Hubble Space Telescope Journey to Galaxies, Universe, Nebulas and Stars with the Sounds of Heaven
Meditar sobre esse vídeo ajuda a Mente se desidentificar e ampliar horizontes.
Boa viagem!
Cida Medeiros
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Explorando a Interseção da Psicologia, Espiritualidade e Ciência
Podemos ir até a porta e trabalharmos todas as nossas questões internas e ficar bem com esse ponto e sentirmos muita realização com isso, mais podemos ir além do horizonte e mergulhar no fundo do oceano cósmico e nos libertarmos definitivamente das ilusões da vida terrena e com isso trancender e alcançar o melhor de nós mesmos.A ideia de que a oração pode influenciar a realidade material, como a manifestação da abundância, pode parecer mística à primeira vista. No entanto, a neurociência oferece uma perspectiva fascinante sobre como práticas como a "Oração para Manifestação de Abundância" podem, de fato, impactar nossa mente e, consequentemente, nossas ações e resultados.
Não se trata de magia, mas sim da intrincada relação entre nossos pensamentos, emoções e a química cerebral que molda nossa percepção e comportamento.
Vamos desmistificar como os elementos dessa oração podem ser compreendidos sob a ótica da neurociência:
1. Foco e Atenção Sustentada: Modelando Circuitos Neurais A instrução para realizar a oração "com tranquilidade e de forma concentrada, por um período mínimo de 30 dias, sempre no mesmo horário (criação de ritmo)" é um convite direto à prática da atenção plena e da repetição.
Neurociência: A repetição e o foco em um determinado pensamento ou intenção ativam e fortalecem as redes neurais associadas a essa ideia. O córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento, tomada de decisão e atenção, é altamente envolvido. Ao focar consistentemente na ideia de "abundância divina" e "herança", você está, metaforicamente, "religando" seu cérebro para priorizar essa percepção e buscar oportunidades alinhadas a ela. A criação de um ritmo (horário fixo) ajuda a solidificar esses padrões neurais, tornando a prática mais automática e eficaz ao longo do tempo.
2. Linguagem Afirmativa e Declarações "EU SOU": O Poder da Auto-Sugestão As frases como "EU SOU manifestando, recebendo, aceitando e permitindo minha divina abundância" são afirmações poderosas que declaram um estado desejado como já presente.
Neurociência: O cérebro não distingue facilmente entre uma experiência vívida imaginada e uma experiência real. Ao repetir afirmações positivas, você ativa o sistema de recompensa do cérebro, liberando neurotransmissores como a dopamina, que reforçam essas associações positivas. Além disso, essas declarações podem influenciar o sistema de ativação reticular (SAR), uma parte do cérebro que filtra informações e direciona nossa atenção para o que consideramos importante. Ao focar na abundância, seu SAR começa a identificar mais oportunidades e recursos que antes poderiam passar despercebidos.
3. Gratidão: O Otimizador de Bem-Estar Cerebral A oração enfatiza a gratidão: "EU SOU agradecido ao meu Deus Pai/Mãe por está abençoada prosperidade."
Neurociência: A prática da gratidão tem sido amplamente estudada e comprovada por seus benefícios neuropsicológicos. Ela ativa áreas do cérebro associadas ao bem-estar, como o córtex pré-frontal medial e o hipotálamo, que regulam o estresse. A gratidão também estimula a liberação de ocitocina ("hormônio do amor e da conexão") e serotonina ("neurotransmissor da felicidade"), promovendo sentimentos de contentamento e reduzindo a percepção de escassez. Um estado mental de gratidão nos torna mais receptivos e abertos a experiências positivas.
4. Visualização e Movimento (Mudra): Envolvendo o Cérebro Inteiro A instrução para "erguer os braços em uma forma de taça sobre sua cabeça e visualizar a abundância de bênçãos e graça, sendo derramada sobre você" incorpora a visualização e o movimento corporal.
Neurociência: A visualização ativa as mesmas áreas cerebrais que seriam ativadas se a experiência estivesse realmente acontecendo. Isso fortalece as vias neurais associadas ao objetivo desejado. Quando combinada com movimento (mudra), a visualização se torna ainda mais poderosa, pois o corpo e a mente trabalham em conjunto, criando uma experiência multi-sensorial. Isso aprimora a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões neurais.
5. Conexão e Propósito: Reduzindo o Estresse e Aumentando a Resiliência A oração fala em "relembrar ou refazer nosso vínculo consciente com o Divino" e "cumprir Seus Planos para mim".
Neurociência: Sentir-se conectado a algo maior que si mesmo, seja uma força divina, uma comunidade ou um propósito de vida, pode ter um impacto profundo na saúde cerebral. A sensação de propósito e pertencimento ativa o sistema parassimpático, responsável pelo relaxamento e recuperação, e pode reduzir a produção de hormônios do estresse como o cortisol. Isso não só melhora o bem-estar mental, mas também a capacidade de lidar com desafios e perseguir metas com mais resiliência.
Em resumo, a oração da abundância, sob uma lente neurocientífica, não é um pedido passivo ao universo. É uma ferramenta ativa para reestruturar sua mente. Ao praticar consistentemente o foco, a gratidão, a visualização e afirmações positivas, você está:
Fortalecendo as vias neurais associadas à percepção de abundância e oportunidade.
Modulando a química cerebral para promover estados de bem-estar, otimismo e resiliência.
Direcionando sua atenção para recursos e possibilidades que antes você não percebia.
Influenciando suas ações de forma inconsciente e consciente para buscar e criar a abundância em sua vida.
A oração, nesse contexto, torna-se um treinamento mental que capacita o indivíduo a se alinhar com seus objetivos, remover bloqueios mentais e agir de forma mais eficaz para manifestar sua "herança divina", que, do ponto de vista neurocientífico, pode ser interpretada como seu potencial inato e as oportunidades que surgem quando você está em um estado mental propício.
Outras postagens sobre o poder da oração:


Caro leitor, hoje abordaremos um dos transtornos mentais mais complexos: a Esquizofrenia. É crucial tratarmos este tema com rigor científico, compaixão e uma visão que acolha a integralidade do ser humano.
A Esquizofrenia é um Transtorno Psicótico grave, conforme classificado por manuais como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças da OMS). Ela se caracteriza por uma distorção significativa da realidade e prejuízo grave no funcionamento social e ocupacional.
Sintomas Chave (Critérios Diagnósticos):
Sintomas Positivos: Incluem Delírios (crenças falsas e fixas, como ser perseguido) e Alucinações (percepções sensoriais sem estímulo externo, sendo as auditivas as mais comuns).
Fala e Comportamento Desorganizados: Dificuldade em manter um pensamento e discurso coerentes, podendo incluir agitação ou, em casos específicos, Catatonia.
Sintomas Negativos: Redução ou ausência de funções normais, como a Apatia (perda de motivação), Anedonia (incapacidade de sentir prazer) e o Afeto Emocional diminuído.
A Esquizofrenia é vista como uma condição com forte base neurobiológica (desequilíbrios em neurotransmissores como a dopamina e o glutamato) e predisposição genética. Fatores ambientais, como estresse na primeira infância, uso de substâncias psicoativas e infecções, atuam como desencadeantes em indivíduos vulneráveis (Modelo Biopsicossocial).
É essencial reconhecer: O sofrimento de quem vive a psicose é real. A pessoa não consegue distinguir o que é real do que é produto do transtorno – o que é chamado de perda de insight (consciência da doença), embora o grau de insight varie e possa ser recuperado com o tratamento.
O tratamento da Esquizofrenia é multidisciplinar e foca na recuperação da funcionalidade e na redução do sofrimento psicótico.
Tratamento Farmacológico: Os medicamentos antipsicóticos são a base, ajudando a equilibrar os neurotransmissores (como a dopamina) e a diminuir a intensidade dos delírios e alucinações.
Psicoterapia e Reabilitação Psicossocial: Terapias como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e o Treinamento de Habilidades Sociais são vitais para ajudar a pessoa a lidar com os sintomas, restabelecer a vida social, laboral e familiar.
Enquanto a medicina e a psiquiatria oferecem o diagnóstico e o tratamento primário, muitas pessoas buscam sentido, acolhimento e ressignificação da sua jornada em outras áreas, como a espiritualidade e as terapias holísticas.
Colocando cada coisa em seu lugar, podemos refletir:
A Esquizofrenia como um Transtorno Médico: O diagnóstico é dado pela ciência médica e psiquiátrica (DSM-5/CID-11). Os sintomas (delírios, alucinações) são manifestações de um desequilíbrio neurobiológico que causa sofrimento e perda de contato com a realidade consensual. O tratamento primário deve ser médico e psicológico.
A Espiritualidade como Ferramenta de Acolhimento e Sentido: Para muitos, a espiritualidade (como no contexto transpessoal, mediúnico ou holístico) não é a causa da doença, mas uma potente via de suporte. Ela pode oferecer:
Acolhimento e Comunidade: Um espaço seguro onde o indivíduo é visto além do diagnóstico.
Ressignificação: Ajuda a encontrar propósito e sentido, transformando a experiência de vida – que pode ser devastadora – em uma jornada de desenvolvimento pessoal ou espiritual (o que alguns chamam de "Emergente Espiritual", quando o foco é na jornada de crescimento após a crise, e não na confusão entre sintoma e percepção).
Técnicas de Equilíbrio: Práticas como meditação, yoga ou passes energéticos podem promover bem-estar, auxiliando na redução do estresse e na recuperação do equilíbrio emocional, sempre como terapias complementares ao tratamento convencional.
Conclusão: É perfeitamente possível – e necessário – que o tratamento da Esquizofrenia combine a rigidez científica da medicina (para controle dos sintomas psicóticos e restauração da funcionalidade) com o acolhimento integral oferecido por outras abordagens. O fundamental é que estas abordagens alternativas atuem como suporte à recuperação, e nunca em substituição ao tratamento médico e psicoterápico validado, especialmente durante as fases agudas da psicose.
A jornada de quem vive com Esquizofrenia exige ciência, humanidade, amor e muita compreensão.