Bem Vindo ao Blog Cida Medeiros! Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros: Quando o "Fique do Meu Lado" Chega: Navegando as Águas Turvas das Intrigas no Trabalho (e na Vida)

Quando o "Fique do Meu Lado" Chega: Navegando as Águas Turvas das Intrigas no Trabalho (e na Vida)





Quando o "Fique do Meu Lado" Chega: Navegando as Águas Turvas das Intrigas no Trabalho (e na Vida)

Sabe aquela sensação incômoda de se ver no meio de um turbilhão que não é seu? De repente, você está ali, cumprindo suas tarefas, e é arrastado para um campo minado de desentendimentos alheios, onde a pressão para tomar um lado é quase insuportável. Pois é, essa foi a minha mais recente lição sobre a complexidade dos relacionamentos humanos.

Recentemente, em uma atividade de grupo com prazos apertados e metas a cumprir, fui catapultada para o epicentro de uma intriga. Duas colegas, em um embate claro e ruidoso, começaram a tentar me puxar para o seu lado. Cada uma vinha, de maneira indireta, com suas "razões", suas "justificativas" e, claro, com "o que a outra pessoa falou de você". Do outro lado, a mesma coisa. Era um pingue-pongue de acusações que, no fundo, pareciam mais o reflexo de suas próprias divergências e questões internas.

Percebi ali, na hora, que os ataques pessoais não eram sobre mim, mas sobre a falta de clareza, a ausência de respeito e uma comunicação que se perdeu em meio a feridas não resolvidas. Esse cenário, para ser honesta, criou um desgaste enorme. Minha postura não era de profissional ali, mas de uma colega cumprindo uma tarefa em grupo. Mas a pressão para tomar um lado era evidente, as agressões, ainda que veladas, eram claras. Foi um alívio quando nomeamos um mediador para tentar guiar aquele caos.


A Dança Sombria das Intrigas: O Que Tem Por Trás?

Essa experiência me levou a uma reflexão profunda. Por que as pessoas se perdem tanto em disputas de poder, em jogos de "quem está certo" ou "quem é o culpado"? Acredito que, muitas vezes, essas intrigas são a manifestação de algo muito mais profundo: inseguranças, frustrações e a incapacidade de gerenciar as próprias emoções.

Quando alguém tenta te puxar para o lado, essa pessoa não está buscando justiça; ela está buscando validação. Ela quer que você confirme que a dor dela é legítima, que ela está certa e que o outro está errado. É um reflexo da imaturidade emocional e da falta de autoconhecimento, que impede as pessoas de resolverem seus conflitos de frente, com respeito e clareza. Em vez disso, elas optam por uma via tortuosa que contamina o ambiente e drena a energia de todos ao redor.


Neutralidade não é Passividade: É Proteger Sua Energia

Manter a neutralidade nesse cenário foi um desafio gigante, mas vital. Entendi que tomar um lado, sem ser parte do conflito original, me tornaria parte do problema e me exauriria ainda mais. A neutralidade, nesse contexto, não é passividade ou omissão. É uma postura ativa de não-engajamento no drama alheio. É discernir o que é seu e o que pertence ao outro.

As intrigas são, no fundo, disputas veladas por poder ou reconhecimento. As pessoas querem "vencer" a qualquer custo, mesmo que isso signifique destruir o ambiente ou a reputação alheia. E é aí que entra a nossa responsabilidade: proteger nosso próprio espaço e nossa energia.


Como Navegar Essas Águas Turvas: Um Guia Pessoal

Se você já se viu em uma situação assim – ou está vivendo algo parecido agora –, respire fundo. Entenda que você não está sozinho(a). E lembre-se dessas pequenas orientações que me ajudaram a atravessar esse momento:

  1. Reconheça e Não Internalize: O mais importante é entender que a intriga raramente é sobre você. É um palco onde outras pessoas projetam suas próprias questões. Não tome para si as farpas que não te pertencem.
  2. Comunique Seus Limites com Clareza e Gentileza: Se alguém tentar te envolver, você pode dizer algo simples, mas firme, como: "Eu entendo que vocês estão passando por um momento difícil, mas minha energia agora está totalmente direcionada para entregarmos o projeto/tarefa X. Não me sinto confortável em me envolver em questões pessoais."
  3. Busque a Mediação Quando Necessário: Assim como eu fiz, se a situação começa a impactar seu trabalho, seu bem-estar ou o ambiente, buscar uma terceira parte neutra (um líder, o RH, ou um mediador) é um sinal de inteligência e maturidade. Você não está "dedurando", mas sim buscando soluções.
  4. Proteja Sua Energia e Pratique o Autocuidado: Conflitos drenam. Reconheça esse desgaste e, fora do ambiente da intriga, dedique-se a atividades que recarreguem suas energias. Uma caminhada, um bom livro, um tempo com quem você ama. Sua saúde mental vem em primeiro lugar.
  5. Foque no Propósito Maior: Lembre-se sempre do seu objetivo original na situação. Se era cumprir uma tarefa, direcione sua energia para isso, minimizando as distrações do drama alheio. O foco é seu escudo.

Essa experiência me reforçou algo essencial: a paz exterior começa pela nossa paz interior. Nossa capacidade de manter a calma e a integridade em meio ao caos alheio é um termômetro do nosso próprio autoconhecimento. Que sua jornada te permita cada vez mais discernir o que é seu e o que é do outro, protegendo sua energia e mantendo a leveza, mesmo quando o ambiente tenta te puxar para baixo.

Você já se viu em uma situação assim? Como você lidou com a pressão e as intrigas? Compartilhe sua experiência nos comentários. Sua história pode ser a luz que alguém precisa.

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