Bem Vindo ao Blog Cida Medeiros! Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros

A dor do não vivido.


(Carlos Drummond de Andrade)

 Definitivo, como tudo o que é simples.

Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas
E não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
Apenas agradecer por termos conhecido
Uma pessoa tão bacana,
Que gerou em nós um sentimento intenso
E que nos fez companhia por um tempo razoável,
Um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer
Pelas nossas projeções irrealizadas,
Por todas as cidades que gostaríamos
De ter conhecido ao lado do nosso amor
E não conhecemos,
Por todos os filhos que
Gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
Por todos os shows e livros e silêncios
Que gostaríamos de ter compartilhado,
E não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
Pela eternidade.

Sofremos não por que
Nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
Mas por todas as horas livres
Que deixamos de ter para ir ao cinema,
Para conversar com um amigo,
Para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe
É impaciente conosco,
Mas por todos os momentos em que
Poderíamos estar confidenciando a ela
Nossas mais profundas angústias
Se ela estivesse interessada
Em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu,
Mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
Mas porque o futuro está sendo
Confiscado de nós,
Impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
Todas aquelas com as quais sonhamos e
Nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
Mais me convenço de que o
Desperdício da vida
Está no amor que não damos,
Nas forças que não usamos,
Na prudência egoísta que nada arrisca,
E que, esquivando-se do sofrimento,
Perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade

Breve história da medicina

"Breve história da medicina":

500 d. C. - Coma esta raiz e você ficará são.
1000 d. C. - Raiz é coisa de pagão. Faça uma oração a Deus que está no céu.
1792 d. C. - Quem reina é a razão. Tome, pois, esta poção.
1917 d. C. - Poção não resolve. Tome este comprimido.
1950 d. C. - Comprimido não cura. Tome antibiótico.
2002 d. C. - Antibiótico em excesso não é recomendável. Use esta raiz".

Aquarela do Brasil - Coral da Eslovênia


Uma homenagem ao meu amado Brasil. Lindo!
Aquarela do Brasil by Perpetuum Jazzile feat. BR6, performed live at Vokal Xtravaganzza 2008 (October 2008)

Site: http://perpetuumjazzile.si

Relacionamento Consciente: Muito Além do Querer Estar Junto

Relacionamento Consciente: Muito Além do Querer Estar Junto

Por que o amor às vezes não basta para manter duas pessoas unidas?

Muitas vezes, entramos em um relacionamento acreditando que basta a atração, o carinho e o desejo de construir uma vida a dois

No entanto, a convivência real nos revela que estamos navegando em uma complexa constelação psíquica, onde nem tudo o que se manifesta pertence ao presente ou à vontade consciente do casal.

O peso do que não vemos: Traumas e Heranças

Quando as brigas se tornam cíclicas ou as inseguranças assumem proporções inexplicáveis, podemos estar diante da ativação de complexos psíquicos. Esses complexos são como "nós" de energia carregados de experiências passadas que, ao serem tocados pelo outro, disparam reações automáticas de defesa ou ataque.

Além disso, a visão integrativa nos ensina que não somos seres isolados. Carregamos emaranhamentos ancestrais e padrões de comportamento que se repetem através das geraçõesUm medo irracional de abandono ou uma dificuldade crônica em confiar podem ser marcas de traumas de apego vividos na infância ou até dores herdadas que o corpo insiste em guardar.

A maturidade de enxergar o Ser real

Amar não é encontrar alguém que seja o nosso "tudo" ou que "respeite nossas ilusões", como se escreveu no passado. O relacionamento maduro exige a percepção e a aceitação real de quem o outro é, com suas luzes e suas sombras7.

  • Diálogo profundo: Ir além das palavras e compreender a necessidade de autorregulação emocional..

  • Percepção sistêmica: Entender que as reações do parceiro podem ser ecos de uma história familiar que ainda não foi curada.

  • Construção integrativa: O amor se torna uma ponte entre saberes, onde o autoconhecimento é a ferramenta para desatar os nós que impedem a conexão verdadeira.

O convite para a cura

Se você sente que seus relacionamentos estão presos em padrões repetitivos, ou que traumas antigos estão impedindo você de viver uma entrega real, saiba que é possível navegar nessas águas com mais consciência. A psicologia profunda e as terapias sistêmicas oferecem as chaves para abrir essas portas e permitir que o Ser se manifeste de forma íntegra e livre

Quer mergulhar mais fundo nessa jornada de autodescoberta e transformar seus vínculos afetivos? No meu blog, buscamos ser essa ponte entre a ciência e o cuidado da alma.

Cida Medeiros

Facilitadora Sistêmica e Terapeuta.

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