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A Inteireza




"Estar completo em si mesmo. Sem perder-se no outro. Sem ser agarrado pela ilusão do ter. Reconhecer o Ser. Valorizar o Amor. Estar Conectado.

Cida Medeiros






Estar inteiro é estar em posse de si mesmo.
Esse estado de "Ser" tem muito haver com a maneira com que nos relacionamos com o mundo a nossa volta e podemos perceber o que sentimos em relação ao mesmo.

Tudo que nos joga para fora de sí mesmo e atribuímos um valor maior do que a sua própria experiência, causa sofrimento.

Ser inteiro é assumir o que é nosso com dignidade e valor.

É amar a si mesmo, com generosidade, com compaixão, com alegria, com aceitação, com gentileza, com afeto e com respeito.
Todo gesto de amor próprio aumenta a nossa auto-confiança.

Devo lembrar que estar inteiro é uma Jornada de Cura para a vida toda.

Quando estamos vinculados com nossas origens no sentido de aceitação e amor, recebemos uma força e  experimentamos uma dimensão de inteireza.  Por isso é tão importante incluir e honrar nossos antepassados.

É uma etapa importante em nossa cura pessoal.

É fundamental compreender isso.

Estar vinculado para que o amor possa fluir, com respeito e aceitação.

Existem muitas dimensões para conectarmos e que nos permite o "Estar Inteiro".

É difícil experimentar a Inteireza sem estar de posse de si mesmo.

Ter um pouco de liberdade interior a partir da consciência no seu próprio auto-valor.

Estar livre das influências da Cultura. Eis uma imensa Sabedoria a ser desenvolvida, como estar, compartilhar, viver, sem ser agarrado por isso tudo? Saber seu lugar e honrá-lo?

Ter consciência que você vive isso, mais em essência, não é somente isso? 

Estar no Centro.

No Centro de sua própria realidade de vida, conectado com um Universo Imaterial, que podemos chamar de Deus, pulsando a chama do Amor no Coração, em conexão com o seu Ser, olhando em todas as direções, percebendo o que acontece a sua volta, sem se perder, sem ignorar, mais presente.

Pois estando presente em conexão com o coração, saberemos o que fazer, caso se faça necessário.

O Silêncio sentido, a Meditação, a oração ou uma prece pode ser de muito mais valia do que a tristeza ou mesmo as lágrimas, ou preocupações, quando se trata do exercício da solidariedade humana.

Agir a partir do coração, ações concretas ajudam muito na hora de compartilhar destinos dolorosos de outros irmãos planetários.

Perdido no outro é escravidão na certa.

Quando nos relacionamos com o outro a partir de nossa inteireza, reconhecemos o espaço do outro, seu limite, o seu destino, o nosso, comunicamos com clareza nossos sentimentos, respeitamos e somos respeitados.

Agimos com Sabedoria porque ouvimos o coração. É o coração é fonte de Sabedoria.

Estar inteiro é estar no Ser e para estar no Ser é preciso estar Presente, e para estar presente você precisa ouvir e para ouvir você precisa parar, entrar em outro ritmo, centrar-se, perceber o que esta a sua volta.

As vezes a pessoa esta agarrada em seu umbigo. 

Precisamos desenvolver o entendimento da dimensão dessa parte de sí mesmo.

Por isso, estar inteiro é uma Jornada para Vida Toda.

Aonde você está nesse momento? 

No umbigo, no coração, na cabeça ou não sabe?

Cida Medeiros

Terapeuta, o Xamã e o Curador


 
 "Seja qual for a casa em que eu entre, entrarei para Curar"

Juramento de Hipocrátes







Terapeuta é um curador.

O Xamã é um curador.


O mais importante a ser despertado em um Curador é o amor.


Essa qualidade de amor é de uma natureza singular, é preciso abrir esse Campo.

Talvez uma chave para abrir essa porta seria a intenção, o comprometimento, a Ética e trabalho sobre si mesmo.

É uma viagem Arquetipica.

Por isso tem vida, tem substância inteligente e tem lições que se manifestam ao longo da Jornada.

O fundamental trabalho do Curador é prestar atenção no coração, ouvir o Ser, perceber o que tem significado, confiar no que vem da alma. Superar dores e feridas de sua própria insegurança fruto da sua própria história pessoal e confiar na vida.

O Curador é aquele que acorda é diz: "Hoje minha palavra está a serviço do Ser e é fonte de Sabedoria!"

Muitos serão os desafios para o total comprimento dessa missão. Porém o amor conforta, orienta, ajuda e apoia.

Não é fácil ser um Curador, mais para mim é uma Jornada de Vida.

Bem ou mal, governado ou meio desgovernado é estar a serviço em um sentido da vida:

- "O Amor em sua Plenitude"

- Auto-realização.

"O Amor é a mais poderosa energia de cura do universo e a força que está a serviço da Humanidade."

O Amor envolve o Reconhecimento, Aceitação, Consideração, o Valor, a Gratidão e uma profunda capacidade de Discernimento. Por que o amor nessa qualidade do Ser é Justo, Sábio, Generoso, mais também sabe ser firme e presente, mesmo no Limite necessario, quando se ter que dizer "Não", quando se é preciso orientar uma ação.

Mais um amor assim é ancorado desde um outro lugar dentro de sí. Não vem do Ego, vem do Ser. É uma força firme, presente, consistente e que não deixa dúvidas.

Para qualquer Ser Humano, a maior dor é o Amor que não se Manifestou. Para o Curador também.

O Amor é a fonte da vida, sem o qual a vida não tem sentido.

O Saber tem que casar com o Amor.

Pois um amor dessa Natureza é Transcendente.

E o Amor nunca vive só, ele vive e se dá muito bem quando é irmanado. Ele é sustentado pela Verdade. Ele esta dentro de um "Campo" é o "Campo de Possibilidades Infinitas do Divino".

Um Amor assim é de natureza nobre. É perene. Deixa frutos.

Com amor
Cida Medeiros
Terapeuta à serviço do Ser.





Laborátoria de Sustentabilidade em Tecnologia

Agência Fapesp - 21/09/2010

A Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) inaugurou o Laboratório de Sustentabilidade em Tecnologia de Informação e Comunicação (Lassu), abrigado no Departamento de Engenharia, Computação e Sistemas Digitais.

O laboratório atuará nas áreas de ensino, pesquisa, cultura e extensão em engenharia de computação, visando ao desenvolvimento social, à proteção ambiental e ao crescimento econômico sustentável.

Reciclagem de eletroeletrônicos

De acordo com Tereza Cristina Carvalho, professora de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Poli e diretora do laboratório, a proposta é promover pesquisas ligadas à reciclagem de eletroeletrônicos e incentivar a iniciativa privada na elaboração de projetos sustentáveis.

"O principal objetivo é desenvolver pesquisas tendo como meta a sustentabilidade em tecnologias da informação e comunicação, com foco no ensino e na extensão universitária", disse ela.


Segundo a diretora, o laboratório tratará de assuntos como o uso racional de recursos de tecnologias da informação, o tratamento de lixo eletrônico, a inclusão digital no mercado de reciclagem, eco-design e tecnologias para população de baixa renda.

"Queremos desenvolver, por exemplo, um computador que seja mais facilmente reciclável, projeto que envolverá não apenas os alunos da Poli, mas também da área de design de outras faculdades da USP, como a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, além de parcerias com a comunidade", disse, ao salientar que a iniciativa envolverá parcerias com o setor privado.

Responsabilidade social

O Lassu foi criado a partir da atuação do Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), inaugurado em dezembro de 2009, que recebe equipamentos de pessoas físicas para reciclagem.

"A indústria de reciclagem pode gerar empregos, abrindo caminho para projetos sociais como o treinamento de pessoas para ingressar nesta nova indústria", disse Tereza.

Segundo ela, a Poli já tem um programa nessa área, o Poli Cidadã, que reúne projetos de responsabilidade social. "O objetivo é que os alunos desenvolvam tecnologias apropriadas para comunidades carentes", diz.

O Lassu está localizado na Av. Professor Lúcio Martins Rodrigues, travessa 5, nº 97 (ao lado do Cedir), na Cidade Universitária, em São Paulo.

Fonte: Inovação Tecnológica

A Paranóia

 Esse livro "Emergência Espiritual de Stanislav e Christina Grof é fundamental para compreensão dos mecanismos entre a luz e a sombra no caminho do despertar. 
 
Vale a pena ler, aqui reproduzo na integra esse trecho:

A paranóia envolve um complexo de mecanismos mentais, emocionais e sociais; através dele uma pessoa, ou um povo, reivindica para si retidão e pureza, e atribui hostilidade e mal ao inimigo. O processo começa com uma divisão entre o self "bom", com o qual nos identificamos conscientemente e que é celebrado pela mitologia e pela mídia, e o self "mau", que permanecerá inconsciente na medida em que puder ser projetado sobre um inimigo. Através dessa
prestidigitação, fazemos com que as partes inaceitáveis do self— sua avidez, crueldade,
sadismo, hostilidade, aquilo que Jung chamou de "a sombra" — desapareçam e só as
reconhecemos como qualidades do inimigo. 

A paranóia reduz a ansiedade e a culpa ao transferir para o outro todas as características que a pessoa não quer reconhecer em si mesma.

Ela é mantida pela percepção seletiva e pela revocação. Nós vemos e reconhecemos unicamente
os aspectos negativos do inimigo que sustentam o estereótipo que já criamos. 

Por isso, a televisão norte-americana transmite principalmente as más notícias sobre os russos, e viceversa.

Lembramo-nos apenas das evidências que confirmam os nossos preconceitos.

Fonte: Emergencia Espiritual, Crise e Transformação Espiritual - Stanislav e Cristina Grof - Ebook
Para Comprar: Livraria Cultura

Cida Medeiros

Imortalidade Visão de Leonard Orr


Pensamentos de Leonard Orr


A idéia da imortalidade física dá às pessoas a oportunidade de desvendar seu anseio inconsciente de morte e liberta-as da tirania da mentalidade de mortalidade. A ignorância da imortalidade física deixa as pessoas presas na miséria, autodestruição, medo, fracasso e insegurança que causam doenças e dores, violência e guerra, luta pelo poder, impotência e crueldade, degradação humana e a morte em si mesma. A filosofia da imortalidade física liberta a imaginação humana, permite o acesso a enormes reservas de energia e criatividade, cria uma motivação para a paciência e simplicidade e é, em si mesma, um teste de amor e inteligência.

Beatitudes de Yves Leloup


 RaffaelloSanzio - Madonna(detalhe-anjo) - 1513/14

Sermão sobre a Montanha - Beatitudes
Transcrição
(Jean-Yves Leloup - Tradução de Karin Andrea de Guise)

...Antigamente não havia cerca em volta. Mas, estar em marcha, estar a caminho é também atravessar os obstáculos, é ver através da cerca. Então,  foi aqui que Jesus pronunciou o famoso Sermão da Montanha em que ele deu aos seus discípulos não uma lei, mas uma relação.


Moisés transmitiu a lei, orientou o desejo. Jesus transmitiu uma oração, uma maneira de permanecer em todo lugar, em todo tempo, na presença daquele que chamava de seu Pai e essa será a oração do Pai Nosso e nós teremos ocasião de meditarmos essa oração em hebraico, em aramaico, em grego.

Tudo isso para dizer que, para Jesus, a beatitude é permanecer no coração dessa relação, permanecer no amor de Deus, no Sopro que ele nos comunica. E nós meditaremos as Beatitudes em grego e em hebraico.

“Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles será o reino dos céus”. Em hebraico quer dizer: Em marcha, os humilhados de Sopro, aqueles cujo sopro foi cortado! Pois lembrem-se que a palavra “Espírito” que está no texto é a palavra “Pneumaque quer dizer o Sopro. Quando temos o Sopro pobre, quando temos o Sopro cortado, as palavras também são cortadas.

Isso acontece muitas vezes quando temos emoções e não podemos mais respirar. De certa forma, Jesus disse: Em marcha, emotivos! Não se deixem parar pelas suas emoções. Não permaneçam com o Sopro cortado. Invoquem esse grande Sopro da Vida: o Espírito Santo. Invoquem o Seu Reino no interior de vós e assim vocês poderão continuar.

Em marcha, emotivos! Em marcha, aqueles que têm dificuldade de respirar. Em marcha, os angustiados! A palavra angústia quer dizer a passagem fechada. Não é ruim estar angustiado. Não é ruim ser emotivo. Não é ruim ter o Sopro curto, mas Jesus nos convida a não nos deixarmos parar por isso, nos convida a irmos mais longe. A caminho, aqueles que choram, pois eles serão consolados!

Na tradição hebraica, isso deveria ser traduzido: Em marcha, aqueles que estão fazendo o seu luto! Se não fizermos o nosso luto não poderemos ir mais longe. E o que é fazer o seu luto? É aceitar que o passado é passado. Que aquilo que foi jamais será. É a própria condição para sermos felizes, para apreciarmos o momento que nos é dado. Se não fizermos o nosso luto, o passado se projetará sobre o presente. E nos tornaremos incapazes de saborear o momento presente. E fazer o luto de quê? Isto depende de cada um. Para alguns é fazer o luto de uma pessoa amada, de uma criança, de um pai, de uma mãe, ou de alguém muito próximo.

Como dizíamos agora há pouco na igreja, aquilo que conhecemos sobre uma determinada forma não devemos repeti-lo da mesma forma. Trata-se de descobrir uma outra forma de relação com aqueles que não mais estão junto de nós.

Talvez tenhamos que fazer o luto por uma determinada situação, por um lugar, Talvez de uma imagem de nós mesmos. Em marcha, aqueles que estão fazendo o seu luto, aqueles que aceitam que o passado seja passado! Então, eles podem realmente saborear o presente.

Mas se não fizermos o nosso luto, se não aceitarmos que o passado é passado, incessantemente, algo nos fará voltar para trás.

Eu penso numa amiga que veio em peregrinação às margens de Tiberíades. Ela havia perdido a sua neta. A lembrança dessa criança era como um peso que a impedia de avançar, que a puxava sempre para trás. E, ao longo dessa peregrinação, ela compreendeu que a sua neta não era uma bola de ferro que a puxava para trás, mas uma estrela que a fazia caminhar para frente.

E este também é o sentido da peregrinação para Compostela. Vocês sabem que na palavra “compostela” há a palavra “compost” que quer dizer decomposto, cemitério e “stela” - estrela. E esse é o paradoxo: Como transformar o decomposto em uma estrela? Como fazer do nosso caos uma estrela? É através da sensação daquilo que é. Aquilo que foi não é mais. É preciso viver esse amor no presente. E isso, muitas vezes, não acontece sem que derramemos algumas lágrimas. E devemos nos lembrar dessa beatitude relativa às lágrimas, pois existem lágrimas de tristeza, de dor, mas existem lágrimas de maravilhamento, de alegria.

E os antigos monges pediam incessantemente o dom das lágrimas, pois o maior perigo é ter o coração duro, o coração fechado. E aqueles que são terapeutas entre nós sabem  muito bem que quando alguém consegue chorar, tudo melhora. Há algo que se relaxa e que é limpo, mas essas são as lágrimas psíquicas.

Mas existem também lágrimas espirituais, quando estamos diante da presença da beleza e do amor de Deus. Muitas vezes, as lágrimas correm em nós. Como dizia Jesus a  Samaritana: De seu seio correrão fontes de água viva.

E isto não é apenas uma bela metáfora, é também uma experiência. Por isso, não se surpreendam se, em alguns momentos, quando estiveram sozinhos na natureza -  talvez às margens do lago, hoje à noite –, venham as lágrimas. E essas lágrimas são realmente uma benção, pois não somente lavam os olhos mas também lavam o coração. E os antigos diziam: “Se você foi batizado nas águas, mas se não foi batizado nas suas lágrimas, o seu batismo de nada vale”. É um batizado apenas externo.

Trata-se de mergulhar no alimento líquido que está no interior de nós mesmos. Reencontrar esse coração líquido. E através do dom das lágrimas, esse é o sinal da presença de Deus em nós.

Vocês podem perceber que as lágrimas psíquicas fazem os olhos incharem. E temos os olhos vermelhos. Mas as lágrimas espirituais não fazem inchar os olhos. Pelo contrário, elas lavam os olhos. Então, em marcha aqueles que choram! Em marcha, aqueles que estão fazendo o seu luto!

Em marcha, os mansos, pois eles possuirão a terra!  A terra não é dada aos violentos. É por isso que os antigos índios diziam: Caminhe suavemente pela terra, pois ela é sagrada.

Ela é como um corpo humano. Ela resiste à violência, ela se fecha à violência. Ela somente pode se dar à mansidão. Nessa beatitude existe toda uma dimensão ecológica. E devemos respeitar a Terra, ser doce e manso com ela. E aqueles que estão nesta doçura herdarão a terra, a Terra se dará a eles. Se vocês caminharem suavemente sobre a Terra, sobre o caminho, vocês poderão sentir docemente a sua presença. Se vocês observarem suavemente uma árvore, uma flor, ela poderá lhes dar algo de sua presença. Fazer as coisas com mais mansidão. Não é fazer as coisas mais lentamente, mas é fazer as coisas mais conscientemente, com mais presença. Então, o presente da vida poderá se dar a nós. Em marcha, os mansos!  

Em marcha, aqueles que têm fome e sede de justiça! Para os antigos a justiça é harmonia. É como a nota justa, uma música justa.

Devemos nos ajustar à realidade e também devemos dar a cada um aquilo que lhe é devido. Como dizíamos no deserto, dar a Deus aquilo que lhe é devido é dar-lhe adoração. É saber reconhecê-lo como a fonte de nosso ser e de todo ser.  É saber também dar ao outro, ao nosso próximo, aquilo que lhe é devido. E também dar a nós mesmos aquilo que nos é devido. É respeitar a vida que está em nós. Bem-aventurados aqueles que têm fome e sede de justiça! Que tem fome e sede de harmonia!

Em marcha, os corações puros! E o que é um coração puro? Eu creio que é um coração que está sem projeções. Nós não nos conhecemos uns aos outros. Nós nos conhecemos através das nossas memórias, das nossas lembranças, através das nossas repulsas e atrações. É preciso que o nosso coração seja purificado e limpo de todo o temor e de toda a expectativa para conhecermos as coisas tais e quais elas são.

Bem-aventurados os corações puros, pois eles verão Deus! E ver Deus é ver a realidade tal e qual ela é. Como diz Jesus nos Evangelhos: o que é, é; o que não é, não é.  E tudo o que dizemos a mais, isto vem do mentiroso. Alguns traduzem: “Isto vem do mental”.  Devemos ver a realidade tal e qual ela é.

A primeira Epístola de São João nos diz que veremos Deus tal e qual Ele é; não como nós o pensamos, não como nós o imaginamos, não como nos ensinaram, mas como Ele é. E nós nos tornaremos parecidos com Ele. Apenas Deus pode conhecer o Deus em nós. Apenas o nosso silêncio pode conhecer o silêncio do Absoluto.

A questão é: Como ter o coração puro? Eu penso em uma imagem (?) “Nós não bebemos champagne dentro de um penico”, pois a champagne vai ter um gosto ruim. Quando falamos de amor é o amor que colocamos em nosso coração e que pode se assemelhar a um penico. Ele tem o gosto do nosso ego, dos nossos ciúmes, da nossa vontade de possuir, do nosso medo de perder.

Para sabermos o que é o amor é preciso ter o coração puro. Mas é preciso toda uma vida para aprendermos a amar.

É por isso que Jesus disse: “Em marcha, um dia você amará!”. Jesus jamais disse: “Amarás!”. Não é uma ordem. Não é um dever. Isto é uma esperança. Hoje, talvez você ame pouco no seu coração, mas um dia você amará como todo a sua inteligência, com todo o seu coração e com toda a sua força. Você amará por inteiro e isto é uma esperança, é um caminho, é um vir a ser. E estar em marcha é, a cada dia, purificar-se um pouco mais. É limpar o nosso cálice.

É melhor falar do Graal do que do penico. Mas é a mesma questão. É preciso limpar o cálice de tudo aquilo que está dentro dele para saborearmos o néctar que deve ser vertido lá de dentro. A busca do Graal é a busca do nosso coração. É o cálice que pode conter o amor, que devemos purificar incessantemente. Em marcha, aqueles que purificam o seu coração, pois eles conhecerão o amor e verão Deus!

Em marcha, os misericordiosos! Andre Chourraqui traduz: “Em marcha, os matriciais!”. Vocês conhecem esta palavra “matricial”? Não basta ter apenas um coração, mas é preciso ter também um ventre, uma matriz.  Ter entranhas, entranhas de misericórdia. Você deve amar todos os seres como uma mãe ama os seus filhos. Isso é a misericórdia, a compaixão. Não basta ter um espírito claro, um coração amoroso. É preciso ter também entranhas, essa sensibilidade do corpo que nos permite acolher o sofrimento, mas também a alegria do outro. Não é apenas um amor sentimental, mas é um amor encarnado.

Os japoneses e os chineses falam do hara. É a importância de ter um centro vital. Em marcha, aqueles que têm entranhas! Isto significa ser capaz de misericórdia, capaz de compaixão. Existe aí uma felicidade profunda.

Um dia, o Dalai Lama me disse que nós poderíamos passar sem religião, mas que não poderíamos passar sem compaixão. É exatamente isso que diz Jesus. A sua religião vale pela compaixão que vocês nela colocam, porque esta compaixão e esta misericórdia é uma participação na vida de Deus. Aquele que não ama, segundo o Evangelho de João, não conheceu Deus. Aquele que ama permanecerá em Deus e Deus permanecerá nele. É isso é muito fácil de compreender, mas é preciso toda uma vida para descobrir. “Em marcha!” é todo um caminho. É um caminho de descoberta. A beleza e a grandeza da compaixão.

Em marcha, os artesãos da paz! Ele emprega a palavra “artesãos”. Ele não  emprega a palavra (?). Muitas vezes, hoje em dia, quando falamos de paz, falamos de uma forma muito geral, muito bela, mas nem sempre muito concreta. O artesão é alguém que faz algo do início ao fim. Quando estamos em uma indústria, nós fazemos pedaços de uma coisa, nós não fazemos nenhum objeto por inteiro.

E aqui encontramos a etimologia da palavra paz - shalom em hebraico - que quer dizer ser inteiro. Nós não estamos em paz porque não somos inteiros. Existem elementos do nosso ser que estão faltando. Para alguns é o elemento espiritual; para outros é o elemento intelectual; para outros é o elemento afetivo; para outros é o elemento carnal. Para estarmos em paz devemos estar inteiros. E para nós tornarmos inteiros é preciso um trabalho de artesanato, um trabalho de paciência.

E eu penso em um antigo rabino de Jerusalém que me dizia que o Messias não pode chegar enquanto a paz não for feita entre os diferentes quarteirões de Jerusalém. Mas, ainda mais profundamente, haverá a paz nos diferentes quarteirões de Jerusalém, quando tivermos feito a paz entre os diferentes quarteirões dentro de nós mesmos.

Quando formos a Jerusalém nos perceberemos que cada quarteirão tem um cheiro e que, muitas vezes, existem fronteiras invisíveis. E, muitas vezes, não existe comunicação entre pessoas que vivem muito próximas umas das outras.

E como eu fiquei surpreso ao ver isto, um velho rabino me disse: Olhe dentro de você mesmo e veja se a sua cabeça está se comunicando bem com o seu coração. Observe se o seu ventre está se comunicando com a sua cabeça. Observe os seus diferentes quarteirões: Será que eles estão em paz uns com os outros? É por aí que devemos começar.

É como o jovem Davi que uma noite recebeu um sonho. E Deus lhe diz neste sonho: Davi! É preciso que você salve o mundo!  E ele responde: Sim, senhor! Mas o mundo é grande. Por onde eu devo começar? Talvez eu deva começar pelo meu país. Mas o meu país é grande - sobretudo se é um país como o Brasil. Talvez eu deva começar pela minha região, mas a minha região é grande. Talvez eu deva começar pela minha cidade, mas a minha cidade é grande. Bem, então eu vou começar pelo meu edifício. Pouco a pouco, Davi vai voltando para o seu quarto.

Então, começar a fazer a paz no mundo é começar a colocar ordem no seu quarto. Colocar ordem e paz no seu próprio mundo. Sobretudo colocar ordem e paz no seu próprio coração. A paz é um artesanato e o artesanato começa com as coisas mais simples e concretas do cotidiano.

Se houver paz - um pouco de paz - no nosso espírito, haverá um lugar onde haverá paz no mundo. Não um discurso sobre a paz, mas uma paz verdadeira. Se houver um pouco de paz no nosso coração, haverá um lugar  no mundo onde haverá paz. Isto não é apenas a mística, não é apenas poesia. Isto é física. Não podemos arrancar um pedaço de grama, sem que perturbemos uma estrela. Todo homem que se ergue, erguerá o mundo. Toda pessoa que, artesanalmente, fizer a paz em si mesma, na sua família, entre os seus próximos,  estará realmente colaborando para a paz no mundo.

E vocês conhecem o trabalho de Rupert Sheldrake sobre os campos morfogenéticos. Ele nos lembra que tudo está interligado. E isto quer dizer que a paz começa no interior de nós mesmos. A paz no mundo começa pela paz nos nossos pensamentos, no nosso coração, nas nossas ações.

Em marcha! E esse também é todo um caminho. Nós não podemos falar de paz se não estivermos em paz em nós mesmos. E se vocês perceberem, quase todos os lugares em que falamos de paz, muitas vezes, são lugares que estão em conflito.

Yerushalaim quer dizer a cidade da paz. E vocês sabem o que se passa em Jerusalém. Há, ao mesmo tempo,  o conflito, mas há também alguns artesãos: os homens e mulheres de boa vontade. A paz que está em marcha.

E chegamos assim à última beatitude que pode parecer estranha: “Bem-aventurados os que são perseguidos em nome da justiça”. Em marcha, aqueles que têm provações a serem atravessadas! E por que aqueles que vivem perseguições em nome da justiça são declarados bem aventurados? Porque eles podem fazer a experiência  de Jesus quando ele fala a respeito do amor aos inimigos. Amar seus inimigos não é um amor natural. O natural é amar seus amigos. E, às vezes, também é difícil, mas devemos começar por aí. E se conseguirmos amar nossos amigos, o coração se abrirá. E, muitas vezes, seremos capazes de amar aquele que não nos ama, ou aquele que nós não amamos.

E esse amor não é um amor físico, não é um amor humano. É um amor divino em nós. Há psicanalistas entre nós que sabem que amamos para sermos amados.  Isto é natural. Mas, algumas vezes, podemos amar aqueles que não nos amam. E este é o sinal da presença de Deus em nós.

Quando perguntei ao Padre Serafim: Quando eu posso ter certeza de que o Espírito Santo está em mim? Ele me disse: É quando você ama os seus inimigos, porque existem maus espíritos que podem fazer milagres, curar os doentes, mas nenhum mau espírito pode amar os seus inimigos. Apenas o Espírito Santo. Apenas o coração de Deus.

E quando eu perguntei: Onde está a verdadeira Igreja? Porque os católicos romanos dizem que esta é a verdadeira Igreja. Os pentecostais dizem que a deles é a verdadeira igreja. Os evangélicos dizem que a deles é a verdadeira igreja. Os ortodoxos também.  Cada um tem a tendência de dizer “A verdade está comigo”.  E ele me disse: A verdadeira igreja é lá onde amamos os nossos inimigos. Lá onde somos capazes de amar o outro na sua diferença.

E é necessário amar o inimigo no interior de nós mesmos. Tudo aquilo que não é aceito, não é salvo. Há lugares e há coisas em nós que não amamos. Existem sombras a serem aceitas. Enquanto as recusarmos, elas se fortificarão.  Apenas aceitando-as, elas poderão se transformar.

Então: Bem-aventurados, aqueles que amam os seus inimigos! Aqueles que não têm medo de não serem amados. Aqueles que não têm medo de serem caluniados ou perseguidos, pois eles descobriram em si a grande liberdade: a liberdade do amor que ama de uma maneira incondicional. E esta é a presença do Cristo no interior de nós.

Mas este é um caminho. E, talvez, ainda não tenhamos chegado. Ainda não conhecemos esta liberdade e esta felicidade. Mas estamos em marcha em direção a isso. E nós podemos pedir ao Espírito que soprou sobre esta montanha que nos inspire no nosso caminho para que possamos aprender a amar. Para que possamos aprender a fazer o luto do nosso passado para melhor vivermos o presente. Não ter medo das nossas emoções(?) a  atravessar. Atravessar os nossos medos.

Desenvolver em nós essa pureza e essas entranhas de compaixão. Que nós todos nos tornemos artesãos da paz e que o mundo no qual vivemos torne-se um pouco mais sereno, que tenha um pouco mais a manifestação do bem-aventurado que mora dentro de cada ser. E nós podemos orar alguns instantes e que Jesus escute a nossa oração.


Usina de Bel Monte

25/02/2011 - 20h56
Justiça suspende licença parcial da Usina de Belo Monte na Amazônia

Rio de Janeiro, 25 fev (EFE).- Um juiz do Tribunal Federal do Pará ordenou nesta sexta-feira a suspensão imediata da licença que autorizava o início das obras da gigantesca central hidroelétrica de Belo Monte na floresta amazônica.

A construção da represa, que será a terceira maior do mundo com uma capacidade máxima de 11.233 megawatts, gerou diversas críticas de ecologistas, camponeses e indígenas, que temem pela degradação do rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas.

Vontade-Poder



O primeiro temperamento Vontade e Poder

No auto-conhecimento o Raio da Vontade expressa como uma capacidade de "querer", de "determinar-se" e de "auto-governar-se".

A autoconsciência ou a ciência de ser um "Eu" é um ponto central de consciência firme e estável, que dá o senso de identidade pessoal e integridade psicológica.

A vontade age através do "Eu" e podemos, portanto a auto-consciência é um "Eu" que se conhece, e a vontade torna-se um Eu que se governa.

"A vontade é um poder de auto-governar-se."

Quem experimentou a vontade como realidade interior, sabe que ela é uma força que, no que se refere à consciência comum de personalidade, apresenta-se como alguma coisa que esta fora do eu, de tal modo que pode governá-la e determiná-la.

O pensamento é a atividade criadora, mas a vontade é a sua força motriz.

A vontade sabe o que quer e também sabe como obter o que quer.

De quem é a vontade? À quem pertence? O que é a vontade?

O desejo é com frequencia, mais contemplativo e relativamente passivo.

 O desejo passa...

Experimente perceber um desejo, se for de comprar algo, experimente esperar... verá que ele passa... se você comprar perceberá que ele passa do mesmo jeito.

Agora a vontade é diferente...se o desejo estiver atrelado a uma forte vontade então ela se realizará a qualquer custo...

A vontade produz: força, firmeza, decisão, coragem, perseverança, sinceridade, capacidade de dirigir e de governar, de legislar, formular planos e uma visão ampla e impessoal, com senso de justiça.

O lado negativo: Orgulho, ira, dureza, crueldade, ambição, obstinação, destrutividade, isolamento egoístico.

A Energia do Raio da Vontade expressa-se em todos os indivíduos inclusive os egoístas e poucos envolvidos e presos aos instintos baixos e mesquinhos. Por isso é uma força perigosa e nociva, pode causar muito mal quando utilizadas por pessoas sem um desenvolvimento adequado do seu centro de auto-consciencia.

Pessoas que possuem uma poderosa vontade mais sem uma adequada conexão com a Essência, com o Ser, com a presença, com uma escuta cuidadosa, com uma comprometimento sustentável, dotado de uma vida interior, de princípios éticos e até mesmo de uma boa educação são mais vulneráveis de agir de forma egocêntrica, destrutiva, sem importar-se com os demais, com a vida humana e com as conseqüências a longo prazo. São impiedosos e egoístas.

Pessoas menos evoluídas e ciente da totalidade da experiência humana, normalmente dirigem seus objetivos passando por cima de pessoas, destroem tudo o que se apresentam como obstáculos, são duras consigo mesmas e com os outros. Pois o que importa é expressar a potência de sua vontade e conseguir o fim pretendido.

Esse fim pretendido muitas vezes está baseado num falho sistema de crenças, numa visão entorpecida pelo poder, pelo imediatismo e quase sempre pelo Egocentrismo. Um único ego, soberano, etnocêntrico, agindo com poder pelo destino de milhares, mas sem nenhum sentido de valores e sem qualquer diálogo.

Tipo: "Eu sei o que é melhor pra você!" Obedeça!

A crueldade é uma conseqüência inevitável da decisão de alcançar uma meta, de estar no poder, de querer ser o sempre Certo e o dono da verdade, e que torna a pessoa insensível a qualquer outra coisa. Destroem até mesmo as aspirações sentimentais e qualquer outro desejo.Não existe espaço para o Amor, apenas para as paixões.

Odeiam a poesia pois essa representa sutilezas de uma alma sensível que nesses indivíduos esta aniquilado.

Inconscientemente tem desprezo por sentimentalismo, afetividade, emotividade, doçura, piedade é considerado uma fraqueza a ser evitada. O que resulta numa vontade mal dirigida, desprovida de consciência,
e que tem como conseqüência a violência, a brutalidade, o homicídio, a guerra e o conflito.

É a ação que desvincula a pessoa humana do outro, que descarta, que substitui, que não se importa, que é indiferente, que julga, que seleciona, que joga no lixo.

Quantos já não se sentiram assim? Jogados ao lixo?

O lado positivo de quem manifesta a Energia do Primeiro Raio da Vontade é Coragem, força, resistência, sinceridade que nasce da mais absoluta ausência de medo, capacidade de governar, firmeza, decisão, senso de justiça, capacidade de aprender vastos problemas com larga visão.

Virtudes do primeiro raio:

Ternura, humildade, compaixão, doçura e amor.

E aquela alma humana que inspirada em altos ideais, tocada pelo divino expressa sua grandeza.

Sua nobreza está desde os pequenos gestos e estende-se ao longo de todas as suas ações. Sempre generosas, cumplices, amorosas, amigas, que incluem, que sustentam e dão um norte.

É o Ser Diamante expressando sua qualidade em toda a humanidade...

Cida Medeiros

Meditação para abençoar o Planeta Terra

"(...) A mera existência de um Santo é uma benção - a mera existência de um herói dá força e coragem; a mera existência de alguém de grande fé cria a fé e a de alguem que muito confia gera a confiança.
Além disso, é a irradiação silenciosa e sem esforço do ser profundo que assegura ação mais poderosa a distância."

No livro Meditação - Caminho da Auto-Realização, T. Saraydarian, ensina uma Meditação para se fazer para toda a humanidade.

Ele pede que visualizemos o Planeta Terra e toda a Humanidade, que elevemos nossos pensamentos aos Planos Mentais Superiores e a partir dessa sintonia fina, começamos a irradiar energias de bençãos para todo o Planeta, toda vida que existe e toda a humanidade.

Ele diz que a benção poderá ser muito mais poderosa se a pessoa conectar-se com o plano sutil que ele chama de intuição e contatar a Bem Aventurança.

Avançando mais ainda, a pessoa, da qual ele chama de discípulo, poderá entrar em contato com o um plano mais elevado ainda, o átmico e ali ele pode entrar em contato com a energia de paz, com a energia nirvânica e com um ato de vontade pode irradiar essas três energias ao mundo todo, de forma que toda forma viva é tocada por essas energias e abençoada.

Ele ensina também que o discipulo ao final da meditação desloque sua consciencia para o centro da cabeça e visualize uma figura de um diamante que repousa numa estrela sobre sua cabeça com essas três energias derramando-se sobre o centro dessa estrela.

Ele explica que deve-se reter por alguns segundos essa forma no plano mental e visualizar a energia fluindo para estrela e através dela, irradiando-se para o mundo todo, enviando alegria, bem aventurança e paz a todas as formas de vida.

Nessa meditação devemos pesar em termos de Universo e da Vida como um todo, jamais com propósitos pessoais ou focando a atenção em sí mesmo.

Quando fazemos isso, unimos nossa intenção com esse plano de elevada vibração e nossa aura será carregada com uma freqüência eletromagnética que espalhará na atmosfera do planeta.

Na medida que vamos praticando e abençoando todas as formas de vida, vamos alcançando uma qualidade ainda mais superior e isso permite em todo mundo um processo de liberação e tudo é permeado com um amor maior.

E um sentido interior de unidade, paz, alegria e universalidade calam profundamente o coração e a mente humana.

Em sua Meditação você deve dizer: "Que a alegria, a bem aventurança e a paz se derramem sobre o mundo."

Assim, falei

Cida Medeiros

O Ser

Contemple o Ser que há em tí.

Busque o Ser que está além de tí.

Inspire o Ser.

Viva no Consciência de ser o Ser.

Sê ciente do "Ser" que és.

O Ser é o que você é...em essência.

No silêncio você comunga o Ser.

E transcende todos os sofrimentos humanos.

Cida Medeiros

Um trecho de Upanishad

- Aquele que inspira com a inspiração é o Ser que está em ti e permeia
todas as coisas; 

- Aquele que respira juntamente com a sua "respiração difusa"
é o Ser que está em você e permeia todas as coisas. 

- O que respira juntamente com a sua "respiração superior" é o Ser que está com você e permeia todas as
coisas: 

- Ele é o ser que está em você e permeia todas as coisas". 

Brihadaranyaka Upanishad

Diálogo de  Ushasta Chakrayana e Yajñavalkya

Sobre a Realidade


Essa foto foi tirada em Almada, Ubatuba.

Um lugar que aprecio muito estar.

A reflexão de hoje começa com essa afirmação de Karlfried Von Durckheim:

"Aquilo que não o mata o faz crescer".

Isso faz lembrar que o mais importante é a vida que circula em nós, por isso, sempre dizemos: 

- Enquanto à vida há Esperança". 

Pois essa vida, da qual refiro-me é inteligente e possui uma natureza com seus mistérios intrínsecos.

A vida é um pulsar continuo de possibilidades, precisamos estar abertos para apreciar e perceber o que pode estar nascendo em cada oportunidade que a vida nos oferece.

Pois a vida em si é Sábia.

Cabe a cada um de nós, rever o que habita dentro.

Dulce Magalhães, em sua criativa Home Page chamado de Work, logo na apresentação diz: 

"A realidade é como uma bolha de sabão".


"Nós não vemos as coisas como elas são, nós vemos as coisas como nós somos."

Se Meditarmos sobre isso veremos nessa afirmação uma convite para o auto-conhecimento.

O que acontece com um bolha de sabão?

Ela dura muito pouco...explodem por sí mesmo ou no contato mínimo com outro objeto. 

Devemos estar abertos para rever nossos Paradigmas Internos. 

Atualizar o nosso olhar.

O que vemos é real?

ou

é seu olhar que permaneceu congelado?

Seus pensamentos enrijecidos?

Convidando sempre as mesmas emoções a vir à tona?

O quanto se colabora para o mesmo "Estado de Coisas'?

Aquilo que pensamos ser a "realidade", pode ser na verdade uma grande ilusão, estar prestes a mudar de forma ou já ter mudado e você não se deu conta...ainda...

Por isso...

Nossos pensamentos diante da vida podem ser semelhantes a uma bolha de sabão...

  Explodir por sí próprios ou no mínimo contato com o que esta fora. 

Mostrando claramente a fragilidade do mesmo e a sua natureza impermanente.

Agora:

 Um pensamento pode escravizar tanto como qualquer outro sentimento ou comportamento automático, quando não paramos para refletir sobre eles e queremos que eles permaneçam para sempre.

Todo pensamento congelado no tempo, cristalizado, pode gerar resultados muito negativos no contexto mais amplo da vida humana.

Por isso, o pensar que está sintonizado com a Essência da vida tem uma dinâmica  naturalmente evolutiva.

Percebam que a bolha também reflete e é como um espelho.

O que quer que aconteça fora de você, estará em ressonância com o que existe dentro.

Por isso: 

"Transforme seus pensamentos e ganhe uma vida com mais Consciência."

Cida Medeiros










Sonhos

"As imagens do sonho podem representar um ancestral, o espírito de um sábio que procura nos guiar ou o duplo sensível de uma pessoa que tu amas e que se recusa a deixar teu espírito. Personagens inquietantes aparecem por vezes nos sonhos. Não te pertubes. Eles não passam de partes ruins de ti mesmo. Aprende a adormecer colocando-te sob a proteção de teus aliados. Volta teu sonho para o lado do Sol."


Ensinamento extraido de "Princípios da Vida" - Tradição Indígena norte-americana.

O sonho pode ser um aliado de poder, resgatando a comunicação com seu EU mais profundo em conexão com a Natureza, comece hoje mesmo a colocar um intenção nos seus sonhos, uma intenção de orientação, de advertência, de ensinamento, assim, através do poder da intenção você poderá ter esse recurso de orientação.

Todas manhãs, procure relembrar as imagens, que levarão a lembrá-lo do que sonhou. Anote. Assim poderá ter esse recurso a mais para orientá-lo em seu caminho.

Ahow!

A importância da Presença.


Para se ter "presença" em nossas ações é preciso desenvolver a prática da meditação constante. 

Estar presente oferece uma grande oportunidade da "Consciência Pessoal" estar em conexão com  a Essência, ou com seu Ser de Luz ou até mesmo com as forças espirituais do Universo que podem mover muita energia de cura. Ajudando e atuando com mais firmeza, clareza e sabedoria, sobre nossos des-controles internos.

Os des-"controles" internos, podem ter muitas origens.

Estar presente, despertando a "presença" para resgatar a sabedoria do corpo. A muito perdida...

Os condicionamentos internos são padrões limitantes, que leva a comportamentos viciados e repetitivos.
 
Para se ter domínio sobre si mesmo é necessário força de vontade.

É dizer e sustentar com muita clareza e dignidade o "Não", para aquilo que não lhe faz bem e o "Sim" para aquilo que é bom, saudável e sustentável.

A prática de uma vida interior aumenta a condição de você estar mais presente em suas escolhas. E com a qualidade do Ser que é repleto de sabedoria e é a essência do que você é.

Meditação é a busca da unicidade. O Vedanta. A não dualidade.

É diferente de trabalhar com imagens mentais, pensamentos, visualização e outros. Isso é apenas uma etapa do processo de Meditação da qual me refiro. A gente começa por ai, mais é preciso transcender essa etapa.

Quando alcançamos esse domínio interno de entrega e calma, temos mais recursos para ouvir as sutilezas que envolve o nosso bem estar ou mal estar.

Se não estamos atentos a essa linguagem que vem da alma em conexão com a "Maestria" que vem da Natureza sábia que habita em nosso corpo, não temos força de vontade para seguir com decisões que ajudem a superar o mal hábito. Isso faz uma grande diferença no resultado de nossas ações no mundo.

Tem uma força de vontade que vem do Ego e tem uma força de vontade mais desperta e que está em sintonia com a alma.

O corpo é como um "Cavalo" selvagem, precisa ser despertado com a gentileza e a presença do nosso "Ser", para resgatar a sabedoria da natureza em conexão com nossa Essência de Luz, que é amorosa e lúcida.

Se não, podemos nos perder nos véus das ilusões e ficar patinando por horas a fio num espaço limitado de gelo no chão, achando lindo nossa performance, mais iludidos com a falta de percepção de si mesmo, sem saber ouvir as necessidades do corpo, sem respeitar seus limites, sem dar a ele a provisão necessária para a manutenção da saúde, sem perceber que ele faz parte de um todo e esta a serviço de manutenção de uma vida interior que urge ser ouvida.

A vida do corpo está limitada a certas leis desse plano de realidade. 

Sabemos, por exemplo; que se bebemos continuamente bebidas com alto teor de álcool, o nosso organismo estará propenso a desenvolver uma dependência orgânica que poderá apoiar-se em uma fragilidade emocional o que resultará em problemas de diversas naturezas e uma dificuldade de manter o controle sobre o desejo de beber. Com o tempo as conseqüências se fazem notar, infelizmente. 

A maneira como você  lida com seus pensamentos, suas emoções, com sua energia, com suas escolhas, com seus hábitos é de sua inteira responsabilidade.

O auto-conhecimento e a vida espiritual pode ajudar muito na auto-superação.

Então, faça sua parte.

Cida Medeiros


Gestão da Mente Sustentável

Mercado Ético, através de Christina Carvalho Pinto entrevista o Dr. Evandro Ouriques, sobre a Gestão da Mente Sustentável.

Primeira Parte



Segunda Parte



Terceira Parte




Christina Carvalho Pinto conversa com o professor Evandro Ouriques, que é pós-doutor em cultura em comunicação, globalização de mercados e responsabilidade etica e é também especialista em gestão da mente sustentável.

Site do Dr. Evandro Ouriques

O Eremita

À procura do Eremita

Sob o pinheiro pergunto a criança.
Diz que o mestre foi colher ervas.
Apenas se sabe que encontra-se nesta montanha.
Em algum lugar coberto de densas nuvens.

Jim Dao

Uma alegória da Alquimia Interior do Taoísmo. Faz uma alusão à chegada do peregrino em busca de sua iluminação.

Chega um ponto do caminho que é preciso des-construir antigas formas de pensar em busca de um novo estado de Ser. Abandonar o antigo e seguir um novo caminho.

A nova revelação só é possível na quietude da mente, no silêncio interior, no caminhar no desconhecido, onde reside o mistério e o insondável.

A Montanha é simbolo de quietude e meditação. Só quando silenciamos o corpo e a mente é que conseguimos alcançar um estado mais ampliado de consciência e podemos sentir as energias sutis.

A Erva representa a energia vital que traz a cura, a transformação do corpo e do espírito, algo muito necessário para alcançar a imortalidade.

A criança simboliza o rejuvenescimento, a pureza. Todo coração purificado de ódios e maldades torna-se esteio da energia pura da criança.

O pinheiro é simbolo de rejuvenescimento pois mesmo na época mais fria, nunca perde suas folhas. Um exemplo de força e persistência para todos que estão à caminho.

O eremita é o sábio que habita dentro.

O estar só do Eremita é diferente da solidão sentida por quem se sente desemparado interiormente e não consegue ficar consigo mesmo.

O Sábio é um estágio de desenvolvimento.

É quando podemos estar à sós com o manancial de riquezas que brota ao contato com sua Maestria Interior.

A Humildade nós torna sábios, verdadeiros, simples, congruentes e sintonizados com o sutil.

Cida Medeiros



Consumo Consciente 6 "Reciclar"



A série Consciente Coletivo faz reflexões sobre os problemas gerados pelo ritmo de produção e consumo de hoje. Tudo de um jeito simples e divertido. Entre os assuntos estão sustentabilidade, mudanças climáticas, consumo de água e energia, estilo de vida, entre outros, que permeiam o universo da consciência ambiental.