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Você não está quebrado – seu corpo só está tentando te proteger

 


Você não está quebrado – seu corpo só está tentando te proteger

Post 1 da Série “Segundas de Regulação” com Cida Medeiros

Você já se sentiu demais?

Demasiado sensível. Ansiosa(o) sem motivo. Irritada(o) com tudo.
Ou então... completamente sem energia, como se estivesse desligado do mundo?

Por muito tempo, essas sensações foram vistas como fraqueza, drama, ou “coisa da cabeça”.
Mas a verdade é que não são falhas — são respostas naturais do seu sistema nervoso tentando te proteger.

Essa é a proposta da Teoria Polivagal, criada pelo neurocientista Stephen Porges e traduzida com sensibilidade para a prática clínica por Deb Dana, autora do livro Ancorado.

E é sobre isso que vamos falar nas próximas semanas, aqui nas “Segundas de Regulação”.
Uma série de postagens para te ajudar a se reconectar com seu corpo, compreender seus estados internos e encontrar caminhos de volta à sua calma natural.


🧠 O que é a Teoria Polivagal?

Você é Neurótico?

 


Você é Neurótico?

🛋️ Sexta-feira, no Divã – Episódio 01

Já se perguntou por que você reage de forma exagerada a certas situações?
Ou por que insiste em manter controle de tudo, mesmo quando está esgotado? Talvez tenha crises de ansiedade por coisas pequenas, sinta culpa o tempo todo ou se critique mais do que qualquer outra pessoa faria.

Pois é… isso pode ter a ver com a neurose.
Mas calma: isso não significa que você está “louco”. Na verdade, a neurose faz parte da vida de quase todo mundo.

Afinal, o que é neurose?

Pois há um lugar em que o Sol brilha para você!




Felicidade
Marcelo Jeneci

LetraSignificado



Traduções



Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz
Sentirá o ar sem se mexer
Sem desejar como antes sempre quis
Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o Sol quando voltar

Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz
Se chorar, chorar é vão
Porque os dias vão para nunca mais

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o Sol brilha para você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o Sol brilha para você
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem

Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar
Nesta hora fique firme
Pois tudo isso logo vai passar

Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o Sol quando voltar

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o Sol brilha para você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o Sol brilha para você
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem

Dançar na chuva quando a chuva vem
Dançar na chuva quando a chuva
Dançar na chuva quando a chuva vem 
Composição: Chico César / Marcelo Jeneci

Obs: Essa música me toca, nesse momento, e resolvi compartilhar aqui também, reflete algo profundo do viver! 
Cida Medeiros

Liberte-se das Teias dos Relacionamentos Abusivos

 


Despertando para a Liberdade

Sabe, é como se a vida nos entregasse, lá na infância, um mapa com marcas de tinta invisível. Crescemos tentando seguir adiante, mas essas marcas guiam nossos passos, muitas vezes sem que percebamos. Elas nos levam a caminhos que parecem familiares, mesmo que dolorosos, especialmente em relacionamentos abusivos. Nesse labirinto, com as melhores intenções, podemos acabar nos sentindo o "vilão" da própria história, enquanto o verdadeiro arquiteto da dor se esquiva, deixando-nos com o peso de uma culpa que não nos pertence.

Você se doa, cumpre sua parte com o coração aberto, mas é como jogar xadrez com um adversário que muda as regras no meio da partida. No final, a peça capturada é sempre você, carregando um fardo que não deveria ser seu. Essa é a sutil teia do abuso, tecida com fios de manipulação e autoengano, que nos aprisiona sem que percebamos de imediato.

O Fio Invisível da Transformação: Desatando os Nós da Dor

Cicatrizes Invisíveis da Infância e a Sutil Teia de Abuso

 


A Sutil Teia do Abuso: Como as Memórias do Passado Moldam o Presente

Quando crescemos com experiências de abuso na infância, nosso cérebro se adapta para sobreviver àquele ambiente. Aprendemos a minimizar a dor, a nos culpar, a acreditar que somos de alguma forma responsáveis pelo que nos acontece. Essa "programação" fica tão enraizada que, quando entramos em relacionamentos abusivos na vida adulta, tendemos a reproduzir esses padrões. É como se estivéssemos usando os mesmos óculos que nos fizeram enxergar o mundo daquele jeito, e fica difícil ver a realidade com clareza.

A pessoa abusiva, muitas vezes de forma inconsciente ou deliberada, se aproveita dessa nossa vulnerabilidade. Ela joga com a nossa necessidade de aprovação, com o nosso medo do abandono, com a nossa tendência a nos responsabilizar por tudo. O resultado? Você se doa, se esforça, cumpre sua parte com integridade, mas no final, a conta é só sua, e o pior: vem acompanhada de uma dose cavalar de culpa e inadequação.

Liberte-se das amarras da mente: um caminho para a plenitude

 



Você já se pegou preso em um ciclo vicioso, tentando fugir de pensamentos ou sentimentos negativos, e percebeu que, quanto mais tenta, mais eles persistem?
 
Essa é a armadilha da rigidez mental — uma teia sutil que nos impede de viver uma vida plena e significativa. Mas há uma boa notícia: existe um caminho para se libertar!

Imagine a vida como uma dança. Quando tentamos nos esquivar de cada passo desafiador, acabamos agarrando a corda do sofrimento, nos exaurindo e nos afastando do ritmo natural da existência. É como tentar reorganizar uma teia de aranha: quanto mais mexemos, mais ela se emaranha. Aquela voz interna, que chamo de “Ditador Interno”, insiste em soluções lógicas que, na verdade, apenas nos aprisionam ainda mais. Ela nos diz para negar a dor, suprimi-la ou nos distrair — mas essa é uma batalha perdida. Não existe um botão “excluir” para as emoções humanas.
 
A rigidez mental não é apenas um incômodo. Ela pode alimentar a ansiedade, a tristeza e até dificultar nossa capacidade de aprender, trabalhar ou construir relacionamentos saudáveis. Já reparou como, ao tentar se livrar de um pensamento, ele parece gritar ainda mais alto? É a mente nos pregando peças.
Mas e se eu lhe dissesse que há outro caminho? Um caminho que não busca apagar a dor, mas transformá-la em uma aliada poderosa?
 

Quando a Culpa Silencia a Alma

 



Morte, Religião e Orientação Sexual: Quando a Culpa Silencia a Alma

Falar sobre a morte já é, por si só, uma travessia delicada. Mas quando ela se entrelaça com temas como a religião e a orientação sexual, pode se transformar em um verdadeiro campo de batalha interno — onde o medo, a culpa e o sentimento de inadequação disputam espaço com o desejo de viver com autenticidade e paz.

Quando o "Fique do Meu Lado" Chega: Navegando as Águas Turvas das Intrigas no Trabalho (e na Vida)

 


Quando o "Fique do Meu Lado" Chega: Navegando as Águas Turvas das Intrigas no Trabalho (e na Vida)

Sabe aquela sensação incômoda de se ver no meio de um turbilhão que não é seu? De repente, você está ali, cumprindo suas tarefas, e é arrastado para um campo minado de desentendimentos alheios, onde a pressão para tomar um lado é quase insuportável. Tenho observado como isso acontece com frequência, e uma recente situação envolvendo uma conhecida me fez refletir profundamente sobre a complexidade dos relacionamentos humanos.

Recentemente, em um ambiente de grupo com prazos apertados e metas a cumprir, essa conhecida foi catapultada para o epicentro de uma intriga. Duas colegas, em um embate claro e ruidoso, começaram a tentar puxá-la para o seu lado. Cada uma vinha, de maneira indireta, com suas "razões", suas "justificativas" e, claro, com "o que a outra pessoa falou de você". Do outro lado, a mesma coisa. Era um pingue-pongue de acusações que, no fundo, pareciam mais o reflexo de suas próprias divergências e questões internas.

Minha conhecida percebeu ali, na hora, que os ataques pessoais não eram sobre ela, mas sobre a falta de clareza, a ausência de respeito e uma comunicação que se perdeu em meio a feridas não resolvidas. Esse cenário, para ser honesta, criou um desgaste enorme. A postura dela não era de alguém querendo intervir, mas de uma pessoa cumprindo uma tarefa em grupo. No entanto, a pressão para tomar um lado era evidente, as agressões, ainda que veladas, eram claras. A situação escalou a ponto de uma das partes buscar a coordenação para "resolver" o impasse, e minha conhecida foi envolvida no processo. Para ela, foi uma experiência desconfortável, pois sentia que a origem do problema parecia residir em uma dinâmica já desgastada com a liderança e em uma atmosfera de trabalho que gerava ansiedade e impedia a livre expressão.


A Dança Sombria das Intrigas: O Que Tem Por Trás?

O Bem oculto da Terapia

 


Explicações Neurocientíficas para a Evolução na Terapia

  1. Plasticidade Neural e Reorganização Cerebral :
    • A terapia, especialmente abordagens humanistas centradas na pessoa (Carl Rogers), promove a plasticidade neural, que é a capacidade do cérebro de formar novas conexões sinápticas e reorganizar circuitos neurais. A escuta empática e o ambiente seguro criado pelo terapeuta estimulam a ativação de áreas específicas como o córtex pré-frontal (responsável pela regulação emocional e tomada de decisão) e a amígdala (ligada ao processamento emocional).
    • Estudos mostram que as interações empáticas modulam a atividade da amígdala, diminuindo as respostas de estresse e aumentando a regulação emocional (Harb et al., 2010).

Quando a Experiência de Falta de Controle Ensina a Desistir

 



Desamparo Aprendido: Quando a Experiência de Falta de Controle Ensina a Desistir

O desamparo aprendido é um fenômeno psicológico que descreve a condição em que um indivíduo, após ser repetidamente exposto a situações aversivas sobre as quais não possui controle, passa a acreditar que é incapaz de mudar seu destino ou influenciar os resultados, mesmo quando oportunidades de escape ou mudança se apresentam. Em essência, é aprender a ser desamparado.

Este conceito, amplamente estudado na psicologia, teve suas origens nos experimentos clássicos de Martin Seligman e seus colaboradores na década de 1960. Em estudos com cães, observou-se que animais que eram submetidos a choques elétricos inevitáveis posteriormente não tentavam escapar em situações onde a fuga era possível, mesmo quando outros cães que não tiveram a experiência prévia de incontrolabilidade agiam para evitar o estímulo aversivo. Eles haviam "aprendido" que seus esforços eram fúteis.

No contexto humano, o desamparo aprendido se manifesta de diversas formas e pode ter um impacto significativo na saúde mental e no comportamento. Pessoas que experimentam repetidas falhas, perdas ou situações incontroláveis em suas vidas – seja no âmbito pessoal, profissional, acadêmico ou social – podem desenvolver a crença de que seus esforços não fazem diferença. Isso pode levar a uma série de sintomas e consequências negativas, tais como:

 * Passividade e Inércia: A tendência a não agir diante de problemas ou desafios, acreditando que qualquer tentativa de solução será inútil.

 * Baixa Motivação: A diminuição do ímpeto para buscar novas oportunidades, estabelecer metas ou persistir diante de obstáculos.

 * Afetividade Negativa: Sentimentos de desesperança, frustração, tristeza e apatia, frequentemente associados à depressão e ansiedade.

 * Dificuldade de Aprendizagem: A interferência na capacidade de adquirir novas habilidades ou estratégias de enfrentamento, pois a crença na ineficácia mina o esforço necessário para aprender.

 * Problemas de Autoestima: A Internalização da falta de controle pode levar a uma visão negativa de si mesmo e das próprias capacidades.

O desamparo aprendido não é uma sentença permanente. É um padrão de resposta aprendido e, como tal, pode ser modificado. A intervenção psicológica, como a terapia cognitivo-comportamental, desempenha um papel crucial em ajudar os indivíduos a identificar e reestruturar as crenças de desamparo, desenvolver estratégias de enfrentamento mais eficazes e recuperar a sensação de controle sobre suas vidas. Promover experiências de sucesso, mesmo que pequenas, e focar no desenvolvimento de habilidades e na resiliência também são caminhos importantes para superar o desamparo aprendido e redescobrir a capacidade de influenciar o próprio destino.


O Poder do Pertencimento

 


O Poder do Pertencimento: Uma Necessidade Humana sob a Lente das Ordens do Amor e da Psicologia

No intrincado tecido das relações humanas, o sentimento de pertencimento emerge como um fio fundamental, essencial para a nossa saúde mental e bem-estar. Sentir-se conectado, aceito e parte de um grupo é uma necessidade intrínseca que molda nossos comportamentos, emoções e até mesmo nossa identidade. Neste artigo, exploraremos a profunda importância do pertencimento sob a perspectiva das Ordens do Amor de Bert Hellinger e a compararemos com conceitos semelhantes encontrados na psicologia, buscando inspirações e as raízes dessa necessidade humana.

A Ordem Primordial: O Pertencimento nas Ordens do Amor de Bert Hellinger

A Dança do Dar e Receber

 


A Dança do Dar e Receber: Equilíbrio nas Relações sob a Ótica das Ordens do Amor e da Teoria da Troca Social

A dinâmica das relações humanas é um tema fascinante e complexo, permeado por trocas constantes. Seja em âmbito familiar, amoroso ou social, a forma como damos e recebemos influencia profundamente a saúde e a longevidade desses laços. Neste artigo, mergulharemos no conceito fundamental de "Dar e Receber" sob a perspectiva das Ordens do Amor de Bert Hellinger e o compararemos com a Teoria da Troca Social na psicologia, buscando similaridades e explorando as possíveis origens da visão de Hellinger.

O Equilíbrio Essencial: Dar e Receber nas Ordens do Amor de Bert Hellinger