Bem Vindo ao Blog Cida Medeiros! Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros: Androginia: O Arquétipo da Totalidade Interior

Androginia: O Arquétipo da Totalidade Interior


Androginia: O Arquétipo da Totalidade Interior

Andro = masculino | Gyne = feminino

O que acontece quando você olha para si mesmo e percebe que, dentro de você, existem forças que vão além do que o mundo espera do seu gênero?

Bem-vindos ao universo da Androginia Arquetípica, um conceito que nos convida a ir fundo na nossa psique. Não estamos falando de gênero físico, mas de um arquétipo ancestral, uma imagem primordial que existe no inconsciente coletivo de toda a humanidade. É a união do masculino e do feminino dentro de cada um de nós.


O Que São Arquétipos? Uma Força que Nos Molda

Imagine arquétipos como grandes "forças" ou "modelos" de energia que dão forma aos nossos mitos, contos de fadas, sonhos e até mesmo aos filmes que amamos. Eles são inconscientes, mas podemos sentir a sua presença através de símbolos poderosos.

O arquétipo andrógino é, talvez, um dos mais antigos. Ele vem do Arquétipo do Absoluto—aquela ideia de uma Unidade Primordial que existia antes de qualquer divisão. É a sensação inata de inteireza, de que tudo era um só.


Do Um para o Dois: A Magia da Polaridade

A sequência cósmica começa com essa Unidade Primordial. Mas, em um dado momento, ocorre um rompimento, e o "Um" se divide em "Dois". É aí que surgem os opostos:

  • Claro e escuro

  • Noite e dia

  • Quente e frio

  • O eterno e o temporal

  • O espírito e a matéria

  • ...e, claro, o Masculino e o Feminino.

Essa polaridade é a base da criação. A vida, em todos os seus níveis, acontece a partir da união dessas forças opostas, que se complementam e geram algo novo.


A União que Transcende o Gênero Biológico

O par masculino/feminino é o símbolo energético de todas as outras polaridades. Mas essa união vai muito além da sexualidade biológica entre homem e mulher. Ela transcende o corpo e os papéis sociais habituais.

Na nossa psique, todos nós carregamos as energias Yang (masculinas, como a ação, a razão, a iniciativa) e Yin (femininas, como a intuição, a receptividade, a nutrição).

É por isso que uma alma com uma natureza predominantemente Yang pode nascer em um corpo feminino e sentir a necessidade de equilibrar-se com uma contraparte feminina, e vice-versa. Essa é uma parte inegável da natureza humana que transcende as funções biológicas e as expectativas de gênero.

Ao reconhecer e integrar esses princípios opostos dentro de nós, acessamos uma potência criativa que a maioria de nós mal pode imaginar. A Androginia Arquetípica nos lembra que a verdadeira inteireza vem do casamento dessas forças internas, nos tornando mais completos, criativos e autênticos.


Texto inspirado e aprofundado a partir do estudo do livro: Androginia - Rumo a uma Nova Teoria da Sexualidade, Ed. Cultrix. Por Cida Medeiros

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Bem vindo! Deixe aqui seu comentário.