⚖️ Conexão ou proteção? Aprenda a reconhecer seus gatilhos emocionais
Post 5 da Série “Segundas de Regulação” com Cida Medeiros
Você já sentiu seu coração acelerar só de ver uma notificação no celular?
Ou já relaxou só de ouvir a voz de alguém querido?
Esses exemplos simples revelam uma verdade profunda:
Nosso corpo responde o tempo todo a sinais de segurança ou perigo — mesmo quando a mente ainda não percebe.
Esse processo se chama neurocepção, um conceito central da Teoria Polivagal, e pode transformar a forma como você lida com emoções, relacionamentos e até com seu passado.
🧠 O que é neurocepção?
A neurocepção é a capacidade inconsciente do seu sistema nervoso de avaliar, momento a momento, se o ambiente ao redor é seguro, perigoso ou ameaçador.
Ela acontece sem sua permissão racional — o corpo sente antes da mente entender.
📡 Seu sistema nervoso escaneia:
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o tom de voz das pessoas;
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expressões faciais;
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o volume do ambiente;
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a linguagem corporal;
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o ritmo das conversas;
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até sua postura, batimentos cardíacos e respiração.
E com base nisso, ele decide:
👉 “É seguro me abrir” (conexão)
👉 “É melhor fugir ou lutar” (proteção simpática)
👉 “É melhor me desligar” (colapso dorsal)
🔍 Identificando seus gatilhos de segurança e de perigo
Gatilhos de segurança são sinais que ajudam seu corpo a relaxar e se conectar.
Gatilhos de perigo são estímulos que ativam o modo defesa, mesmo que não haja uma ameaça real.
Exemplos de gatilhos de segurança:
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Olhar acolhedor
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Voz suave e ritmo calmo
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Contato visual respeitoso
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Música tranquila
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Aroma familiar
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Lembranças positivas
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Um lugar organizado e silencioso
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Sentir-se compreendido
Exemplos de gatilhos de perigo:
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Tom ríspido ou acelerado
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Olhar julgador ou evasivo
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Ambientes caóticos ou barulhentos
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Sensação de ser ignorado
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Conflitos mal resolvidos
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Lembranças traumáticas
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Postura rígida ou reativa de outra pessoa
🔄 A boa notícia: gatilhos podem ser reprogramados
Muitos dos seus gatilhos foram criados a partir de experiências passadas — especialmente na infância ou em contextos de trauma.
Com a ajuda da terapia e de práticas de regulação, você pode:
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reconhecer seus gatilhos com compaixão;
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criar novas referências de segurança;
-
e, aos poucos, ensinar seu corpo a responder de forma diferente.
Esse é um dos pontos de maior transformação no trabalho terapêutico com base na Teoria Polivagal.
👣 Na próxima segunda: O poder dos relacionamentos na sua cura
Agora que você já sabe o que ativa ou acalma seu sistema, vamos explorar como o vínculo com o outro pode ser uma ferramenta de cura.
Afinal, como dizia Stephen Porges, criador da teoria:
🗣️ “A cura acontece através da conexão, não da lógica.”
Com presença e verdade,
Cida Medeiros
Terapeuta com mais de 30 anos de experiência, integrando psicologia, práticas sistêmicas e energéticas para transformar vidas.
@Cida2016medeiros | cidamedeiros.org
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