Bem Vindo ao Blog Cida Medeiros! Blog's Cida Medeiros

Vacuidade

“Dizemos: ‘Tudo vem da vacuidade’. Um rio inteiro, ou um espírito inteiro é vacuidade. Quando atingimos esta compreensão, encontramos o verdadeiro significado* da vida. Quando atingimos esta compreensão, podemos ver a beleza da vida humana.

Antes de realizarmos este fato, tudo o que vemos é apenas uma ilusão enganadora. Às vezes, superestimamos ou ignoramos a beleza, porque nosso espírito* pequeno não está de acordo
com a realidade.” (Suzuki, 1977, p. 121).

“Antes de compreendermos a ideia de vacuidade, tudo parece existir substancialmente. Mas, uma vez realizada a vacuidade das coisas, tudo se torna real — não substancial. Quando realizamos que tudo o que vemos faz parte da vacuidade, não podemos experimentar o apego por nenhum fenômeno; compreendemos que tudo não passa de formas e cores temporárias.

...Quando entendemos pela primeira vez que tudo tem somente uma existência temporária, ficamos geralmente decepcionados; mas esta decepção provém de uma má
concepção do homem e da natureza... porque nossa maneira de ver as coisas está
profundamente enraizada nas nossas idéias egocêntricas. Mas, quando realizarmos
efetivamente esta verdade, não sofreremos mais”. (Ibid., p. 143-144).
Extraido do Livro: Nova Linguagem Holistica - Pierre Weil

Sobre o Amor


"O amor é o único meio de assegurar a verdadeira felicidade, tanto neste mundo como no vindouro.
O amor é a luz que guia nas trevas, o elo vivo que une Deus ao homem,
que torna certo o progresso de cada alma iluminada.
O amor é a maior lei que governa este ciclo poderoso e celestial,
o poder sem igual que liga os diversos elementos deste mundo material...
" 'Abdu'l-Bahá


Caro leitor, um pouco de amor, como vibrações que irradio do meu coração à você,
e algumas palavras que somam na intensão, provenientes da Fé Bahai

Cida Medeiros

Sabedoria da Cura Ancestral

Olá querido Leitor,

Recebi esse material da minha querida amiga e resolvi postar aqui no meu Blog. Bem bacana.
Um forte abraço à todos vocês que chegaram até aqui, neste vasto mundo da Web.
Não deixem de ler essa matéria, vale muito a pena.
Cida Medeiros


OS ANCESTRAIS E AS DIFERENTES INTELIGÊNCIAS

De acordo com os ancestrais de diferentes partes de nosso mundo, nosso corpo sente e pensa. Por exemplo, no caso dos ancestrais das tribos australianas, quando uma pessoa se fere ou adoece, a tribo se reúne ao redor do enfermo e canta pedindo perdão à ferida ou parte afetada. E esta começa automaticamente a dar sinais de melhora e ocorrem curas milagrosas.

O mesmo ocorre nas assombrosas curas dos kahunas ou médicos magos havaianos. Eles entram em oração direta com a parte afetada pedindo-lhe perdão. Esse ato de oração envolve os magos, o paciente e todas as vidas durante as quais eles possam ter se encontrado e se envolvido com essa pessoa. E também ocorrem curas consideradas milagrosas.

No conhecimento ancestral Inca, tudo é reciprocidade, quando alguém adoece ou se enche de energia pesada ou "hucha", por ter atitudes egoístas, não deixando fluir o "sami" ou energia leve. Por isso nas curas se pede para aquela parte do corpo se harmonizar com 'pachamama' permitindo que o bloqueio se reequilibre.E a pessoa se cura.

No caso dos Lakotas, na América do Norte, eles falam com o corpo para informar-lhe que existe uma medicina que vai curá-lo. E logicamente as pessoas se curam.

Como vemos, examinando alguns casos de medicina ancestral, chegamos a uma interessante conclusão: os ancestrais aceitavam as partes de nosso corpo como um ser completamente inteligente e autônomo do cérebro. Isso durante os últimos séculos passou a ser considerado como fraude ou superstição. Mas vejamos agora as descobertas mais recentes da ciência. Você vai ficar estupefata (o).

Mantendo o Intento

Balam trabalhava incansavelmente. Nesta noite faria o jantar para a Mestra que chegaria de viagem.

Sentia saudades, por isso tratou ele mesmo de, amorosamente, fazer o jantar. Em cada verdura, em cada fruta que descascava, um imenso amor invadia seu ser.

Colheu as laranjas para um saboroso suco, fez o pão e a geléia. O chá quente e forte como a Mestra gostava... Flores por todo o mosteiro... Tudo estava muito lindo! O aroma de tudo que estava a cozinhar era um convite à sua degustação! Quando a Mestra chegou, Balam ainda estava na cozinha a cantarolar...

Agressividade e Violência




Agressividade e Violência

Earth Song - Michael Jackson


Earth Song - Michael Jackson (legendado em português)

Esse video é um alerta.
A natureza mostra sua força.
Precisamos nos conscientizar urgentemente para que as tragédias coletivas possam ser suavizadas.
É um triste cenário, mais muito verdadeiro!
Cida Medeiros

Star Size Comparison HD


Caro Leitor
Somos Seres Multidimensionais. Adormecidos em nossa morada terrestre, coberto por um corpo feito de pele, ossos, e todo um sistema nervoso, maravilhoso por sinal, onde nossa pulsão de vida pode manifestar-se. Mas não se engane! Seres cósmicos, isso que somos! Ainda que dormindo! Mas somos uma identidade cósmica adormecida, esperando a hora certa do Despertar! Essas imagens é só para ajudar a recordar!
Cida Medeiros

Jaya Jagatambe


Esse mantra provoca em mim algo de natureza indescritível, na voz de Krisna Das é divino com amada Amma é sublime.
O adorada presença! Abençoe a todos!
Me faz recordar o meu encontro com Amma no Rio de Janeiro em sua primeira vinda ao Brasil e o Show de Krisna Das no Crediard Hall. Momentos inesquecíveis!

A questão do Poder


O que dá poder e o que tira o poder?

Existe o poder interior que é fruto das vitorias sobre si mesmo. Quando dominamos a nós mesmos.

Esse é um poder que ninguém tira, ele é vivenciado dentro de você mesmo. A orientação vem de dentro.

A força que te move adiante, nasce de dentro.

Resulta em autonomia.

"Servir-se da sua própria razão é ser autónomo e, portanto, livre. Imanuel Kant"


Essencialmente o poder é uma grande questão, falarei um pouco sobre isso, baseado nos estudos sistêmicos e dentro da abordagem das Constelações Familiares.

Bert Hellinger expressa seu ponto de vista em relação as lutas de poder. E eu digo, como elas são perniciosas no desenvolvimento de um bom senso social e evidentemente de relações sustentáveis.

Na política por exemplo, as lutas de poder acabam por prejudicar um povo inteiro, uma nação pode ser destruída,  famílias, lares, comunidades e o patrimônio cultural de um grupo social.

O poder cega o individuo.

Bert Hellinger diz: - Sempre que existem lutas pelo poder, não se olha para os mais fracos.

Os mais fracos são explorados, numa cultura opressora, que em nome da soberania de um grupo, aniquila o individuo.

Nas famílias, as lutas de poder, entre o casal, coloca em risco o bem estar dos filhos.

Quando olhamos para o outro verdadeiramente, podemos reconhecê-lo e isso gera força.

Quando renunciamos a atitude arrogante de sobrepujar o outro, em uma competitividade desenfreada e inconsciente permitimos que a paz possa ser promovida.

Cida Medeiros




Vivência de Constelação Familiar com Cida Medeiros

Clique na imagem para ampliá-la


Constelação Familiar com Cida Medeiros 20.02.13

Querido leitor,
Mais uma oportunidade de participar e conhecer o trabalho de Constelação Familiar, um método revolucionado que tem auxiliado muitas pessoas a encontrar soluções para seus conflitos, dificuldades e desatar os nós que ficam, liberando assim o fluxo, a pessoa avança com mais presença, sentindo-se mais aliviada, mais liberada e em condições de ser pro-ativa em sua vida. Vale a pena conhecer esse trabalho!
Espero seu contato, veja no flyer os fones, e se quiser pode enviar um email para:
contato@cidamedeiros.org
Abraços
Cida Medeiros

Clique na imagem para ampliá-la

Realização, segundo Ramana Maharshi

Ramana Maharshi é um dos maiores mestres Espirituais da Índia  e sabemos que esse pais é o berço da Sabedoria, onde a fonte jorra através de seus Mestres que conseguiram alcançar graus muito elevados de comunhão com o Divino.

Em seu livro "Ensinamentos Espirituais", Ramana Maharshi explica o que seria a Realização do Conhecimento, ele diz que é a permanência sem esforços no "Eu Superior", é quando a mente se torna una com o Eu Superior.

O Eu Superior é a Existência, Consciência e a Beatitude.

Ramana Maharshi sugere como caminho para a compreensão desse estado de Ser a pergunta incansável:

- "Quem Sou Eu"?

Ao fazer esse indagação, vamos nos desidentificando e caminhando em direção ao Eu Superior.

Cida Medeiros

Fonte: Ensinamentos Espirituais, Ramana Maharshi, Editora Cultrix



Sobre Gênios e Loucos


Edição Nº 143 - dezembro de 2004


Sobre Gênios e Loucos


Munch, Van Gogh, Picasso - De muitos artistas sempre se disse que não batiam lá muito bem da cabeça. Pois agora aumentam as evidências científicas de que criatividade e doença mental andam de fato muito próximas



Por Ulrich Kraft
O ESCRITOR RUSSO Liev Nicoláievitch Tolstói (1828-1910), em quadro de Ilia Repin (1891). Liev Tolstói durante Repouso na Floresta. Coleção da Galeria Tretiakov, Moscou



Muitas pessoas já me caracterizaram como louco", escreveu certa vez Edgar Allan Poe (1809-1849). 

"Resta saber se a loucura não representa, talvez, a forma mais elevada de inteligência." Nessa sua suspeita de que genialidade e loucura talvez estejam intimamente entrelaçadas, o escritor americano não estava sozinho. Muito antes, Platão mostrara acreditar em uma espécie de "loucura divina" como base fundamental de toda criatividade.

Uma lista interminável de artistas célebres, parte deles portadores de graves transtornos psíquicos, parece confirmar o ponto de vista do filósofo grego. Vincent van Gogh, Paul Gauguin, Lord Byron, Liev Tolstói, Serguei Rachmaninov, Piotr Ilitch Tchaikóvski, Robert Schumann - o célebre poder criativo de todos eles caminhava lado a lado com uma instabilidade psíquica claramente dotada de traços patológicos. Variações extremas de humor, manias, fixações, dependência de álcool ou drogas ainda hoje atormentam a vida de muitas mentes criativas.

SERÁ MERA COINCIDÊNCIA?

No início do século XX, a busca pelas raízes da genialidade era um dos temas mais palpitantes da investigação psicológica. Cientistas de ponta tinham poucas dúvidas de que certos males psíquicos davam asas à imaginação. "Quando um intelecto superior se une a um temperamento psicopático, criam-se as melhores condições para o surgimento daquele tipo de genialidade efetiva que entra para os livros de história", sentenciava o filósofo e psicólogo americano William James (1842-1910). Pessoas assim perseguiriam obsessivamente suas idéias e seus pensamentos - para seu próprio bem ou mal -, e isso as distinguiria de todas as outras.

Sigmund Freud também se interessou pelo assunto. Convicto de que encontraria "algumas verdades psicológicas universais", analisou vida e obra de artistas e escritores famosos, buscando pistas de transtornos mentais. Mas foi somente a partir dos anos 70 que Nancy Andreasen, psiquiatra da  Universidade de Iowa, começou a investigar de forma sistemática a suposta ligação entre genialidade e loucura. Participaram de sua experiência 30 escritores cujo talento criativo havia sido posto à prova na renomada oficina de autores da universidade.

Andreasen examinou essas personalidades à procura de distúrbios psíquicos e comparou os dados obtidos aos daqueles grupos de um grupo de controle: 80% dos escritores relataram perturbações regulares do humor, ante 30% no grupo de controle. Quarenta e três por cento dos artistas satisfaziam os critérios para o diagnóstico de uma ou outra forma de patologia maníaco-depressiva, o que, no grupo de controle, só se verificou em uma a cada dez pessoas. Durante o estudo, dois escritores cometeram suicídio - dado que, segundo Andreasen, não seria estatisticamente significativo. A psiquiatra comprovou pela primeira vez e com métodos científicos que, por trás da suposta conexão entre criatividade elevada e psique enferma, haveria algo mais que o mero e surrado lugar-comum.

Em 1983, Kay Redfield Jamison conduziu um estudo em que obteve resultados claros e semelhantes. Psicóloga da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ela contatou 47 pintores e poetas britânicos renomados. Seguindo os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), examinou a presença de transtornos de humor caracterizados por fases depressivas.

Segundo o Manual, esses transtornos são marcados por estados depressivos que duram de duas a quatro semanas e prejudicam sensivelmente o cotidiano dos pacientes, que não conseguem animar-se para nada, sofrem perturbações da concentração e do sono e têm pensamentos negativos beirando o desespero total. A presença desses sintomas aponta para o chamado transtorno depressivo maior. Mas, além desse, há também os transtornos bipolares, nos quais fases depressivas são alternadas com picos de euforia - os episódios maníacos. Nesse caso, os pacientes quase não dormem, estão sempre ocupados com alguma coisa, seus pensamentos saltam de um tema a outro e eles atribuem a suas idéias - e, em geral, também a si próprios - grandeza absoluta.

Tais males psíquicos, caracterizados como depressões maníacas, estão entre os transtornos de humor pelos quais Jamison procurava em seu estudo. Ela constatou que quase 40% dos artistas examinados haviam requerido ajuda médica alguma vez na vida - taxa 30 vezes mais alta que a verificada entre a média da população. A corporação dos escritores revelou ser a que sofria dos problemas psíquicos mais severos. Um a cada dois poetas já havia recorrido a tratamento psiquiátrico em virtude de depressão ou episódios maníacos.

Na década de 80, Hagop Aksikal entrevistou outros 20 artistas europeus, tendo por base os critérios do DSM. Dois terços deles sofriam de episódios depressivos recorrentes, muitas vezes combinados com os chamados estados hipomaníacos - forma menos pronunciada da mania. Como constatou esse psicólogo da Universidade da Califórnia, em San Diego, metade dos artistas tinha enfrentado depressão em algum momento da vida. Tendência semelhante, aliás, Aksikal já havia observado entre músicos de blues nos Estados Unidos.

Com base nessas pesquisas, Jamison concluiu que o grande número de artistas com diagnóstico de depressão ou de transtornos bipolares já não podia ser atribuído ao acaso. A pesquisadora admitia deficiências metodológicas também em seu próprio estudo - por exemplo, o número demasiadamente reduzido da amostra -, mas a conexão entre instabilidade psíquica e potencial criativo era evidente.

Ruth L. Richards e colegas da Harvard Medical School, em Boston, tentaram abordar a questão de outro ponto de vista. Em vez de saírem em busca de males psíquicos em artistas reconhecidos, inverteram a pergunta: portadores de enfermidades psíquicas seriam particularmente criativos? Eles examinaram a criatividade de 17 pacientes com depressão maníaca manifesta e de 16 ciclotímicos - a forma mais amena do transtorno bipolar -, com base na chamada Lifetime -Creativity Scale.

Nessa escala de criatividade influenciam não apenas os testes relacionados ao pensamento inovador e original, mas também o desempenho criativo nas esferas pessoal e profissional. Os pacientes saíram-se melhor que o grupo de pessoas utilizado para comparação, composto de indivíduos sem qualquer histórico psiquiátrico.

O tipo de transtorno desempenhou aí papel bastante decisivo. Os participantes ciclotímicos revelaram-se muito mais criativos. Além disso, ficaram atrás de seus familiares sem distúrbios psíquicos evidentes, também avaliados. A hipótese aventada pelos pesquisadores foi, portanto, a de que os parentes dos pacientes talvez tendessem à instabilidade psíquica, cuja manifestação neles se daria de forma tão amena que não lhes causaria problemas. "É possível que pessoas com tendência reduzida, talvez até imperceptível, à instabilidade bipolar sejam mais criativas", concluíram os pesquisadores.

Nesse meio tempo, o pensamento aguçado, de criatividade incomum, e a produtividade elevada passaram até mesmo a serem considerados indícios no diagnóstico de fases maníacas. Mas como uma enfermidade tão perturbadora e destrutiva pode incrementar nosso poder criativo? Afinal, normalmente reina o caos entre os maníaco-depressivos, tanto no aspecto profissional quanto no pessoal. Em meio a episódios maníacos, endividam-se, mergulham em relacionamentos duvidosos e aventuras sexuais sem medir as conseqüências. Agressões e até mesmo alucinações integram o quadro. Então, a esse apogeu temporário segue-se sempre o mergulho em depressão profunda.

O psicólogo americano Joy Paul Guilford (1897-1987) definiu criatividade como a capacidade de, diante de um problema, "encontrar respostas incomuns, de associação longínqua". Para chegar a uma idéia original, abandonam caminhos já trilhados e pensam de modo diferente. O intelecto, então, não se aferra à busca de uma única solução correta, mas move-se em diversas direções. Quanto mais fluentes e livres jorrarem os pensamentos, melhor.

São precisamente esses talentos que os portadores de transtornos bipolares exibem em abundância na fase maníaca. Seu cérebro trabalha à toda, despejando idéias nada convencionais. Essa imensa produção está longe de resultar apenas em coisas sensatas, mas pouco importa: a massa de idéias que brota da mente maníaca eleva a probabilidade de que haja entre elas alguns lampejos mentais "genuínos".

O psicólogo Eugen Bleuler, contemporâneo de Freud, via aí o elo procurado entre genialidade e doença mental. "Mesmo que apenas os casos amenos produzam algo de valor, o fato de neles as idéias fluírem com mais rapidez e, sobretudo, de as inibições desaparecerem  estimula as capacidades artísticas."

Também para Jamison, o segredo está no pensamento rápido e flexível, bem como no dom de unir coisas que, à primeira vista, não possuem qualquer conexão entre si. O que Bleuler, no passado, só podia supor hoje é confirmado por estudos científicos. Assim, pacientes de hipomania mostram superioridade em testes de associação de palavras: num espaço de tempo delimitado e com uma palavra dada, são capazes de associar quantidade bem maior de conceitos que pessoas em perfeitas condições psíquicas. Dão menos respostas estatisticamente "normais" que as do grupo de controle, mas encontram soluções heterodoxas em número três vezes maior.

Hipomaníacos chamam a atenção também por seu modo de falar. Tendem a fazer uso de rimas e empregam com freqüência associações sonoras, tais como as aliterações. Além disso, seu vocabulário compreende em média três vezes mais neologismos que o de uma pessoa saudável. E mais: nos pacientes em fase maníaca, a rapidez do processo de pensamento traduz-se numa elevação do quociente de inteligência.

Maníaco-depressivos exibem também certas qualidades não cognitivas muito úteis aos artistas. Robert DeLong, psicólogo da Harvard Medical School, pediu a um grupo de crianças, todas com sinais precoces de transtorno bipolar, que fizesse desenhos sobre um tema.
Na comparação com o grupo de controle, não apenas seu nítido e transbordante poder de imaginação chamou atenção. DeLong ficou ainda mais impressionado com a extraordinária capacidade de concentração dessas crianças, que se dedicaram durante horas à tarefa, sem se deixar distrair por coisa alguma. Como resultado, seu brilhantismo revelou-se tanto no desempenho espantoso da memória quanto nos desenhos detalhados.

Energia fabulosa e concentração total caracterizam também as fases criadoras de muitos pintores, escultores, escritores e poetas. Muitos deles varam noites escrevendo ou passam horas sem fim no ateliê, sem dormir.

LIMIAR DA LOUCURA
Nancy Andreasen acrescenta outra explicação: "o sistema nervoso, afinadíssimo", simplesmente perceberia mais informações sensoriais, transformando-as em idéias criativas. Embora sem comprovação definitiva, a psicóloga supõe que a causa seja "um defeito nos processos cognitivos que filtram esses estímulos".

No final de 2003, Shelley Carson, da Universidade de Harvard, e Jordan Peterson, da Universidade de Toronto, descobriram que Andreasen estava certa. Eles recrutaram 25 estudantes que haviam se destacado por seu desempenho criativo extraordinário e, com auxílio de um teste, puderam determinar a chamada inibição latente em cada um deles - mecanismo cognitivo que exclui do fluxo contínuo de dados sensoriais aqueles que a experiência já demonstrou serem de pouca valia. Nos colegas não criativos, esse processo de filtragem inconsciente se revelou nitidamente mais pronunciado.

Em decorrência da menor inibição latente, pessoas criativas acolhem mais impressões de seu entorno. Mas há também o outro lado dessa moeda. "Quando uma pessoa tem 50 idéias diferentes, o provável é que só duas ou três sejam boas de fato", explica Peterson. "É necessário saber diferenciar essas idéias para não submergir em meio a tantas delas. Daí a importância da inteligência e da memória operacional para evitar que as mentes criativas se afoguem numa torrente de informações", conclui.

Será que os pacientes de transtorno bipolar ultrapassam o limiar da loucura por quase sufocar sob a massa enorme de idéias e pensamentos? Para Carson e Peterson, isso é precisamente o que sua experiência deixa claro: "Um grau reduzido de inibição latente associado a uma extraordinária flexibilidade de pensamento pode, sob certas circunstâncias, predispor o indivíduo às doenças mentais ou, sob outras circunstâncias, a façanhas criativas".

Nessa questão, Jamison - que também sofre de depressões maníacas - defende uma tese interessante. Ela acredita que o mergulho recorrente na depressão evita que portadores de transtorno bipolar se percam em pensamentos e idéias obscuras. Indivíduos depressivos - atormentados por dúvidas, insegurança e hesitação -  teriam um juízo mais realista das coisas. Seu "mecanismo interno de edição", como Jamison o denomina, operaria com a correspondente sensibilidade, ou seja, verificaria a utilidade das idéias produzidas pela mente hiperativa e excluiria as cores berrantes do excesso. Sendo assim, todas as idéias que, na fase maníaca, se revelam grandiosas, seriam submetidas ao crivo de um extremo rigor crítico.

Já o pioneiro Guilford via o segredo- do pensamento criativo na capacidade de estabelecer um vínculo entre o racional e o irracional, o conhecido e o desconhecido, o convencional e o não convencional. Se, porém, a criatividade brota dessas oposições, espíritos criativos arriscam-se continuamente a ir longe demais com suas idéias e seus pensamentos, ultrapassando as fronteiras do inteligível.
ARTE COMO TERAPIA
Uma rápida visita aos livros de história nos mostra como é tênue a linha que separa a genialidade da loucura. Seja a visão heliocêntrica do mundo de Copérnico ou a teoria da evolução de Darwin, muitos lampejos geniais foram a princípio recriminados como produto de um cérebro doentio. Hoje, porém, ninguém mais duvida da saúde psíquica de tais personalidades.

Mas não são poucos os psicólogos que sustentam que portadores de doenças psíquicas com freqüência trabalham em áreas criativas apenas porque a atividade artística os ajuda a proteger a própria mente da destruição. "A literatura me pegou pela mão e me salvou da loucura", ponderava a poeta americana Anne Sexton (1928-1974), que, em virtude de uma grave psicose, vivia sendo internada em clínicas psiquiátricas.

Criatividade como saída para a crise? Residiria aí o famigerado vínculo entre poder de criação e sofrimento psíquico? O fato de tantos pacientes psiquiátricos se beneficiarem de terapias envolvendo a pintura, a dança ou a música parece confirmar essa hipótese. Contudo, dois fatos não devem ser esquecidos: a maioria dos doentes não demonstra possuir fantasia extraordinária nem criatividade especial; tampouco a maioria dos escritores, poetas, músicos, designers, escultores ou pintores reconhecidos revela-se portadora de algum distúrbio mental.

A imagem excessivamente utilizada e romantizada do gênio maluco desacredita em certa medida o trabalho, o caráter e o estado mental dos que lidam com arte. E o fato de muitos artistas com enfermidades psíquicas terem recusado tratamento, no passado, talvez tenha contribuído para essa visão distorcida. O pintor norueguês Edvard Munch (1862-1944), por exemplo, que era maníaco-depressivo, temia que uma terapia pudesse extinguir seu poder criativo. "Prefiro continuar sofrendo desses males, porque são parte de mim e de minha arte", declarou. Sem ajuda médica, porém, corre-se o risco de que depressões e transtornos bipolares se acentuem com o tempo. Munch teve sorte: estava relativamente bem nos últimos anos de vida. Uma declaração da escritora americana Sylvia Plath nos diz um pouco sobre o sofrimento de artistas vítimas de distúrbios psíquicos: "Quando se tem uma doença mental, ser um doente mental é tudo que se faz, o tempo todo [...] Quando eu era louca, isso era tudo que eu era". Em casa, na manhã de 11 de fevereiro de 1963, essa poeta de extremo talento, vítima de depressão grave, abriu a torneira do gás. Tinha 30 anos.

ULRICH KRAFT é médico e jornalista científico.
- Tradução de Sergio Tellaroli


Vincent van Gogh - histórico de uma doença

Concluída a escola, o jovem Vincent van Gogh vai trabalhar na compra e venda de objetos de arte, primeiro em Haia, depois em Londres. A infelicidade no amor o lança na primeira depressão grave. Seus pensamentos voltam-se para a religião. Passa quatro anos na Bélgica trabalhando como pastor. Ali, ajuda no que pode e luta pelos direitos das pessoas. Contudo, isso desagrada a Igreja, da qual é expulso, fazendo-o mergulhar em nova crise. "Minha única angústia é descobrir como posso ser útil ao mundo", escreve ao irmão Theo, seu mais íntimo confidente.

Somente aos 27 anos, Vincent decide ser pintor. Lança-se ao trabalho com enorme intensidade. Em 1886, vai viver com Theo em Paris, onde sua saúde piora. Começa a sofrer de cãibras na mão esquerda. Passados os acessos, fica perturbado e a memória falha por breves períodos - primeiro indício da epilepsia diagnosticada mais tarde. O gosto do pintor pelo absinto contribui para o agravamento de seu estado. Sabe-se hoje que a bebida contém uma substância que favorece ataques epilépticos e psicoses. Seu temperamento explosivo e as oscilações de humor o tornam persona non grata para vários de seus conhecidos. "É como se fossem duas pessoas: uma delas, de grande talento, culta e sensível; a outra, egoísta e fria de sentimentos", descreve Theo.

No início de 1888, Vincent vai para o Sul da França, "cansado e desesperado", como ele próprio diz. Ali, sintomas de um grave transtorno psíquico manifestam-se com crescente nitidez. Períodos de atividade febril alternam-se com apatia e esgotamento total - sinais típicos de depressão maníaca. Sentindo-se só, pede ao amigo Paul Gauguin que se junte a ele. Juntos, os dois pintores fundam o "Estúdio do Sul". Mas este relacionamento deteriora, culminando numa catástrofe: em dezembro de 1888, van Gogh o ameaça com uma navalha e termina por amputar a própria orelha.

No hospital, o primeiro diagnóstico: psicose grave. O médico Felix Rey também suspeita de epilepsia larvada, em que os acessos convulsivos têm forma bastante amena. Em compensação, imperam outras ocorrências psíquicas e o paciente oscila entre euforia extrema e depressão profunda, acompanhadas de angústia e insônia. Alucinações e mania de perseguição integram o quadro dos sintomas, bem como pronunciada emotividade, que, com freqüência, culmina em solicitude exagerada ou religiosidade extrema.

A epilepsia de lobo temporal é tida como a explicação mais provável para o perturbado estado mental de van Gogh. Rey o trata com brometo de potássio. Passados alguns dias, o artista se recupera. Embora o médico chame sua atenção para os perigos do absinto, o pintor o ignora. Essa é uma das razões para as várias recaídas, que requerem repetidas internações. Seu estado psíquico é tão instável que, em maio de 1889, interna-se espontaneamente no sanatório de Saint Rémy.

O médico da instituição confirma a epilepsia, mas suspende o tratamento com brometo de potássio. Apesar dos episódios de uma grave psicose, van Gogh produz no ano seguinte mais de 300 obras. Depois, muda-se para Auvers-sur-Oise, nas proximidades de Paris. Nos campos ao redor de Auvers, pinta algumas de suas grandiosas paisagens. Em carta a Theo, menciona que gostaria de aumentar sua paleta de cores e pede apoio ao irmão. Três dias depois, o grande artista se mata com um tiro no peito.


Fonte: Mente e Cerebro

--

Constelação Familiar e Hellinger Sciencia



Hellinger Sciencia é a Ciência do Amor do Espírito. Uma ciência universal, que acolhe as questões fundamentais da vida humana.

Propõe reflexões  meditações e praticas que conduzem as pessoas a viverem melhor e em paz.

Toda a complexidade de sofrimento acontece no âmbito da convivência humana.

Com a metodologia criada por Bert Hellinger, encontramos soluções para inúmeras questões que afetam a vida das pessoas.



Cada um de nós encontra os primeiros desafios na convivência familiar, nas relações com os pais, irmão, avos e parentes. O que chamamos de família de origem.

Por isso o primeiro passo é as Constelações Familiares.  É para ajudar a entender, temos as Ordens do Amor.

Existem Leis que Governam um Sistema Familiar.

Quando olhamos para alem do que vemos, podemos nos dar conta que cada um que faz parte de uma família está imerso num Campo de Força, num Campo de Energia.

Um uma rede invisível que conecta todos de maneira especial e sutil.

Cada pessoa faz parte dessa rede e precisa ocupar seu lugar para que a energia possa circular de forma que todos possam sentir-se bem e equilibrados.

Quando a rede é danificada, logo todos sentem o efeito.

As Constelações Familiar vem como uma solução para reparar os danos nessa rede e permitir que o Sistema todo volte a funcionar de modo equilibrado.

Estamos atuando em níveis imateriais, em um campo de energia, que informa a natureza do que nela existe.

A compreensão das Ordens do Amor permite recursos para um novo olhar, uma nova postura e um novo redirecionamento daquilo que estava fora do lugar e portanto sem força.

Por isso, chamamos de uma ciência universal que busca a compreensão do que une e o que separa as pessoas, no que diz respeito a convivência e o vinculo de amor.

O que dá força e o que tira a força.

Uma nova compreensão das dimensões espirituais da vida humana.

Revela o entendimento necessário que nós conduz ao nosso bem estar e nos move em direção ao que é certo para cada um de nós.

Essa abordagem terapêutica do ser humano acolhe com muita profundidade as mais complexas questões relativas a família, aos antepassados, a convivência social, a carreira e até a Saúde.

Tem um olhar que acolhe as dificuldades de amor entre homens e mulheres, no relacionamento entre pais e filhos, e em todos os tipos de relacionamento entre pessoas de forma sistêmica e ampliada.

Acolhe as questões relativas ao amor entre pessoas do mesmo sexo e lida com questões que surgem entre membros da família.

Como indivíduos sociais, em sua relação com a educação, trabalho, carreira, profissão, nas organizações, incluindo questões muito mais amplas, como conflitos étnicos, de valores, povos e culturas.

Essa abordagem busca através dos meios que a sustenta, desvelar as dinâmicas ocultas que estão impedindo as coisas acontecerem, o que gera conflitos e o que separa as pessoas ao invés de uni-las.

Ensina a olhar para dimensões da existência humana com maior consciência e maturidade.

Essas questões que são vivenciadas externamente através de acontecimentos são também consideradas a partir do efeito que causam na saúde, portanto o corpo é fundamental, pois, entende-se que esses problemas são transferidos para o corpo físico, resultando em doenças.

Essa é uma Ciência da alma que está em continuo movimento e desenvolvimento.

Compreende e inclui a dimensão espiritual.

Isso é, tudo que existe, tem seu movimento influenciado por algo maior, o Espírito.

Isso significa que somos influenciados por movimentos que estão além de nós. Além da nossa compreensão.

Forças que atuam em nós, que podem estar relacionados a questões muito mais amplas.

O que essa abordagem permite é um aprendizado profundo. Um movimento de menos consciência para mais consciência.

O que essa experiencia nós revela é que sempre existe algo desconhecido que ao vir a tona, ao ser visto, ao ser encarado, cria e soma mais consciência. Libera recursos internos. Sintoniza. Essa consciência está conectada com o Movimento do Espírito, esse movimento do Espirito irá atuar em nossa vida, nos levando a experiencias e movimentos cada vez mais amplos de aprendizado e auto-conhecimento rumo a "Algo" Maior.

Por isso, falamos das três dimensões da consciência.

Bert, diz, que o movimento do espírito está a serviço do mundo. Do bem estar da Humanidade. Então, o que devemos é nos sintonizar com esse movimento, o que a constelação familiar ajuda e por fim, entregar-se ao movimento da vida.

Cida Medeiros
Fonte de Pesquisa e Estudo:
"O Amor do Espírito", Bert Hellinger.

Mensagem de Ghandi


"Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amor à vida e as pessoas.
A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos, como sinais para que não mais se repetissem.
Lembraria a capacidade que temos de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito à aquilo que é indispensável
além do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse, para você eu deixaria, se pudesse, um segredo:
o de buscar no interior de si mesmo a resposta para sempre encontrar a saída."

      Mahatma Ghandi

Olhe para sí mesmo


Olhe para dentro de si mesmo.
Lembre-se, o Infinito está em todo lugar. Mergulhando profundamente na superconsciência, você pode acelerar sua mente através da eternidade; pelo poder da mente, você pode ir mais longe do que a mais longínqua estrela.
O holofote da mente está plenamente equipado para lançar os seus raios de superconsciência até o mais interno recôndito canto no coração da Verdade.
Use-o para fazer isso.

Paramahansa Yogananda, "A Eterna Busca do Homem" Diário Espiritual - 1996
Um pensamento inspirador para cada dia - Tradução não oficial do livro Spiritual Diary

As Três Jóias do Buddhismo

O Buddha, o Dharma e a Sangha são as três jóias do buddhismo.

O Buddha, ou Iluminado, é como um professor, o mestre que nos guia no caminho para a iluminação. Seus ensinamentos, ou Dharma, são o próprio caminho pelo qual se caminha. Aqueles que nos acompanham na jornada formam a Sangha, a comunidade de praticantes que seguem os ensinamentos de Buddha.


Aquele que tenha ido ao Buddha, ao Dharma e à Sangha como refúgio vêem com sabedoria plena as quatro nobres verdades:

- O sofrimento;
- A origem do sofrimento;
- A cessação do sofrimento;
- A o nobre caminho que conduz à cessação do sofrimento.

"Os Buddhas, os totalmente iluminados, são inconcebíveis;


O Dharma, o ensinamento deles, é inconcebível;


E a Sangha também é inconcebível. Portanto, se você desenvolver uma fé inconcebível, o resultado também será inconcebível. Está dito nas escrituras que se os benefícios de se refugiar nas Três Jóias pudessem se tornar visíveis, todo o universo seria pequeno demais para contê-los, assim como os grandes oceanos não podem ser medidos com as suas mãos. Tendo em mente estes grandes benefícios, você deveria alegrar-se com a oportunidade de fazer oferendas às Três Jóias e de refugiar-se nelas. Você será capaz de aliviar as influências de ações negativas cometidas, além de obstruções kármicas. Todas elas serão eliminadas e você será considerado como um ser sublime."

(Dalai Lama, O Caminho para a Liberdade)

A Arte do Amor e a Meditação

Amor significa a arte de estar com os outros.

Meditação significa a arte de estar consigo mesmo. São dois aspectos da mesma moeda. Uma pessoa que não sabe como estar com ela mesma verdadeiramente não pode relacionar-se com os outros.

O relacionamento dela será inconveniente, sem graça, feio, fortuito e acidental. Num momento tudo está indo bem e noutro momento tudo se foi.

Ele estará sempre indo para cima e para baixo; nunca ganhará profundidade. Será muito ruidoso.

Certamente ele lhe dará uma ocupação, mas não terá nenhuma melodia nele, nem lhe alçará até as alturas da existência ou até as profundezas do ser.  E vice-versa: a pessoa que não é capaz de estar com os outros, de relacionar-se, achará muito difícil relacionar-se consigo mesma, porque a arte de relacionar-se é a mesma. Seja relacionar-se com os outros ou consigo mesmo, não faz muita diferença: é a mesma arte.

Essas artes têm que ser aprendidas juntas, simultaneamente; elas são inseparáveis. Esteja com as pessoas, não inconscientemente, mas bem conscientemente. Relacione-se com as pessoas como se você estivesse cantando uma canção, como se você estivesse tocando numa flauta; cada pessoa precisa ser pensada como um instrumento musical. Respeite-as, ame-as e adore-as, porque cada pessoa é uma face oculta do divino.

Portanto seja bem cuidadoso, bem atento. Lembre-se do que você está dizendo; lembre-se do que você está fazendo. Pequenas coisas bastam para destruir relacionamentos, e pequenas coisas tornam relacionamentos tão belos. Às vezes basta um sorriso, e o coração do outro se abre para você; às vezes basta um olhar errado em seus olhos, e o outro se fecha - é um fenômeno delicado. Pense nisso como uma arte: assim como o pintor é muito vigilante do que ele está fazendo na tela, cada simples traço irá fazer muita diferença. Um pintor verdadeiro pode mudar toda a pintura apenas com um simples traço.

A vida tem que ser aprendida como uma arte: muito cuidadosamente, bem deliberadamente. Assim, o relacionamento com os outros precisa se tornar um espelho: veja o que você está fazendo, como você está fazendo isso e o que está acontecendo.

Que está acontecendo ao outro?

Você está tornando a vida dele mais miserável?

Você está provocando sofrimento nele?

Você está criando um inferno para ele?

Então retire-se.

Mude suas maneiras. Embeleze a vida ao seu redor. Deixe que cada pessoa sinta que o encontro com você é uma dádiva: apenas por estar com você algo começa a fluir, a crescer, algumas canções começam a surgir no coração, algumas flores começam a se abrir. E quando você estiver sozinho, então sente-se totalmente em silêncio, absolutamente em silêncio, e observe a si mesmo. Assim como o pássaro tem duas asas, deixe amor e meditação serem suas duas asas. Crie uma sincronicidade entre eles, assim eles não estarão de maneira alguma em conflito um com o outro, mas cuidando um do outro, alimentando um ao outro, auxiliando um ao outro. Esse vai ser o seu caminho: a síntese entre amor e meditação.
Osho: The Rainbow Bridge

Aborto - Constelação Familiar




Documentário sobre Constelações Familiares editados no México pelo Centro de Terapia e Desenvolvimento Humano


O Que Somos?


Somos o espelho e também a face nele.
Estamos saboreando o todo agora mesmo nesse instante de eternidade.
Somos a dor e aquilo que cura a dor.
Somos a água doce e fresca e o jarro que a despeja.
Desejo te segurar firme, como um alaúde,
para que possamos chorar de tanto amor.
Você preferiria atirar pedras contra o espelho?
Eu sou o seu espelho, e aqui estão as pedras.

Sobre o Problema - Osho

O PROBLEMA É UM TÔNICO PARA O EGO.      
 
O ego não se sente bem, à vontade, com montículos; ele quer montanhas. Mesmo se isso for uma miséria, não deve ser um montículo, deve ser um Everest. Mesmo que isso seja miserável, o ego não quer ser ordinariamente miserável; ele quer ser extraordinariamente miserável.

As pessoas continuam sempre criando grandes problemas do nada. Eu tenho conversado com milhares de pessoas sobre os problemas delas e realmente não encontrei ainda um problema real!

Todos os problemas são falsos - você os cria porque sem problemas você se sente vazio. Não há nada para fazer, nada com o que lutar, nenhum lugar para ir. As pessoas vão de um guru para outro, de um mestre para outro, de um psicanalista para outro, de um grupo de encontros para outro, porque se não forem, eles se sentem vazios e subitamente, sentem que a vida é insignificante. Você cria os problemas para que você possa sentir que a vida é um grande trabalho, um crescimento, e que você precisa lutar muito.

O ego só pode existir quando existe luta, lembre-se - quando ele luta. E se lhe digo, 'Mate três moscas e você ficará iluminado, você não irá acreditar em mim. Você dirá, 'Três moscas? Isso não parece muito. E ficarei iluminado? Isso não parece ser inverossímil. Se eu disser que você terá que matar setecentos leões, é claro que isso parece mais! Quanto maior o problema maior o desafio...E com o desafio surge seu ego, ele paira nas alturas. Você cria os problemas. Eles não existem.

Os padres, os psicanalistas e os gurus - eles estão felizes porque todo o negócio deles existe por sua causa. Se você não criar montículos do nada e você não transformar seus montículos em montanhas, qual o sentido de gurus lhe ajudarem? Primeiro você precisa estar na condição de ser auxiliado.

Os mestres verdadeiros dizem outra coisa. Eles dizem, "Por favor, vejam o que você está fazendo, que bobagem você está fazendo. Primeiro você cria um problema, depois você vai em busca de uma solução. Apenas veja que você está criando o problema, exatamente no princípio, quando você estiver criando o problema, essa é a solução - não o crie!" Mas isso não lhe agradará porque então você está subitamente voltando para si mesmo.

Nada para fazer? Nada de iluminação? Nada de satori? Nada de samadhi? E você está profundamente cansado, vazio, tentando preencher-se com qualquer coisa.

Você não tem nenhum problema; somente isso precisa ser entendido. Agora mesmo você pode deixar todos os problemas porque eles são criações suas. Dê outra olhada nos seus problemas: quanto mais profundamente você olhar, menores eles parecerão. Continue olhando para eles e aos poucos, eles começarão a desaparecer. Prossiga olhando e subitamente você descobrirá que há uma vacuidade...

Uma bela vacuidade lhe cerca. Nada para fazer, nada para ser, porque você já é isso.

Iluminação não é algo a ser alcançado, é somente para ser vivido.

Quando digo que alcancei a iluminação, estou simplesmente dizendo que decidi viver isso. Já chega!

E desde então tenho vivido-a. É uma decisão de que agora toda essa besteira de criar problemas e encontrar soluções acabou.

Toda essa bobagem é um jogo que você está jogando consigo mesmo: você mesmo está escondendo e você mesmo está procurando, você é ambas as partes. E vocês sabem disso! Eis porque quando digo isso vocês riem, dão risadas. Não estou falando sobre alguma coisa ridícula; vocês o compreendem. Vocês estão rindo de si mesmos. Apenas observem a si mesmos rindo, apenas olhem para seus próprios sorrisos; vocês o compreendem! Isso tem que ser assim porque é seu próprio jogo: você está escondendo e esperando que você mesmo seja capaz de procurar e encontrar a si mesmo.

Você pode encontrar a si mesmo agora porque é você que está escondendo.

Eis porque os mestres Zen prosseguem batendo. Sempre quando alguém chega e diz, "Eu gostaria de ser um Buda", o mestre fica muito zangado.

Porque ele está pedindo uma bobagem, ele é um Buda. Se Buda chegar para
mim e perguntar como ser um Buda, que devo fazer? Irei bater na cabeça
dele. "A quem você pensa que está enganando? Você é um Buda!"

Não crie problemas desnecessários para você. E o entendimento descerá
sobre você se você observar como você torna um problema cada vez maior,
como você o engendra, e como você ajuda a roda a girar cada vez mais
rápido. Assim de repente, você está no topo da sua miséria e você está
necessitando da simpatia do mundo inteiro.

O ego precisa de problemas. Se você compreender isso, na própria
compreensão as montanhas viram montículos novamente, e então os montículos
também desaparecem. Subitamente há vacuidade, pura vacuidade por toda
parte. Isso é tudo o que a iluminação é - um profundo entendimento de que
problemas não existem. Assim, sem nenhum problema para resolver, o que
você vai fazer? Imediatamente você começa a viver. Você irá comer, irá
dormir, irá amar, irá bater papo, irá cantar, irá dançar. O que tem
mais para fazer? Você se tornou um deus, você começou a viver!

Se as pessoas pudessem dançar um pouco mais, cantar um pouco mais,
serem um pouco mais malucas, a energia delas estaria fluindo mais, e os
problemas delas irão desaparecer aos poucos. Daí eu insistir tanto na
dança. Dance até o orgasmo; deixe que toda a energia se torne dança e
subitamente, você verá que você não tem nenhuma cabeça. A energia presa na
cabeça se move ao redor, criando belos padrões, pinturas, movimentos. E
quando você dança chega um momento que o seu corpo não é mais uma coisa
rígida, se torna flexível, fluido. Quando você dança chega um momento
quando sua fronteira não está mais tão clara; você se funde e se
dissolve com o cosmos, as fronteiras ficam misturadas. Assim você não cria
qualquer problema.

Viva, dance, coma, durma, faça as coisas tão totalmente quanto
possível. E lembre-se sempre: quando você flagrar a si mesmo criando algum
problema, dê o fora dele, imediatamente.

    
Osho, Extraído de: Ancient Music in the Pines