Uma jornada à montanha sagrada: Arunachala e a paz que transforma
Existe uma frase de Sri Ramana Maharshi que me tocou profundamente: "Oh Arunachala, tu extingues o ego daqueles que meditam em Ti no Coração!". E é exatamente isso que a gente sente quando se aproxima dessa montanha mágica, um dos cinco lugares mais sagrados da Índia. Em 2017, tive a oportunidade de vivenciar essa experiência transformadora e, até hoje, a lembrança me transporta de volta para aquele silêncio profundo.
A tradição diz que apenas aqueles que são chamados por Shiva chegam à Arunachala. E, ao subir a montanha, entendi o porquê. Não é uma simples trilha, é uma jornada interior. O lugar exala uma atmosfera de silêncio sagrado, de paz que a gente não encontra em qualquer lugar. É como se a própria montanha te convidasse a largar a tagarelice mental e a entrar em um estado de profunda conexão, de expansão da consciência.
A cada passo, eu sentia que estava pisando no mesmo chão que mestres iluminados. Estar na caverna de Ramana, onde ele meditou por anos, foi uma experiência mística indescritível. A energia do lugar é tão forte que a gente se sente em sintonia com a dimensão sagrada daquele espaço. É como se o tempo parasse e você se tornasse parte da paisagem.
A experiência mais marcante foi, sem dúvida, alcançar o topo. Ali, em conexão com a caverna de Shiva, me senti diante de um mistério revelado. A majestade de Arunachala, considerada por Ramana o local mais sagrado da Terra, é algo que não se explica com palavras, apenas se sente. A paz que irradia dali é palpável e a consciência se expande de uma forma que a gente passa a enxergar a vida de uma nova perspectiva.
Essa viagem me ensinou que a Verdade não está em livros ou templos luxuosos, mas dentro de nós. E que a natureza, em sua forma mais pura, pode ser a nossa maior professora. A montanha de Shiva é um lugar para todos que buscam essa verdade interior.
Você já teve uma experiência que te transformou por completo? Algo que te fez silenciar a mente e se conectar com algo maior? Compartilhe nos comentários.
Cida Medeiros

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