pareçam sumir, como se o cérebro os apagasse. Mas não por muito tempo: volta e meia, eles tornam a se imiscuir por um instante na percepção, e o participante não tem como impedir que o façam.

Um dos monges, no entanto, não teve dificuldade alguma com isso. O eremita, que se dedicava havia décadas e em total solidão ao mergulho interior, pôde perfeitamente eliminar os pontos fixos que em geral afloram cintilantes à consciência. Mais de 12 minutos se passaram até que ele anunciasse o reaparecimento de um deles. A partir das alterações nas funções visuais observadas, a equipe deduziu que, na mente desses mestres da meditação, algumas coisas transcorrem de modo não usual. "Diferentes modalidades de meditação e tempos de treinamento diversos conduzem a modificações de curto e longo prazo no plano neuronal", concluíram os pesquisadores.

Seu colega Richard Davidson vai gostar de ouvir isso, sobretudo porque, em 2004, também ele encontrou outras comprovações dessa tese, graças à ajuda de Matthieu Ricard e de mais sete monges enviados pelo Dalai Lama ao laboratório em Madison. Eram todos mestres da contemplação mental, trazendo na biografia algo entre 10 mil e 50 mil horas de meditação - objetos de estudo ideais para as neurociências, como crê o ex-cientista Ricard: "A fim de verificar que porções do cérebro se ativam em diversos estados emocionais e mentais, são necessárias pessoas capazes de atingir esses estados e permanecer neles com lucidez e intensidade".

No caso dos monges de Davidson, a forma de meditação solicitada foi aquela conhecida como compaixão incondicional: amor e compaixão penetram na mente, fazendo com que o praticante se disponha a ajudar os outros sem qualquer reserva. Os monges deveriam se manter nesse estado por um curto período de tempo e, em seguida, deixá-lo. Enquanto isso, Davidson registraria suas ondas cerebrais com auxílio de 256 sensores distribuídos por toda a cabeça. A comparação com um grupo de novatos na prática da meditação revelou diferenças gritantes. Durante a meditação, a chamada atividade gama sofreu forte aumento no cérebro dos monges, ao passo que mal se alterou nos voluntários inexperientes.

Além disso, essas ondas cerebrais velozes e de alta freqüência esparramaram-se por todo o cérebro dos lamas. Trata-se de um resultado bastante interessante. Em geral, ondas gama só aparecem no cérebro por um breve período de tempo, limitadas não apenas do ponto de vista temporal, mas também em termos espaciais.

Que significado elas têm, os neurocientistas ainda não sabem dizer. Essas ondas cerebrais ritmadas, com freqüên-cias em torno de 40 hz, parecem acompanhar grandes desempenhos cognitivos - momentos de concentração mais intensa, por exemplo. Talvez representem o estado de alerta extremo, descrito por tantos praticantes da meditação, especulam alguns. Portanto, por mais relaxado que um monge budista possa parecer, seu cérebro não se desliga de modo algum enquanto ele medita. Ao contrário: durante o mergulho espiritual, fica evidente que está, na verdade, a toda. "Os valores medidos em Ricard estão de fato acima do bem e do mal", relata o psicobiólogo Ulrich Ott com audível espanto. Mas o que fascina ainda mais o pesquisador é o fato de as estimulações terem atravessado de forma tão coordenada todo o cérebro dos lamas. E a razão do fascínio é que há ainda uma segunda hipótese a respeito do significado e do propósito das ondas gama, hipótese que, aliás, envolve um dos maiores mistérios da pesquisa cerebral: a questão de como surgem os conteúdos da consciência.

Quando tomamos um cafezinho, o que percebemos conscientemente é a impressão geral - os componentes isolados são processados pelo cérebro em diversas regiões. Uma reconhece a cor preta, outra identifica o aroma típico, uma terceira, a forma da xícara e assim por diante. Mas não se descobriu até hoje que área cerebral junta todas as peças desse quebra-cabeça. Por isso, os estudiosos da consciência supõem que os neurônios envolvidos se comuniquem por intermédio de uma espécie de código identificador  - a freqüência gama. Quando as células nervosas para "preto", "aroma" e "xícara" vibram juntas a uma freqüência de 40 hz, o cafezinho surge diante do nosso olho interior. De acordo com essa tese  - e diversos experimentos parecem confirmá-la -, as ondas gama constituiriam, portanto, um tipo de freqüência superior de controle que sincronizaria e reuniria regiões diversas, espalhadas por diferentes partes do cérebro.

Isso explicaria por que a meditação é tida como um caminho para alcançar outros estados de consciência. Em condições normais, as oscilações gama extremamente coordenadas que Davidson observou nos monges jamais ocorreriam, acredita Ott. "Se todos os neurônios vibram em sincronia, tudo se unifica, já não se distingue nem sujeito nem objeto. E essa é precisamente a característica central da experiência espiritual."

Mesmo antes da meditação, a atividade gama no cérebro dos monges era visivelmente mais intensa que no restante dos voluntários, em especial sobre o córtex frontal esquerdo, tão decisivo para o equilíbrio emocional.

Na opinião de Davidson, essa é mais uma prova de que, pela via da meditação - ou seja, do trabalho puramente mental -, é possível modificar aspectos específicos da consciência e, portanto, da personalidade como um todo. "As conexões no cérebro não são fixas. Isso quer dizer que ninguém precisa ser para sempre o que é hoje." Disso, Ricard não tinha dúvida nenhuma, mesmo antes de sua visita a Madison: "Meditação não significa sentar-se embaixo de uma mangueira e curtir o momento. Ela envolve profundas modificações no ser. A longo prazo, nos tornamos outra pessoa".



O Autor
Ulrich Kraft, médico e colaborador assíduo da Gehirn&Geist, é jornalista científico em Berlim.    
- Tradução de Sergio Tellaroli

Novos Paradigmas

"Nossos cérebros constroem matematicamente a realidade "concreta" interpretando frequências provenientes de outra dimensão, um domínio de realidade primária, significativa e padronizada, que transcende tempo e espaço. O cérebro é um holograma interpretando um universo Holográfico".

No livro "O Paradigma Holográfico" e outros paradoxos, reúne vários cientistas e pesquisadores e dentre todas as coisas que é tratado, cito: - o universo holográfico é uma nova perspectiva sobre a realidade.

Fenômenos que envolvem estados alterados de consciência podem ser explicado por essa teoria do neurocientista Karl Pribam e David Bohn.

Eles dizem que a sintonização com a matriz invisível é que gera a realidade concreta. O que pode explicar precognição, a psicocinese, a cura paranormal  e tantas outras experiencias em estado de consciência expandido.

É um novo paradigma emergente, que de novo não tem nada, e sim, revelado aos poucos para alguns que ainda desconhecem esse assunto. Algo que explica o fenômeno do espirito de maneira cientifica.

A Teoria do Holograma explica a ordem dobrada, isto é, o aspecto desdobrado da realidade.

Existe uma interconexão inseparável em tudo que é existente e manifesto no universo. Transcende o tempo e o espaço.

Por essa teoria, a realidade constitui-se a partir de uma matriz invisível.

Além do espaço tempo, só existem frequências das quais o cérebro capta, decodifica e cria realidades.

O fenômeno da sincronicidade e coincidência significativa fazem todo sentido num universo significativo e holográfico.

Por isso, podemos transmitir mensagens através do espaço interpessoal.

Na física quântica por exemplo, a matéria sofre interferências quando é observada, em estado de repouso ela pulsa como partículas, quando observada ela vira uma onda. Isso comprova o efeito que nossa observação tem sobre as coisas que observamos. Interferimos de modo positivo ou de modo negativo, de acordo com a natureza dos nossos sentimentos.

Por isso, no trabalho com as Constelações Familiares, o campo que se forma atua de forma favorável para seguir em ondas e mover campos de entendimento e amor.

Fios invisíveis, rede de conexão, tudo está ligado, tão ligado está que você não pode mexer numa flor sem incomodar uma estrela.

Por isso o efeito da Constelação familiar é tão poderoso e rico. Pois ele atuam em Campos, esses campos se movem, criam efeitos, produzem resultados.

Cida Medeiros






Universidade de Stanford e Dalai Lama

Pesquisa e Educação, andam de mãos dadas, o CCAR, sobre Orientação Dr. Doty, professor do departamento de Neurociência da Universidade de Stanford, deu início a vários projetos que vão desde neuroeconomia, neurociência, exploração da linguagem mental, examinando a atividade neural durante a meditação de novos integrantes e adeptos do budismo, dentre outros, com vários integrantes, como psicologos, neurocientistas, e outros estudiosos.

A Missão desse Instituto é criar um ambiente multi-disciplinar onde o altruismo e a compaixão, praticas budistas possam ter uma consistente base cientifica.

Segundo o jornal, Las Tampas.it a Universidade de Stanford, recebeu uma grande soma de dinheiro de Dalai Lama para implantar um instituto de pesquisa e ensino interdisciplinares na compaixão e altruísmo: "O Centro de compaixão e altruísmo de Investigação e Educação (CCAR), representando os mais avançados neste campo emergente de estudos.

Agora a Universidade de Stanford, tem um centro de pesquisas financiados pelo Dalai Lama e outros filantropos para pesquisa das atividades neurologicas e o a linguagem da vida mental, em atividades meditativas.

Nos últimos anos, os aspectos pró-sociais do comportamento humano passaram a ser objecto de investigação científica na fronteira entre a evolução, a etologia, genética, neurociência, psicologia, filosofia, economia, sociologia. Empatia é a experiência por trás de todas as formas pelas quais passamos para outro. Empatia (literalmente "sentir") e compaixão (sofrer com) constituem um círculo emocional que se alimenta e é amplificada, tornando-se cada vez mais ricos e alcance universal da realidade a que temos acesso, incluindo todos os seres vivos, plantas os animais. É uma ampliação da consciência, ou, para citar o Dalai Lama, uma extensão de nossa mente.

Dalai Lama, premio Nobel da Paz em 1989, busca unir a ciencia e a espiritualidade como um caminho de maior esclarecimento à respeito dos beneficios de uma vida mais Espiritualizada.

Dalai Lama, sustenta a idéia que a mente mais compassiva, mais calmo e com mais empatia, é fundamental para uma vida feliz, que ele chama de ética secular. "

Vamos viver Compassivamente? E de modo Altruísta?

Cida Medeiros

Maternidade e o Vinculo Afetivo por Cida Medeiros

É muito importante para o recém nascido o vinculo que se estabelece com a mãe através do contato que se dá pelo olhar, toque e a amamentação.

Um estudo promovido pela Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, juntamente com outras universidades e institutos revelam que o contato do bebê com a mãe através da amamentação liberam um hormônio que produz na criança a confiança.

O que confirma que as substâncias neurológicas produzidas pelo cérebro promovem os sentimentos de bem estar ou mal estar.

A relação que se estabelece entre a criança e a mãe tem um fator bioquímico envolvido, promovendo uma maior ligação da mãe com a bebê.

O Hormônio secretado pela hipotálamo é chamado de oxitocina e é responsável por promover o sentimento de confiança e a redução do medo na criança.

[Parte 1/2] Meu Derrame de Percepção - Legendado


Essa assunto que esta fartamente veiculada na internet, vem contribuir para a responsabilidade do pensar e até do poder da intenção.

E como nossas escolhas contribuem ou não para o sucesso de nossas realizações.

Em Reportagem vinculada na revista época na semana do dia 16 de junho de 2208, relata a experiência de como uma Médica americana se recuperou de um “derrame cerebral” com muito exercício e pensamento positivo.

Cida Medeiros

Leiam a matéria abaixo:

A FORÇA DA MENTE CONTRA O DERRAME

“Quando acordou na manhã de 10 de dezembro de 1996, a americana Jill Bolte Taylor sentiu uma dor incomum atrás do olho esquerdo. Ela tomou café e seguiu para os exercícios matinais… No banho, já com a visão turva e sem distinguir onde era o começo e o final do próprio braço, ela se deu conta que estava tendo um derrame”.

Derrame Cerebral e o Pensamento Positivo

Essa assunto que esta fartamente veiculada na internet, vem contribuir para a reflexão sobre o quanto somos responsáveis no processo de auto-cura.

E como nossas escolhas contribuem ou não para o sucesso de nossas realizações.

E claro, que uma boa dose de amor próprio.

Nessa Reportagem veiculada na revista época na semana do dia 16 de junho de 2008, relata a experiência de como uma Médica americana se recuperou de um “derrame cerebral” com muito exercício e pensamento positivo.

Cida Medeiros

Leiam a matéria abaixo:

A FORÇA DA MENTE CONTRA O DERRAME

“Quando acordou na manhã de 10 de dezembro de 1996, a americana Jill Bolte Taylor sentiu uma dor incomum atrás do olho esquerdo. Ela tomou café e seguiu para os exercícios matinais… No banho, já com a visão turva e sem distinguir onde era o começo e o final do próprio braço, ela se deu conta que estava tendo um derrame”.

A visão e o cérebro


Imaginem ainda o que esta por vir...
Vale a pena ler.
Cida Medeiros


Movimento da pupila antecipa momento da tomada de decisão
Publicidade

RAFAEL GARCIA
da Folha de S.Paulo

Quando estamos olhando para um objeto, antes mesmo de conseguirmos reconhecê-lo já o analisamos e já "julgamos" como devemos tratá-lo. Essa é a maneira inusitada com que a visão opera no cérebro, conforme demonstra um estudo publicado na edição de desta terça-feira (5) do periódico científico "PNAS".

Num elegante experimento que demonstrou o fenômeno, um grupo liderado por Olivia Carter, do Laboratório de Ciências Visuais da Universidade Harvard, dispensou modernas tecnologias de mapeamento cerebral. Para saber o que se passava na cabeça das pessoas, bastou a ela observar os olhos das pessoas, e o comportamento das pupilas revelou tudo.

No experimento, voluntários foram apresentados a uma série de imagens ambíguas. Uma delas era o "cubo de Necker", uma figura clássica de ilusão de óptica, que dá margem a uma dupla interpretação sobre sua perspectiva.

Quando olhavam para o cubo, os voluntários relatavam de tempo em tempo qual das duas perspectivas parecia real. Mas eles mudavam de idéia o tempo todo. Enquanto acompanhava o que as pessoas diziam, a pesquisadora também monitorava o diâmetro de suas pupilas. Ela percebeu que, em alguns momentos, as pupilas dos voluntários sofriam um espasmo, dilatando-se, e logo em seguida eles "trocavam" de idéia sobre a interpretação da imagem.

A neurocientista Carter, porém, sabia que a dilatação de pupilas estava ligada a um fenômeno interno no cérebro: a reação em cadeia de uma molécula chamada norepinefrina, transmissora de impulsos nervosos.

Quando ativada em um setor do tronco cerebral --estrutura que conecta o cérebro à medula espinhal--, essa substância provoca o alargamento da pupila.

Atitude

Esse mesmo mecanismo está associado também à tomada de iniciativa. A norepinefrina age no momento em que uma pessoa deixa de analisar um problema para pôr a mão na massa e começar a resolvê-lo. Carter descobriu que essa via de transmissão de impulsos nervosos, que impele as pessoas à ação, é a mesma que inconscientemente obriga as pessoas a escolherem uma das interpretações da visão que lhes é apresentada.

"A evidência atual sugere que esse complexo está envolvido em otimizar o equilíbrio entre "aproveitar" (continuar fazendo o que se faz) e "explorar" (libertar-se e escolher uma das alternativas possíveis)", escreveram Carter e colegas na "PNAS".

É como se fosse o instante em que uma pessoa prestando vestibular se dá conta de que não sabe resolver uma questão e "chuta" uma das alternativas.

A neurociência, afinal, está mostrando que o mero ato de olhar já implica em uma tomada de decisão.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u369738.shtml

Derrame Cerebral da Neurocientista Jill Taylor


Após derrame, neurocientista alcança "o nirvana"
Leslie Kaufman

A neurocientista Jill Bolte Taylor trabalhava no centro de pesquisa cerebral
da Universidade Harvard quando chegou ao nirvana. Mas o fez tendo um
derrame. Em 10 de dezembro de 1996, Taylor, que então tinha 37 anos, acordou
em seu apartamento perto de Boston com uma dor penetrante por trás do olho.
Um vaso sangüíneo havia estourado em seu cérebro.

Em poucos minutos, o lobo cerebral esquerdo - a fonte do ego, da análise, do juízo e do contexto - começou a falhar. Estranhamente, a sensação era ótima.

O ruído incessante que costumava ocupar seus pensamentos desapareceu. As
preocupações cotidianas de sua vida - sobre seu irmão esquizofrênico e seu
emprego desgastante - romperam as amarras e se foram. E suas percepções
também mudaram. Ela começou a perceber os átomos e moléculas de seu corpo e
como eles se combinavam com o espaço que a cercava; o mundo todo e as
criaturas que ele contém eram todos parte do mesmo, e magnífico, campo de
energia reluzente.

"Minha percepção das fronteiras físicas deixou de estar limitada ao contato
de minha pele com o ar", escreveu Taylor em My Stroke of Insight, seu livro
de memórias, que acaba de ser publicado. Depois de experimentar dor intensa,
ela afirma, seu corpo se desconectou de sua mente. "Eu me sentia como um
gênio libertado da garrafa", afirma no livro. "A energia do meu espírito
parecia fluir como uma grande baleia percorrendo um mar de euforia
silenciosa".

Enquanto seu espírito ascendia, seu corpo lutava pela sobrevivência. Ela
tinha um coágulo do tamanho de uma bola de golfe no interior da cabeça, e
sem o uso do hemisfério esquerdo do cérebro, ela perdeu funções analíticas
como a capacidade de falar, de compreender números ou letras e,
inicialmente, até a de reconhecer sua mãe.

Um amigo a levou ao hospital, onde passou por uma cirurgia, seguida por oito
anos de recuperação. O desejo de contar aos outros sobre o nirvana, conta
Taylor, a motivou fortemente a reintroduzir seu espírito no corpo e se
curar.

A história de Taylor não é comum entre os pacientes de derrames. As lesões
no lobo esquerdo do cérebro em geral não conduzem a uma prazerosa
iluminação; as pessoas muitas vezes afundam em um estado de irritabilidade
constante, e perdem o controle de suas emoções. Taylor também foi ajudada
pelo fato de que o hemisfério esquerdo de seu cérebro não foi destruído, e
isso provavelmente explica porque ela conseguiu se recuperar plenamente.

Hoje ela se diz uma nova pessoa, capaz de "penetrar a consciência de meu
hemisfério direito" sempre que assim deseja, e de ser "uma com a totalidade
da existência". E ela diz que isso nada tem a ver com a fé, e sim com a
ciência. Taylor oferece profunda compreensão pessoal a algo que havia
estudado por muito tempo: a grande diferença entre as personalidades das
duas metades do cérebro.

O hemisfério esquerdo em geral nos fornece contexto, ego, tempo, lógica. O
hemisfério direito nos oferece criatividade e empatia. Para a maioria das
pessoas de fala inglesa, o hemisfério esquerdo, que processa a linguagem, é
dominante. A percepção de Taylor é que isso não tem necessariamente de ser
verdade.

A mensagem dela, a de que as pessoas podem escolher viver uma vida mais
pacífica e espiritual deixando de lado a porção esquerda do cérebro, atrai
muita gente.

Em fevereiro, ela palestrou na conferência TED, sobre tecnologia, meio
ambiente e design, um fórum anual para a apresentação de idéias científicas
inovadoras. O resultado foi eletrizante. Depois que sua palestra de 18
minutos foi postada no site da TED, ela se tornou uma espécie de celebridade
instantaneamente.

Mais de dois milhões de pessoas assistiram ao vídeo, e mais de 20 mil ao dia
continuam a fazê-lo. Ela também concedeu uma entrevista veiculada no site de
Oprah Winfrey e foi escolhida como uma das 100 pessoas mais influentes do
mundo em 2008, pela revista Time.

Também recebe mais de 100 e-mails de fãs ao dia. Alguns deles são cientistas
especializados no estudo do cérebro, fascinados com o fato de que uma colega
tenha sofrido um derrame e agora tenha podido retornar e traduzir essa
experiência nos termos que eles estão acostumados a empregar. Outros são
vítimas de derrames ou profissionais de saúde que trabalham nessa área,
interessados em contar suas histórias e em agradecê-la pela franqueza.

Mas muitos dos que a procuram têm interesse em fenômenos espirituais,
especialmente budistas e praticantes de meditação, para os quais a
experiência pela qual ela passou confirma sua crença de que existe um estado
de alegria ao qual se pode chegar.

Taylor decidiu estudar o cérebro - e obteve um doutorado em ciências com
especialização em neuroanatomia -, porque seu irmão enfrentava uma doença
mental e sofria ilusões de que estava em contato direto com Jesus. E de seu
antigo laboratório de pesquisa em Harvard, ela continua a falar em defesa
das pessoas mentalmente doentes.

Mas reduziu sua carga imensa de trabalho. Ela vive em beco arborizado a
alguns minutos de distância da Universidade de Indiana, onde fez seu curso
de graduação e onde hoje leciona na Escola de Medicina.

O vestíbulo da casa está pintado de uma cor púrpura intensa. Ela recebe os
visitantes com abraços calorosos e, quando fala, seus olhos de um azul
pálido não se desviam dos olhos de seus interlocutores. Solteira, ela vive
com seu cachorro e dois gatos, e não hesita em definir sua mãe, 82 anos,
como sua melhor amiga.

Taylor diz que escreveu suas memórias porque acredita que haja muito de
aproveitável em sua experiência, no que tange à recuperação de pacientes de
trauma cerebral.

Quanto a questões mais sérias, como a paz mundial, ela diz que não sabe como
atingi-la, mas acredita que o hemisfério direito do cérebro possa ajudar -
ao menos foi o que disse na conferência TED. "Creio que quanto mais tempo
usarmos os circuitos de paz de nosso hemisfério direito, mais paz
projetaremos no mundo, e mais pacífico será o planeta". Quase parece
ciência.

Fonte:
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
http://noticias. terra.com. br/ciencia/ interna/0, ,OI2924685- EI298,00. html

Fonte Original

Neurociência contribuindo para o Aprendizado


Essa materia vem contribui com informações que demonstram o avanço da ciência.
Um programa de treinamento da Universidade, permite realizar uma ativação de áreas adormecidas do cérebro, permitindo a capacitação de indivíduos com problemas de aprendizagem.
Vale a pena ler.
Cida Medeiros


» Saúde em foco

Cientistas da Universidade Carnegie Melon, de Pittsburgh demonstraram com que em alunos com problemas graves de leitura e compreensão, áreas do cérebro que estavam inativas podem ser ligadas com treinamento.

Os alunos, todos do quinto ano, foram avaliados através de técnicas especiais de ressonância nuclear magnética antes e após o período de recuperação. Os exames permitiram aos pesquisadores determinarem através da medição do fluxo sanguíneo para o cérebro, durante as atividades escolares, os padrões de ativação.

Nos alunos classificados como disléxicos, determinadas regiões do cérebro eram menos ativadas. A area parietotemporal mostrou padrões bastante diferentes entre os alunos considerados normais e os com dificuldades de leitura.

Como os cientistas acreditavam na plasticidade, ou seja, na capacidade do cérebro humano de se adaptar e ativar regiões que antes não eram muito utilizadas, um programa especial de reforço foi traçado para essas crianças.

Foram 100 horas de treinamento especial em leitura e compreensão. O objetivo era superar a dificuldade de associação entre os sons das letras e suas formas escritas.

Outra descoberta importante do estudo foi a de que somente 10% das crianças apresentavam problemas visuais e dislexia, o que diverge da crença comum.

Os exames de ressonância foram aplicados antes e após o reforço e um ano após. Todas as crianças do quinto ano foram submetidas a mesma bateria de testes para permitir a comparação.

Após o treinamento e no exame de revisão com um ano, as crianças disléxicas que tinham recebido o reforço especial mostravam padrões cerebrais semelhantes aos das crianças ditas normais.

Esse estudo mostra que o cérebro humano é capaz de ser "reprogramado" com estímulos especialmente dirigidos e permitir que todos possam demonstrar suas potencialidades.

O trabalho em questão está publicado na edição de agosto da revista "Neuropsycologia" .

Cida Medeiros


Mente e Doença

Caro leitor,
Esse artigo fala sobre, as conseqüências do stress gerado pela vida moderna,  os conflitos emocionais,  ansiedade e outros distúrbios,
confirmando a influencia sobre a saúde. Nesse artigo, o autor refere-se ao Floral como placebo, isso não é verdade, o floral age nos campos sutis e com isso muda a ressonância vibratória do individuo. É importante notar que o próprio Governo Britânico decidiu regularizar as terapias alternativas e oferecer apoio para que o Conselho para a Saúde Natural fiscalize e atribua penalidades e
responsabilize os que praticam a profissão de forma desonesta, com isso, reconhecendo e validando o efeito curativo e real dos tratamentos alternativos. O que justifica o crescimento dessa categoria de profissionais em todo mundo.
Vale a pena ler essa matéria com o devido crivo analítico.
Cida Medeiros

Mente e Doença
Renato M.E. Sabbatini
Já é de conhecimento popular que os estados psíquicos adversos, como estresse, depressão, ansiedade, raiva, etc., favorecem o desenvolvimento de doenças orgânicas como úlceras do estômago e duodeno, colite, inflamações dos músculos (miosite), doenças da pele (dermatites), diabetes e até câncer. Estima-se que cerca de 50 % das doenças da humanidade tenham algo a ver, direta ou indiretamente, com as disfunções psicológicas.
O que existe de verdade científica em tudo isso ? O conhecimento sobre esta área evoluiu muito a partir da década dos 30s, quando se descobriu a função de uma parte do sistema nervoso que controla as nossos órgãos internos e diversas funções involuntárias, o sistema nervoso autônomo (SNA). Um pesquisador norte-americano, Walter Cannon, ao estudar os fenômenos fisiológicos que acompanham as emoções em seres humanos e animais, observou que, ao enfrentar uma situação de perigo, o nosso organismo passa por uma profunda alteração interna. Uma parte do SNA, chamada sistema simpático, é acionada e dilata as pupilas, diminui o fluxo sanguíneo para a pele e aumenta para os músculos, cérebro e coração, dilata as artérias coronárias, aumenta o metabolismo pela descarga de adrenalina, a freqüência cardíaca e respiratória, etc. Tudo isso tem uma função biológica, que é a de preparar o organismo para a luta, para a defesa ou para a fuga, e dura alguns minutos, pois é uma reação de emergência.
No caso de uma situação crônica de distúrbio emocional ou psicológico, essa reação se perpetua, causando numerosas disfunções e até danos orgânicos permanentes, como entupimento das coronárias, úlceras estomacais e duodenais, etc. O médico e pesquisador canadense Hans Selye, em 1950, batizou essa reação de estresse. Ele descobriu que existe uma enorme ativação do eixo hipófise-adrenal. Estas glândulas secretam hormônios importantíssimos, que controlam muitas de nossas funções metabólicas e fisiológicas internas, que vão desde o ciclo menstrual e a produção de espermatozóides, até a reação à inflamação e a agentes bacterianos externos. O estado de saúde dos tecidos, do sistema imunológico, etc., é profundamente alterado por alguns desses hormônios, como os corticoesteróides. As emoções negativas e o estresse crônico, então, têm a capacidade de afetar nossa resistência às doenças, e que pessoas sujeitas a eles podem ficar doentes, surgindo as enfermidades psicossomáticas.
Mais recente, um ramo da medicina chamada psiconeuroimunologia, tem estudado a relação entre o sistema imunológico, que nos protege contra diversos desvios da estabilidade interna, e os distúrbios psíquicos. Já se sabe, por exemplo, que o estresse e a ansiedade crônicas, bem como a depressão, trazem profundas alterações em nossa capacidade de nos defendermos imunológicamente. Se uma pessoa fica doente por razões puramente orgânicas (por exemplo, desenvolve AIDS), sua reação interna de combate ao organismo invasor e a resistência a doenças oportunísticas é grandemente alterada pela psique. Até mesmo o câncer pode ser favorecido nas pessoas cronicamente deprimidas em função, por exemplo, da perda de uma pessoa amada, de uma separação ou morte de um filho.
Não se conhece exatamente quais são os mecanismos envolvidos na alteração patológica do sistema imune pelo cérebro, mas já temos algumas idéias. Uma parte do nosso cérebro estreitamente ligada ao comportamento emocional, que se chama hipotálamo, secreta vários hormônios liberadores, que atuam sobre a hipófise, ativando-a ou inibindo-a. Esta, por sua vez, faz o mesmo com diversas glândulas-alvo. Por exemplo, um dos hormônios envolvidos na reação imune, que é o ACTH, ou corticotropina, é secretado pela hipófise em resposta ao neurohormônio hipotalâmico chamado CRH. A corticotropina afeta a secreção dos corticoesteróides, que modulam, entre outras coisas, as reações inflamatórias dos tecidos e a produção de anticorpos. Também existem fortes evidências de que o mecanismo genético das células é alterado pela secreção aumentada do cortisol. A função dos genes é alterada, assim como a síntese de proteínas, e a permeabilidade da membrana das células, podendo levar à morte dos neurônios, se eles forem estimulados em excesso (excitotoxicidade).
Tudo isso nos mostra que existe uma relação estreita entre mente e doença. O corolário é que quanto mais saudáveis formos, do ponto de vista emocional e psíquico, melhor será para nossa saúde orgânica. Os antigos já diziam que o bom humor afasta as doenças, e isso é uma verdade, agora sabem os cientistas. A vida moderna traz estresses tremendos e duradouros para muitas pessoas. A competição, o autoritarismo no emprego, a agressividade entre as pessoas, o trânsito confuso e perigoso, o medo de ser assaltado ou assassinado ou de perder o emprego, as aglomerações, enfim, tudo isso está afetando enormemente a saúde das pessoas. A relação mente-corpo também explica muitos efeitos terapêuticos da medicina convencional e o aparente sucesso das medicinas alternativas. Se a pessoa acredita que vai ser curada por alguma coisa, como florais de Bach ou outro placebo qualquer, ela realmente pode se auto-curar, através da modulação do sistema imunológico pela mente. Este fenômeno tem sido reconhecido universalmente, e se denomina shamanismo, ou seja, é o que acontece quando um curandeiro primitivo (shaman) promove curas pelo efeito de sua simples autoridade "miraculosa" e conexão com os "espíritos maléficos", que obedecem aos seus comandos de abandonar o corpo do pobre doente. A medicina moderna não consegue escapar desse fenômeno, embora tenha hoje em seu arsenal drogas, cirurgias e outros meios curativos poderosíssimos. Até mesmo o efeito pós-cirúrgico de uma operação complexa e radical, como um transplante cardíaco, pode ser afetado, em ultima análise, pelas reações psíquicas do paciente.
Publicado em: Jornal Correio Popular, Campinas, SP
Renato M.E. Sabbatini é doutor em neurofisiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto. Realizou pesquisas como cientista convidado e para o seu pós-doutorado no Instituto Max Planck de Neurobiologia em Munique, Alemanha. Atualmente  é coordenador de Informática Médica e professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. Dentre suas inúmeras atividades, destaca-se também a de editor associado e presidente do  conselho editorial da revista on-line  "Cérebro & Mente".
Email: sabbatini@nib.unicamp.br


Oração faz Bem a Saúde


Estudo revela que oração estimula parte do cérebro responsável por sistema imunológico

Após estudo com milhares de pessoas, médicos norte-americanos descobriram que a fé faz bem à saúde.
Segundo o estudo, pessoas que tem uma religião vivem mais.
Quem reza, ora ou freqüenta uma igreja vive 29% mais do que os ateus.
Cerca de 125 mil pessoas, reunidas em 42 estudos, foram entrevistadas.
Dessas entrevistas, foram registrados mais de 10 mil casos de cura pela fé.
Para os cientistas, rezar ou orar faz bem à saúde.
Eles ainda não conseguem explicar por que, mas suspeitam de que, orando,
religiosos estimulam a parte do cérebro responsável pelo sistema imunológico.
Sendo assim, a fé fortalece o corpo e alimenta a alma.
Em testes feitos em laboratório, os cientistas estimularam a parte do cérebro
responsável pelo sistema imunológico, fazendo com que os pacientes experimentassem o sentimento da fé.

Segundo o Médico e Pesquisador Herbert Benson, da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard,
maiores informações: Timeless Healing.


Cida Medeiros