🛋️ Sexta-feira, no Divã — Episódio 12 a
Freud, no texto Além do Princípio do Prazer, percebeu algo que desafiava sua teoria inicial:
Nem sempre o ser humano busca prazer, bem-estar, equilíbrio.
Na verdade, às vezes buscamos repetidamente o sofrimento.
Mesmo que digamos que queremos o contrário.
Exemplo: alguém que diz "quero ser feliz no amor", mas só se apaixona por quem a rejeita.
Ou quem diz "quero paz", mas vive criando ou entrando em conflitos.
Por quê?
🤯 Porque o inconsciente age em outro nível.
O inconsciente não fala com palavras — ele fala com repetições, sintomas, sonhos, esquecimentos, escolhas.
Enquanto a mente consciente diz:
“Quero seguir em frente”...
O inconsciente pode dizer:
“Você ainda precisa voltar lá atrás, onde ficou ferido.”
🔍 Como entender o inconsciente?
Pense assim:
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A mente consciente é a ponta do iceberg. É o que você sabe, percebe, decide.
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O inconsciente é a parte submersa — feita de lembranças esquecidas, traumas, desejos reprimidos, emoções negadas, padrões familiares, medos primitivos.
Ele não é “maligno”, mas primitivo. Age para te proteger — mesmo que isso te machuque.
Ele prefere o conhecido (mesmo doloroso) ao novo (mesmo saudável).
😵💫 Mas como ele pode agir contra nós?