Quando acredito que não sou digno de amor
Algumas feridas não aparecem na pele, mas marcam profundamente a alma.
É a sensação de carregar um rótulo invisível escrito: “defeituoso”, “errado”, “não merecedor de amor”.
E, quando acreditamos nisso, inconscientemente buscamos relações que confirmam essa sentença.
A vergonha é como um espelho distorcido: mostra uma imagem quebrada, mesmo quando nossa essência é inteira. Assim, ao invés de escolhermos vínculos que nos acolhem, acabamos nos aproximando de parceiros críticos, rejeitadores ou arrogantes, que reforçam a dor já conhecida.
Metáfora do Espelho Estilhaçado
Imagine um espelho partido em mil pedaços. Cada vez que você se olha, só enxerga fragmentos: uma parte da sua face, um traço solto, uma imagem incompleta. É isso que o esquema da defectividade faz: distorce quem você é, impedindo que veja sua beleza por inteiro.
Reflexão Guiada
Respire fundo e traga à mente uma lembrança:
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Em quais momentos da infância ou adolescência me senti criticado(a), humilhado(a) ou envergonhado(a)?
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Hoje, em meus relacionamentos, quais comportamentos do outro fazem com que essa vergonha retorne?
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Eu consigo reconhecer minhas qualidades ou me sinto sempre “menos”?
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Como seria olhar para mim mesmo(a) com um espelho limpo, sem distorções?
Resumo da Pesquisa
De acordo com Cardoso e Paim (2024), o esquema da defectividade/vergonha nasce da crença de que “há algo errado em mim”. Isso leva a padrões de escolha por parceiros críticos, exigentes e abusivos, reforçando o ciclo de rejeição
A crença central é: “Se alguém realmente me conhecer, não vai me amar”. Essa ideia mina a autoestima e aprisiona a alma em relações que confirmam a falsa sensação de ser indigno. A cura começa quando reconhecemos que a vergonha não nos define, apenas revela feridas que pedem acolhimento.
Fechamento Inspirador
Você não é um defeito.
Você não é um erro.
Sua alma nasceu inteira, digna e merecedora de amor.
Que você quebre os espelhos distorcidos.
Que permita que sua luz seja vista por inteiro — primeiro por você, depois pelo mundo.
📖 Esta postagem foi inspirada no livro Armadilhas da Química Amorosa, de Bruno Cardoso e Kelly Paim (2024).

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