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Não Temer a Morte e nem os mortos.

Os Mortos vivem e se movimentam entre nós muito mais real e eficazmente que o saberia pintar a imaginação mais aventurosa. É muito duvidoso que eles fiquem em seus túmulos. Parece cada vez mais certo que ali nunca se deixaram encerrar. Só há debaixo das lajes onde os julgamos prisioneiros um pouco de cinza que já não lhes pertence, que eles abandonaram sem pensar e que provavelmente, já não se dignam de lembrar.
Maurice Maeterlinck

Nas Constelações Familiares, consideram tantos os vivos como os mortos, olhamos com amor e acolhemos sem medo seu pertencimento. Aprendemos a lidar naturalmente com a vida e com a morte.



Superar o medo da morte, dos mortos e poder dialogar sobre essa face da realidade do ser humano permite uma liberdade interior muito grande.

Muitas vezes percebemos no trabalho de constelação uma pessoa seguindo alguém que morreu, a pessoa  não tem consciência disso, é um dinâmica oculta. Isso pode estar evidenciado na conduta de auto-sabotamento, mecanismos auto-destrutivos, fracassos constantes e de uma atitude camicaze diante da vida.

Outro fator perigoso é os mortos que não estão descansando em paz e puxam os vivos.

Eles querem resolver alguma coisa, mais não sabem como fazê-lo, prejudicando assim, aqueles que estão vivos. Mais no fundo, precisam de ajuda.

As Constelações familiares é um método extra-ordinário que permite encaminhá-los a um outro nível de consciência, onde reside a paz e o descanso. Pois as soluções que ficaram pendentes, raramente são solucionadas de modo tão eficaz e direto como propõe esse método revolucionário.

Na abordagem Xamânica, com o toque do tambor e a ajuda dos aliados espirituais essa tarefa torna-se mais leve, mais fluida e mais fácil.

É o que tenho observado ao longo dos anos. Primeiro porque o tambor já é uma Medicina extraordinária de cura, os instrumentos xamânicos, além de ser um instrumento de poder, ajudam a mover campos do universo xamânico e permitem que essa substância curativa dos reinos da natureza colaborem por demais no trabalho com antepassados. Principalmente no que diz respeito aqueles mais rebeldes, mais contrários e os que se mantém prisioneiros as cadeias de ódio, vingança e desamor.

Nas Constelações temáticas que dirijo sempre acontece do trabalho ser mais pontual e não envolve tanto o trabalho com os antepassados. Como esse ultimo encontro que foi da criança interior.

Nas Constelações Tradicionais, como essa que vai acontecer Sábado agora, ocorre de trabalharmos questões profundas que podem envolver a liberação de energias densas dos antepassados. Uma oportunidade rara e impagável. Pois é um bem que causamos a nós mesmo e um bem que fazemos a nossa família e aos próprios mortos que compreendem e liberam seus desafetos ou mesmo aquele que pensa que está ajudando muito, mais no fundo está atrapalhando e muito. Eles não tem consciência.

Quando parte da solução de uma questão que aflige a pessoa envolve ficar em paz com os mortos e a liberação do carma dos antepassados, essa vivencia é a mais indicada.

Sem falar os lutos que não foram possíveis, as despedidas que não foram realizadas, as mortes que foram instantâneas e derrepentemente, que não puderam ser bem elaboradas, enfim, sempre existe uma perda importante que está lá, causando-nos um sofrimento e que precisa ser encarada, as vezes tudo que a pessoa precisa para ficar em paz consigo mesmo é o momento de reencontro.

Isso tenho visto muito nesse trabalho, é lindo, é emocionante, como por exemplo, num caso onde houvera a separação em decorrência de morte e o corpo jamais foi encontrado, ou mesmo quando uma criança perde seu pai ou mãe e nunca mais o vê. Aquilo fica dentro da pessoa como uma dor imensa, quando eles se reencontram, uma cura profunda se dá. A nível da alma pessoal e da alma familiar. A pessoa pode seguir adiante, com mais conforto e aceitação.

Bert Hellinger, ensina que devemos fazer uma Meditação da seguinte forma:

Devemos fechar os olhos e imaginar um circulo de luz em nossa volta, e todos aqueles que já se foram do lado de fora do circulo, fazer um gesto de revência interior, com respeito, e deixá-los do lado de fora do circulo de luz. Indicando internamente o mundo dos mortos e o mundo dos vivos.

Na Roda das quatro direções, os antepassados ficam ao Norte, segundo Daan van Kampenhout em seu livro "Las lágrimas de los ancestros" Ed. Alma Lepik, o lugar da Paz e da Sabedoria. Ele como xamã, ao longo de sua jornada, também traz uma compreensão importante a respeito da alma tribal.

Outras Tradições dos Índios, ou dos nativos norte americanos, também consideram que os mortos ficam ao norte.

Porém eu digo, a maioria dos mortos estão perdidos fora da roda sagrada das quatro direções, o trabalho do Xamã é conduzi-los a estrada Azul, a estrada dos ancestrais, do Branco, da Gratidão, da honra, da dignidade, dos Anciões Sábios, enfim, atravessar o atual nível de consciência para um outro nível de consciência que os conduza ao descanso eterno.

Ahow!
Cida Medeiros





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