No turbilhão das expectativas e das emoções que nos envolvem, há uma verdade sutil que ecoa na alma de quem busca a serenidade. Uma verdade que, uma vez compreendida, nos liberta e nos convida a celebrar a essência mais pura do amor. O mestre Osho, com sua sabedoria singular, nos presenteou com um lembrete valioso:
"Se alguém ama você, seja grato, mas não exija nada - porque o outro não tem obrigação de amá-lo. Se uma pessoa ama, trata-se de um milagre. Emocione-se com o milagre."
E nessas poucas palavras, reside uma das maiores chaves para a paz interior e a verdadeira conexão. Como uma mulher que caminha pela vida observando as marés da existência, compreendo que a dança do amor não é sobre posse, mas sobre permissão.
Permissão para que o outro seja livre em seu afeto, sem roteiros ou cobranças. Permissão para que o amor, quando se manifesta, seja um presente espontâneo, não um direito adquirido. E é nessa permissão que reside a nossa maior capacidade de receber da vida.
Quando soltamos as amarras da exigência, abrimos espaço para a gratidão genuína. De repente, cada gesto de carinho, cada olhar que nos encontra, cada afeto recebido se torna um milagre, exatamente como Osho nos ensina. Não é que o amor seja raro, mas a capacidade de vê-lo como uma dádiva, sim, é uma sabedoria que nos transforma.
Essa postura de acolhimento e gratidão nos coloca em uma sintonia profunda com a vida. Nossos pensamentos, antes talvez presos em cálculos de dar e receber, começam a fluir como rios de luz infinita, límpidos e sem barreiras. Aprendemos que a verdadeira abundância não está no que conseguimos reter, mas no que permitimos que nos banhe, livremente, a cada instante.
É um convite para viver o amor e as relações com a leveza de quem entende que a beleza está na espontaneidade. É um convite para sentir, agradecer e vibrar na certeza de que a maior riqueza está em permitir-se ser grato pelo que a vida gentilmente oferece.
Com a alma leve e o coração aberto,
Cida Medeiros
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