Bem Vindo ao Blog Cida Medeiros! Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros: Autismo, Audição e Nervo Vago: A Nova Esperança Terapêutica que Poucos Conhecem

Autismo, Audição e Nervo Vago: A Nova Esperança Terapêutica que Poucos Conhecem

 


Autismo, Audição e Nervo Vago: A Nova Esperança Terapêutica que Poucos Conhecem

Você sabia que o que ouvimos — e como ouvimos — pode estar diretamente ligado a muitos dos sintomas do autismo?

Essa descoberta tem transformado a forma como compreendemos o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, mais do que isso, tem inspirado novas abordagens terapêuticas não invasivas, baseadas na Teoria Polivagal, desenvolvida pelo neurocientista Stephen Porges.

🧠 O Que Isso Tem a Ver com o Nervo Vago?

O nervo vago é um dos principais nervos do nosso corpo. Ele conecta o cérebro a diversos órgãos e está diretamente ligado ao nosso estado emocional, social e fisiológico.

Mas o que poucos sabem é que ele atua em conjunto com outros nervos cranianos responsáveis pela audição (como o nervo trigêmeo e o facial), que por sua vez controlam músculos do ouvido médio — sim, aqueles que nos ajudam a filtrar a voz humana em ambientes ruidosos.

Agora imagine: se esses músculos não funcionam bem, a criança ouve, mas não entende claramente. Isso afeta drasticamente sua capacidade de comunicação, aprendizado da linguagem e interação social.

🎧 O Projeto de Escuta: Uma Revolução em Curso

A partir dessa descoberta, foi criado o Protocolo do Projeto de Escuta (Listening Project Protocol), uma abordagem terapêutica que utiliza músicas modificadas para estimular os músculos do ouvido médio.

Essa terapia tem mostrado:

  • Redução da hipersensibilidade sonora (hiperacusia)

  • Aumento da expressividade facial e engajamento social

  • Melhora significativa na atenção e linguagem

O mais impressionante? É não invasivo, prazeroso e baseado em ciência.

🌱 Como isso pode transformar o cuidado com pessoas autistas?

A proposta é simples: em vez de “corrigir” comportamentos, criamos condições para que o sistema nervoso se sinta seguro, e então o corpo responde de forma mais saudável, integrada e social.

Como explica Stanley Rosenberg, autor do livro Acessando o Poder de Cura do Nervo Vago, “quando o sistema nervoso se manifesta em um estado de segurança, o corpo todo se torna receptivo à cura”.


🔎 Quer se aprofundar?

Aqui estão algumas fontes confiáveis e links para continuar sua pesquisa:


✨ Conclusão

Estamos diante de uma mudança de paradigma. O autismo não é apenas uma questão comportamental

 — é uma questão neurofisiológica profundamente sensível ao ambiente e ao estado do sistema nervoso.

E é justamente aí que podemos agir com empatia, ciência e amor.

Se você é terapeuta, cuidador, pais ou simplesmente curioso, esse é um convite para olhar para o autismo com novos olhos — e novos ouvidos.


Cida Medeiros

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