Bem Vindo ao Blog Cida Medeiros! Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros: Você carrega feridas com seu pai? E se o que você sente hoje tiver tudo a ver com isso?

Você carrega feridas com seu pai? E se o que você sente hoje tiver tudo a ver com isso?

 


🛋️ Sexta-feira, no Divã — Episódio 04


Você cresceu sem a presença afetiva do seu pai?
Ou ele estava lá, mas era frio, crítico, ausente — ou até autoritário demais?
Já se sentiu insegura(o) diante de figuras masculinas, chefes, parceiros ou até diante de si mesmo?

Talvez exista aí uma ferida antiga, mal compreendida e profundamente silenciada: a ferida com o pai.


👨 O que representa o pai na nossa construção psíquica?

Na psicanálise, a figura paterna (que pode ou não ser o pai biológico) simboliza limite, validação, força, orientação e identidade.
É por meio dessa figura que aprendemos a lidar com as regras do mundo, a confiar na nossa capacidade de agir, de sustentar a própria vida.

Quando esse vínculo é falho, confuso ou inexistente, isso pode marcar profundamente a autoestima, os relacionamentos e a autonomia.


😔 Como se manifestam os traumas com o pai?

Feridas com o pai não são apenas lembranças ruins. Elas se manifestam em formas de estar no mundo:

  • Dificuldade de se posicionar ou se impor.

  • Sensação de estar sempre “procurando aprovação” de alguém.

  • Medo de errar e ser punido.

  • Relações afetivas com figuras controladoras, distantes ou críticas.

  • Autossabotagem quando está prestes a conquistar algo importante.

  • Sentimento de vazio, como se algo estivesse faltando — e nem sempre se sabe o quê.


💬 Mas e se eu disser que “já superei”?

Você pode ter racionalizado. Justificado. Enterrado.

Mas se certas situações ainda te desestabilizam — se você reage com raiva, medo, submissão ou orgulho exagerado diante de figuras de autoridade — talvez a ferida ainda esteja viva, pedindo escuta.

Superar não é esquecer.
É integrar. É entender.
É poder falar sem dor — e caminhar sem repetir.


🔍 Como posso reconhecer esse padrão?

Aqui vão algumas perguntas para refletir:

  • Eu busco aprovação masculina para me sentir valorizada(o)?

  • Tenho raiva contida do meu pai, mas nunca falei disso?

  • Me cobro em excesso para provar que sou forte ou “capaz”?

  • Me sinto desconfortável com elogios, como se não merecesse?

  • Tenho dificuldade de confiar ou de receber apoio masculino?


🌿 E o que posso fazer com isso?

🧠 Acolha sua dor.
Você tem o direito de sentir o que sente. A sua dor é legítima, mesmo que o mundo nunca tenha reconhecido.

🌱 Procure apoio terapêutico.
Cuidar dessa ferida é fundamental para desenvolver autonomia emocional, segurança interna e relações mais saudáveis.

🌀 Permita-se ressignificar.
Você não precisa repetir a história. Nem seguir sendo aquela criança que esperava por algo que não veio. Agora, você pode se dar o que faltou.


✨ Conclusão: A ferida com o pai pode ser invisível — mas não é inofensiva.

Ela pode guiar suas escolhas, te sabotar em silêncio, distorcer sua autoimagem.

Mas quando é olhada com amor e coragem, pode se transformar em portal de força, identidade e libertação.

Você pode deixar de ser quem sobrevive —
para se tornar quem realmente nasceu para ser.

Se esse texto falou com você, talvez seja hora de olhar com mais carinho para sua própria história.
E se quiser, estou aqui para te acompanhar nesse processo.

🌿 Marque sua sessão de acolhimento.

📌 @Cida2016medeiros | www.cidamedeiros.org

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