Por que sempre escolho quem vai embora?
Há dores que parecem seguir um roteiro invisível. Você se entrega, se apaixona, sente que “dessa vez será diferente”… mas, de repente, tudo desmorona. O outro se afasta, some, deixa você com a sensação de vazio e insegurança.
O medo do abandono é como uma sombra que acompanha a alma: ele não nasce nas relações adultas, mas nas memórias de infância, quando a presença que deveria ser constante foi incerta, instável ou distante.
Metáfora da Casa sem Porta
Imagine viver em uma casa onde a porta nunca está trancada. A qualquer momento, alguém pode sair… e não voltar. Essa é a sensação profunda de quem vive o esquema do abandono: um medo permanente de ser deixado para trás, mesmo quando há sinais de amor.
Reflexão Guiada
Feche os olhos e pergunte a si mesmo:
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Quando criança, eu sentia que podia contar com alguém de forma estável?
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Hoje, busco pessoas que reforçam essa insegurança ou que me oferecem presença real?
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O que sinto quando alguém não responde minha mensagem ou se mostra distante?
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Que parte de mim ainda teme ficar sozinho(a)?
Respire. Acolha. Essa criança ainda vive dentro de você.
Resumo da Pesquisa
De acordo com Cardoso e Paim (2024), no livro Armadilhas da Química Amorosa, o esquema do abandono nasce da crença de que as pessoas importantes sempre irão partir. Isso leva a escolhas amorosas por parceiros(as) instáveis, indisponíveis ou ambivalentes
Essa “química” não é amor verdadeiro, mas uma repetição inconsciente da dor antiga. Ao reconhecer esse padrão, abrimos espaço para relações estáveis, seguras e nutritivas, capazes de nos ensinar que o amor não precisa ser ameaça constante de perda.
Fechamento Inspirador
Você não precisa mais escolher quem vai embora.
A sua alma merece vínculos que ficam, que sustentam, que cuidam.
Permita-se acreditar no amor que permanece.
Que você encontre relações onde a presença seja um porto seguro, não uma promessa frágil.
Que sua criança interior finalmente sinta: “Dessa vez, não vou ser deixada para trás.”
Esta postagem foi inspirada no livro Armadilhas da Química Amorosa, de Bruno Cardoso e Kelly Paim (2024).

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