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O Peso Invisível: Dinâmicas ocultas familiares




O Peso Invisível: Como as Dinâmicas Ocultas Familiares Bloqueiam o Propósito

A Voz de Fora e o Eco do Vazio Interior

Sou Cida Medeiros, Psicoterapeuta e Especialista em Dinâmicas Sistêmicas e Trauma, e em anos de escuta em diversos cenários de atendimento, testemunhei uma verdade profunda: grande parte da dor adulta está ancorada em traumas e dinâmicas familiares que aprendemos a naturalizar. O medo de abandono, a negação de si e a constante necessidade de validação externa não são falhas de caráter; são sintomas de uma invalidação do ser que vem de longe.

O que observo em minha prática é que muitas de nós vivemos com a bússola interna quebrada, guiadas pela opinião e pelo desejo do outro, perpetuando o ciclo da dor. Você pode estar, agora mesmo, vivendo uma dinâmica com um parceiro que busca ser "mimado" ou cuidado como uma criança, o que mina seu próprio valor e propósito. Essa é a dor de quem se anula para evitar o confronto e o temido abandono.

Neurocepção e o Bloqueio Emocional

A Neurociência nos explica essa armadilha: nosso cérebro primitivo está sempre em busca de Segurança e Conexão. Quando crescemos em ambientes de operação, manipulação ou abuso — atitudes que se tornam normas nas famílias —, nosso Sistema Nervoso Autônomo (SNA) se reconfigura para o modo Proteção (luta, fuga, ou, pior, colapso/congelamento).

  • O Medo de Abandono é a ativação desse estado de alerta: ele nos paralisa e nos força a aceitar o que é inaceitável para não ficarmos sós.

  • A Invalidação nos mantém desconectados do nosso Ramo Ventro Vagal (o centro da segurança e da conexão genuína).

O que aprendi em anos de atendimento é que a pessoa, por mais que queira a mudança, tem um profundo medo de soltar a dinâmica familiar adoecida, pois ela representa a única segurança de vínculo conhecida. O corpo guarda as marcas dessa lealdade, como nos ensina o trabalho de Bessel van der Kolk sobre o trauma.

Para você, que está no centro dessa dinâmica de dor, é crucial entender: seu sofrimento não é um defeito, é um sinal de alerta de um sistema que aprendeu a se proteger pela negação de si.

A Desfusão da Imagem Primordial: A Chave para a Liberdade

Mas, como sair desse ciclo de dor e medo de abandono?

A libertação começa com a visualização e a desfusão da dor, um processo autoral que chamo de "Reconexão com a Imagem Primordial". Sem precisar de jargões técnicos, a verdade é que o sintoma, a dor no presente, está fundido à imagem de uma figura de apego primário (Pai ou Mãe).

Inspirado no saber sistêmico e na Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), este processo permite a desfusão do "sintoma-Eu" para a aceitação do "Eu-observador".

O Próximo Passo da sua Libertação:

  1. Visualize o Sintoma: Deixe a dor, o medo ou a sensação de invalidação vir à tona. Onde no seu corpo você sente essa dor agora?.

  2. Identifique a Fonte Oculta: Sem julgar ou culpar, apenas visualize, por um instante, seu Pai ou sua Mãe por trás desse sintoma. Não o adulto que te magoou, mas a imagem primordial que a sua criança interior internalizou como "fonte" da segurança e do mundo.

  3. Desfundir: Ao fazer a visualização, permita-se dizer (em pensamento) à essa imagem: "Eu vejo você. Eu honro o seu lugar na minha vida. Mas esta dor (o sintoma) é minha responsabilidade, e eu me desprendo dela agora."

Ao fazer isso, você não invalida o passado, mas sim, honra a sua origem e se liberta da necessidade de manter o sintoma ativo. Você está informando ao seu SNA: "Eu me sinto segura para respirar e me responsabilizar pela minha vida, sem a necessidade de me invalidar para agradar ou evitar o abandono."

O Retorno à sua Autorregulação e Propósito

O verdadeiro propósito de vida não pode ser construído sobre o medo de abandono ou a busca por validação externa. Ele nasce quando você reconquista a Autorregulação, o poder de se sentir inteira e validada em si mesma.

Sua experiência é a de muitos, mas seu caminho para a liberdade é unicamente seu. Você é ou está? Você não é a dor, você está vivenciando um sintoma que pode ser desvinculado.

Se você está cansada de ter sua luz ofuscada pelo medo de abandono e pela invalidação, e sente que é hora de se priorizar:

Agende uma sessão e vamos desidentificar e liberar as dinâmicas ocultas que bloqueiam seu propósito. Sua contribuição para o mundo começa com a sua própria libertação.

O seu valor não depende da voz de fora.


Cida Medeiros
Terapeuta com mais de 30 anos de experiência, integrando psicologia, práticas sistêmicas e energéticas para transformar vidas.
@Cida2016medeiros | cidamedeiros.org

Jornada Espiritual na Índia: Lições de Auroville

 Jornada Espiritual na Índia: Lições de Auroville

Cida Medeiros - Auroville




Uma Jornada Espiritual muito importante que desejo compartilhar com você, especialmente hoje, irei reproduzir um pouco do que foi estar em Auroville, uma comunidade na diversidade.

Pense rápido: quando foi a última vez que você ficou em silêncio absoluto? Não o silêncio entre uma música e outra, ou o que dura até a próxima notificação no celular. Falo daquele silêncio profundo, onde a única companhia é a sua própria respiração e o ritmo dos seus pensamentos.

Na correria do dia a dia, nos acostumamos tanto com o barulho externo que esquecemos como ouvir nossa própria voz interior. A conexão consigo mesmo vira um artigo de luxo, algo que deixamos para "quando der tempo". Mas e se essa conexão for a coisa mais essencial que temos?

Anos atrás, senti um chamado para fazer uma pausa desse ruído todo. Uma jornada espiritual me levou à Índia e, de repente, eu me vi subindo descalça por uma rampa suave, dentro de uma imensa esfera dourada em Auroville. O único som era o tilintar de água correndo, e o silêncio ao redor era tão profundo que se podia quase tocar. Foi ali, nesse espaço sagrado, que a verdadeira conexão aconteceu, e eu entendi que o que buscava não era apenas a ausência de som, mas a presença de um profundo respeito, uma abertura para a experiência e, finalmente, um reencontro comigo mesma.

Chegar àquele lugar não foi uma jornada apenas física. Cada passo na Índia já era um convite à entrega, mas em Auroville, no caminho para o Matrimandir, o convite se tornou ainda mais claro. Antes mesmo de entrar na câmara interna da orbe dourada, o ambiente já nos pedia algo fundamental: respeito. Respeito pelo espaço, pela energia que ali pulsava e, acima de tudo, respeito pelo nosso próprio processo.

Tirar os sapatos, como é costume em tantos locais sagrados na Índia, não era apenas uma regra; era um ritual. Um ato simbólico de deixar para trás o que é externo, o peso do mundo, para então pisar no chão sagrado com humildade e abertura à experiência. A cada passo descalço, senti a textura do caminho, a temperatura do piso, e essa conexão com o solo me trazia para um estado de maior presença. Era um preparo silencioso para o que viria, uma sintonia fina para que a mente pudesse se acalmar e o coração se abrisse para o que o momento tinha a oferecer.

Finalmente, o momento de entrar na orbe dourada. Lá dentro, a arquitetura por si só já era uma oração. A rampa suave que nos conduzia para cima não era apenas um caminho físico; era uma ascensão interior. O som da água correndo, que lembrava uma chuva tranquila ou uma fonte translúcida, criava uma trilha sonora natural que acalmava a mente. O silêncio era profundo, quase palpável, convidando a cada um a mergulhar em sua própria essência.

No andar mais alto da esfera, onde os cristais dançavam com a luz e uma abertura no teto permitia que os raios solares incidissem diretamente, a experiência se completou. Meditar ali, banhada por aquela luz e envolta por uma sacralidade que o espaço convidava e solicitava a todos os presentes, foi um portal. Ali, no topo, a mente aquietou-se. Não havia passado, nem futuro; apenas o momento presente em sua plenitude. Foi um encontro consigo mesma na forma mais pura: sem filtros, sem ruídos externos, apenas a essência. Compreendi que o verdadeiro templo não estava nas paredes douradas ao meu redor, mas na quietude que encontrei dentro de mim.

Voltar da Índia foi como trazer um pedaço daquele silêncio, daquela abertura e daquele respeito comigo. A verdade é que não precisamos de uma viagem transcontinental para encontrar nosso próprio Matrimandir interior. A busca por esse encontro consigo mesmo, por essa abertura à experiência e por esse respeito pelo nosso eu mais profundo pode e deve acontecer em nossa rotina.

Pense em como podemos criar nossos próprios "espaços sagrados" no cotidiano:

  • O ritual do silêncio: Pode ser dedicar 5 minutos ao acordar para apenas sentir a respiração, antes de pegar o celular.

  • Abertura para o novo: Que tal experimentar um caminho diferente para o trabalho, provar uma comida exótica ou começar aquele hobby que você sempre quis?

  • Respeito pelo seu tempo: Aprenda a dizer "não" quando seu corpo e mente pedem descanso, ou a dedicar um tempo para algo que realmente nutre sua alma, sem culpa.

A grande lição de Auroville não foi sobre o destino, mas sobre a jornada interna. Foi sobre a consciência de que a sacralidade não está apenas em templos distantes, mas na forma como nos aproximamos de nós mesmos e da vida: com respeito, abertura e a coragem de nos encontrarmos no silêncio.

Minha jornada à Índia foi um lembrete poderoso de que a viagem mais transformadora não é medida em quilômetros, mas em profundidade. A verdadeira peregrinação é para dentro. Ao nos abrirmos para o silêncio, descobrimos um universo inteiro que mora em nós, esperando para ser ouvido com respeito e curiosidade.

Agora, eu te convido a refletir:

Qual pequeno ritual de "respeito por si mesmo" você pode iniciar ou redescobrira na sua vida hoje? Compartilhe nos comentários, vamos inspirar uns aos outros a encontrar nossos espaços sagrados.

Cida Medeiros

Uma jornada à montanha sagrada


Uma jornada à montanha sagrada: Arunachala e a paz que transforma

Existe uma frase de Sri Ramana Maharshi que me tocou profundamente: "Oh Arunachala, tu extingues o ego daqueles que meditam em Ti no Coração!". E é exatamente isso que a gente sente quando se aproxima dessa montanha mágica, um dos cinco lugares mais sagrados da Índia. Em 2017, tive a oportunidade de vivenciar essa experiência transformadora e, até hoje, a lembrança me transporta de volta para aquele silêncio profundo.

A tradição diz que apenas aqueles que são chamados por Shiva chegam à Arunachala. E, ao subir a montanha, entendi o porquê. Não é uma simples trilha, é uma jornada interior. O lugar exala uma atmosfera de silêncio sagrado, de paz que a gente não encontra em qualquer lugar. É como se a própria montanha te convidasse a largar a tagarelice mental e a entrar em um estado de profunda conexão, de expansão da consciência.

A cada passo, eu sentia que estava pisando no mesmo chão que mestres iluminados. Estar na caverna de Ramana, onde ele meditou por anos, foi uma experiência mística indescritível. A energia do lugar é tão forte que a gente se sente em sintonia com a dimensão sagrada daquele espaço. É como se o tempo parasse e você se tornasse parte da paisagem.

A experiência mais marcante foi, sem dúvida, alcançar o topo. Ali, em conexão com a caverna de Shiva, me senti diante de um mistério revelado. A majestade de Arunachala, considerada por Ramana o local mais sagrado da Terra, é algo que não se explica com palavras, apenas se sente. A paz que irradia dali é palpável e a consciência se expande de uma forma que a gente passa a enxergar a vida de uma nova perspectiva.

Essa viagem me ensinou que a Verdade não está em livros ou templos luxuosos, mas dentro de nós. E que a natureza, em sua forma mais pura, pode ser a nossa maior professora. A montanha de Shiva é um lugar para todos que buscam essa verdade interior.

Você já teve uma experiência que te transformou por completo? Algo que te fez silenciar a mente e se conectar com algo maior? Compartilhe nos comentários.

Cida Medeiros

A Revolução Interna

 



Eu Sou Suficiente: A Única Crença para a Vida Plena

Rompendo com as Crenças Limitantes pela Autocompaixão


"Eu não sou bom o bastante." Se você já se pegou pensando isso, saiba que essa frase é a âncora que impede sua vida plena. Essa crença é um padrão de pensamento aprendido, e não uma verdade absoluta sobre quem você é. Ela se forma em momentos de vulnerabilidade não acolhida, mas pode ser desaprendida.

A psicologia moderna nos mostra que o caminho para o "Eu sou suficiente" é pavimentado pela autocompaixão. Não se trata de arrogância, mas sim de estender a si mesmo(a) a mesma bondade e compreensão que você daria a um amigo querido. É um ato de aceitação incondicional de quem você é no presente.

Parar de buscar a validação externa e abraçar a ideia de que você já é completo(a) — com todas as suas imperfeições — é a maior revolução que você pode fazer. Essa mudança de perspectiva reescreve o diálogo interno e te liberta das crenças limitantes.

A sua vulnerabilidade é o fio de ouro em um tecido. Por muito tempo, você pode ter tentado esconder esse fio para parecer um tecido mais "forte" ou homogêneo. Mas a verdade é que o tecido é mais bonito, mais complexo e mais valioso por causa daquele fio único. Vulnerabilidade é permitir-se ver e ser visto como um trabalho de arte já completo, um "Eu sou suficiente" em carne e osso.

Quando você se aceita, o mundo ao seu redor se transforma.

Mudar a narrativa interna é um trabalho delicado e poderoso. Se você está pronto(a) para desmantelar essas crenças limitantes e finalmente viver uma vida plena, explore os conteúdos aqui no blog. Siga-me para mais reflexão. Estou aqui para te guiar com ferramentas da psicologia mais atualizada. Agende sua consulta e comece a ver seu valor.