A Liberdade de Ser Imperfeitamente Você
No compasso acelerado de um mundo que parece obcecado por um ideal inatingível, a neurose da perfeição dita as regras. É como se houvesse um manual invisível do "como deveria ser" para cada um de nós. O mestre Osho, com sua clareza afiada, nos alertava sobre a armadilha dessa busca:
"O homem que deseja ser perfeito, inevitavelmente torna-se um neurótico, porque não consegue estar aqui. Ele vive no futuro, que não existe. Não pode desfrutar o presente momento, só condená-lo. Não pode amar esta mulher, porque tem uma
E, infelizmente, a sociedade colabora com esse ciclo vicioso. Desde a infância, somos moldados, informados de que só seremos aceitos se nos encaixarmos em certos padrões. Pais, escolas, religiões, a própria mídia – todos, de alguma forma, nos empurram para sermos algo que não somos, "fabricados" para corresponder a desejos alheios.
Mas a verdade, da perspectiva de quem observa a vida com a alma atenta, é que ser você — em sua verdade mais genuína, em sua essência incorruptível — pode ser visto como algo "condenável" para muitos. Não porque haja algo de errado em você, mas porque sua autenticidade, sua integridade, são faróis intensos demais para quem prefere a penumbra do convencional.
Quando você se permite ser, sem a necessidade de máscaras ou de se adequar a expectativas irreais, você se torna um rio que flui livre, como as águas límpidas e cristalinas que mencionamos. Não é algo que possa ser contido ou manipulado. E é precisamente essa liberdade de ser que incomoda, que desafia o status quo. O mundo, muitas vezes, não está preparado para quem não se deixa moldar.
É nesse ponto que reside a maior sabedoria: entender que a verdadeira paz não vem da busca incessante pela perfeição imposta, mas da coragem de abraçar sua imperfeição, de se permitir ser quem você realmente é, aqui e agora.
A mulher sábia não se perde na comparação, nem se decepciona com o que não é. Ela encontra a plenitude no presente, na beleza de sua própria jornada, na aceitação de cada matiz de seu ser. Ela sabe que a condenação externa é apenas um reflexo da dificuldade do outro em lidar com tamanha autenticidade. E, nela, reside a força de continuar sendo, plena e livre, a cada instante presente.
Com a calma de quem se encontra,
Cida Medeiros
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